sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Servidores protestam contra medidas de austeridade do governo do RJ.


Manifestantes se concentravam na Alerj enquanto Pezão anunciava pacote.
Funcionários públicos dizem que medidas são 'pacote de maldades'.

Patrícia TeixeiraDo G1 Rio- 04/11/2016 14h16 - Atualizado em 04/11/2016 19h53


Servidores públicos protestam contra pacote de medidas de austeridade do governo estadual (Foto: G1)

Enquanto o governador Luiz Fernando Pezão e sua equipe anunciavam o pacote de medidasque pretende sanear as finanças do Rio de Janeiro, centenas de servidores públicos se concentravam na frente do Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa (Alerj), no Centro da cidade, para protestar contra as propostas.

A manifestação, que até o início da tarde desta sexta-feira (4) era pacífica, reúne trabalhadores de categorias como educação, saúde e justiça, além de aposentados e pensionistas.
Aposentados protestam contra pacote de austeridade do governo Pezão (Foto: Patrícia Teixeira/G1)

Entre as medidas anunciadas pelo governador nesta sexta-feira estão a suspensão de reajustes salariais já concedidos, o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária, o desconto de 30% dos vencimentos de inativos para reforçar o caixa da Previdência estadual, o corte de gratificações pagas a comissionados, o fim de programas sociais e a extinção de órgãos públicos.


Manifestantes protestam contra o pacote de austeridade do governo do Rio (Foto: Patrícia Teixeira/G1)

"Essas medidas são para disfarçar o governo irresponsável, penalizando os servidores e a população. As pessoas morrem sem saúde e no que se refere à educação, professores e alunos são tratados como criminosos. O Executivo e o Legislativo precisam ser investigados", afirmou W. B. Lemos, que protestava usando um nariz de palhaço e um exemplar da Constituição nas mãos.
W. B. Lemos protestava contra pacote de austeridade do governo do Rio (Foto: Patrícia Teixeira/G1)

Para Marcelo Afonso e Beatriz Afonso, ambos servidores, a má gestão do estado é a principal responsável pela crise. "Esse projeto é para sucatear ainda mais o serviço público, colocando no servidor o pagamento da conta por anos de má gestão da verba pública e isenções fiscais milionárias", disse Marcelo.
Transcrito do G1 noticias/RJ.


Medidas do pacote do RJ 'afrontam a constituição', diz presidente do TJ

 

Segundo desembargador, pacote resultará em 'inúmeras ações'.
Governo divulgou medidas nesta sexta-feira.

Do G1 Rio- 04/11/2016 19h41 - Atualizado em 04/11/2016 21h37



Na avaliação do desembargador, algumas medidas atentam "inclusive contra direitos fundamentais". Ele afirma ainda que o pacote certamente resultará em inúmeras ações judiciais individuais e coletivas.

Em entrevista ao Jornal Nacional, o professor de Direito Administrativo da PUC-Rio, Manoel Peixinho, também questionou a constitucionalidade da medida de reduzir salários, que consta no pacote (veja no vídeo acima). "O salário é protegido pela constituição. Ele é irredutível. O estado do Rio de Janeiro não tem competência, ainda que por meio de lei, de provocar uma redução drástica no salário, que chega a 30%. Se você considerar a aliquota do imposto de renda, isso pode chegar a 50% do salário".

O pacote  de combate à crise, anunciado nesta sexta-feira (4) pelo Governo do Rio de Janeiro, promete um aumento de R$ 13 bilhões, em 2017, e cerca de R$ 14,6 bilhões, em 2018, caso todas as medidas sejam aprovadas pelos deputados. O déficit estimado nas contas do estado é de R$ 52 bilhões de reais até 2018. Segundo o próprio secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, só vai haver equilíbrio fiscal em 2022 ou 2023.

Algumas medidas já estão valendo, feitas em decretos. Outras, feitas em projetos de lei, dependem da aprovação na Assembléia Legislativa (Alerj).

Ver matéria completa no G1 noticias/RJ.

PACOTE CONTRA CRISE

RJ anuncia plano para sair da calamida

Nenhum comentário:

Postar um comentário