Amigo diz que estudante
morto pelo pai sofria 'abusos psicológicos' .
Ele conta que pai xingava filho por não
aceitar elo com movimentos sociais.
Tia afirma que homem era possessivo e já tinha feito ameaça, em Goiânia.
Do G1 GO 17/11/2016
08h33 - Atualizado em 17/11/2016 08h35
O corpo do estudante foi enterrado na tarde de
quarta-feira (16) no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia. Familiares e
amigos, que acompanhavam Guilherme em protestos e ocupações de escolas,
estiveram no local para se despedir dele. Já o corpo do pai foi enterrado no
Cemitério Vale da Paz, sem velório.
Guilherme Silva Neto foi perseguido antes de ser morto a tiros pelo pai
(Foto: Reprodução/Facebook)
Crime
O crime aconteceu na terça-feira (15), na esquina da Rua 25-A com a Avenida República do Líbano, na quadra acima de onde a família mora. De acordo com a Polícia Civil, o homem baleou o filho, que fugiu, mas foi perseguido e alcançado. Um vídeo mostra o momento em que a mãe de Guilherme chega ao local desesperada e diz: ”Meu filho. Por que ele fez isso?”
O jovem estudava matemática na Universidade Federal de Goiás (UFG).
Na manhã desta quarta-feira, estudantes que ocupam o campus Samambaia fizeram
um protesto e aproveitaram para homenagear o estudante. Em uma das paredes do
campus foi pichada a frase: “Guilherme eterno. Lutar sempre, desistir
jamais!”.
Comportamento alternativo
Comportamento alternativo
Conforme consta no registro de ocorrência, Alexandre não concordava com o comportamento e o modo de ser do filho, considerado "alternativo e revolucionário". Guilherme era ligado a movimentos sociais, incluindo as ocupações de escolas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece teto para o aumento dos gastos públicos.
Em uma conta nas redes sociais, Guilherme demonstrava interesse em assuntos ligados a questões sociais e política. Além disso, ele também participava de comunidades de assuntos como o fim da cultura do estupro, legalização do aborto e se posicionava contra a gestão de Organizações Sociais (OSs) na Educação.
Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou que "lamenta profundamente" as mortes de Guilherme e de Alexandre e que presta solidariedade e respeita o luto da família e amigos. O órgão ressalta que, embora o caso tenha relação com a relação entre pai e filho, "enxerga com preocupação" o fato de que a briga tenha sido motivada por discussões sobre preferências políticas.
A UNE destacou ainda que é necessário"reafirmarmos o diálogo e a democracia como principal saída para os diferentes pensamentos existentes na sociedade".
G1 noticias
Promotor volta a causar
polêmica ao chamar jovem morto pelo pai de "vagabundo"
Engenheiro cometeu o crime e se matou por discordar da atuação do jovem
em ocupações
·
Guilherme da Silva Neto foi morto aos 20 anos de idadeReprodução/Rede Record
O promotor de Justiça e professor da Faculdade de Direito de Sorocaba
Jorge Alberto de Oliveira Marum voltou a causar polêmica nas redes sociais
nesta quarta-feira (16) depois de chamar um jovem morto pelo pai em Goiânia de
"vagabundo". Guilherme da Silva Neto, de 20 anos, foi assassinado na terça-feira
(15), pelo pai, que discordava do apoio a ocupações em
escolas.
Marum compartilhou
uma notícia sobre o caso no Facebook e acrescentou o seguinte comentário:
"Não precisava tanto. Era só cortar a mesada do vagabundo e chorar no
banho".
Outro caso
O promotor já havia
causado polêmica quando comentou o tema da Redação do Enem (Exame Nacional do
Ensino Médio) do ano passado. O exame pedia que os candidatos escrevessem um
texto sobre a violência contra a mulher no Brasil.
À época, ele disse
que "mulher nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e
não se depila" e que "só depois é pervertida pelo capitalismo
opressor e se torna mulher". Sobre este caso, a OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) chegou a lançar uma nota em repúdio à declaração do promotor.
R7 NOTICIAS.
(...) “Guilherme eterno. Lutar sempre, desistir jamais!”.
(...)"reafirmarmos o diálogo e a democracia como principal saída para os diferentes pensamentos existentes na sociedade".
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