sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Contra PEC 55, MG tem greve e escolas e universidades ocupadas

Ato acontece em frente a estação  Pampulha  do Move.

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

                A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), uma das maiores instituições de ensino público do país, tem lidado com uma série de protestos. Além da greve de funcionários e das ocupações de estudantes, a instituição agora enfrenta uma greve de professores, iniciada nessa quarta-feira (16).
Todos os protestos envolvem a polêmica PEC 55 [que limita o teto de gastos do governo federal por 20 anos] e proposta de reforma do ensino médio.
Segundo o Apubh (Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco), a greve dos docentes se deu em razão de a PEC 55 ser o "carro-chefe de um pacote de reformas do governo federal que terão consequências gravíssimas para a saúde, educação e seguridade social".

Em trecho do manifesto divulgado pelo sindicato, os professores aprovaram encaminhamento de uma moção ao Conselho Universitário para que "este suspenda o calendário acadêmico da instituição, mas com a manutenção dos serviços essenciais".
Ainda não há um balanço sobre o número total de professores que aderiram ao movimento grevista.
Já uma parcela dos servidores técnico-administrativos cruzou os braços no final de outubro passado, segundo o Sindifes (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino).
Por sua vez, universitários da UFMG ocupam prédios da instituição, no campus da Pampulha, desde o mês passado. Em entrevista ao UOL, integrantes dos movimentos estudantis já afirmaram que só vão deixar os locais após a retirada da tramitação da PEC 55.
A assessoria da UFMG informou que, por enquanto, a reitoria não vai se pronunciar sobre a greve nem sobre as ocupações. 

Outros protestos em Minas Gerais

 

Apesar de uma liminar ter determinado, no dia 4 deste mês, a desocupação de área de um prédio, cerca de 50 universitários da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) mantêm a ocupação desde o dia 3 de novembro, no campus do bairro Coração Eucarístico, na região noroeste de Belo Horizonte. A universidade foi a primeira instituição de ensino privado no país a ser ocupada por ativistas contrários à PEC 55.
Segundo a assessoria da universidade, apesar da decisão judicial pela reintegração de posse, a reitoria não vai se valer de "meios abusivos para proceder à desocupação de suas instalações, na certeza de que tal situação terá uma breve e tranquila solução".
Alunos do Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) ocupam um setor do campus situado no bairro Nova Suissa, região oeste da capital mineira, há uma semana. Conforme a assessoria do centro, as aulas transcorrem normalmente, apesar do ato.
Já na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), professores e técnico-administrativos estão em greve desde o dia 11. Ao menos quinze prédios da instituição são ocupados por alunos nas cidades de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade.
As reitorias da UJFJ (Universidade Federal de Juiz de Fora) e da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), em Diamantina, estão tomadas pelos estudantes. 
Ver matéria na integra no UOL Notícias.
EM FRENTE A ESTAÇÃO DO MOVE (bh)

Protestos de estudantes complicam trânsito em vários pontos de BH
Manifestação é contra a aprovação da PEC 55; intenção dos 
Alunos é chamar a atenção da população.
  

Protesto é acompanhado pela Polícia Militar
PUBLICADO EM 18/11/16 - 08h24
FERNANDA VIEGAS
Grupos de estudantes impedem o tráfego de veículos em vários pontos de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (18), em protestos contra a PEC 55, proposta que tramita no Senado e prevê o congelamento de investimentos públicos nos próximos 20 anos.
"A ideia é fechar as avenidas principais, onde há escolas ocupadas. A gente pretende fazer com que as pessoas saibam sobre a PEC, queremos que eles vejam que as escolas continuam ocupadas e que a PEC não é uma coisa boa", afirmou Mariana Ferreira, presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (Ames).
Estudantes tomaram as ruas na região da Pampulha.
De acordo com a estudante, são cerca de 50 escolas ainda ocupadas na capital e região. As instituições devem ficar tomadas, pelo menos, até a votação da proposta.
Um dos atos acontece em frente a estação Pampulha do Move, na região de mesmo nome. Segundo a Polícia Militar, são entre 30 e 40 estudantes, que se deslocam da avenida Portugal, no bairro Itapoã, para a entrada principal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O ato é pacífico.
Ainda, segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), o trânsito está lento, devido a manifestações na avenida Vilarinho, próximo a estação Minas Caixa do Move, na avenida Amazonas, em frente a uma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) e na praça Pedro Melo, no Engenho Nogueira.

Transcrito do Jornal  Tempo.

Grupo realiza ato em homenagem a  estudante morto pelo pai em Goiânia.

Protesto também é contra a reintegração de posse de unidade da UFG. 
Guilherme Neto, 20, foi assassinado pelo pai, que se suicidou em seguida.

Paula  Resende e Sílvio TúlioDo G1 GO 18/11/2016 14h50 - Atualizado em 18/11/2016

Um grupo faz uma manifestação, na tarde desta sexta-feira (18), em homenagem ao estudante de matemática Guilherme Silva Neto, de 20 anos, que foi morto a tiros pelo pai, em Goiânia  em Goiânia .

 Grupo realiza ato em unidade da UFG que está ocupada contra PEC (Foto: Paula Resende/G1)

O ato também é contra a reintegração de posse do Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde alunos estão acampados em protesto à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos do governo federal para os próximos 20 anos. O ato é pacífico.

Além de homenagar Guilherme, estudantes também protestam contra PEC (Foto: Paula Resende/G1)

Segundos os organizadores, cerca de 150 pessoas participam da manifestação. Nenhuma força policial acompanha o ato.

Os manifestantes fazem uma passeata pelo local levando uma faixa com os dizeres: "Guilherme Irish [apelido do jovem] presente na luta". Participam da manifestação estudantes de vários cursos, professores e servidores técnico-administrativo.
 Grupo realiza ato em homenagem a estudante morto pelo pai em Goiânia (Foto: Paula Resende/G1)
Vários dos participantes estão com o rosto coberto. Durante a passeata, eles gritam palavras de ordem e estouram fogos de artifício. Os manifestantes também gritam "Guilherme presente" e "a luta está só começando". Em certo momento, eles pararam e deram uma salva de palmas para o estudante. Depois, realizaram um minuto de silêncio em memória do estudante.
G1 Noticias.

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