Grupo retirou
tapumes e entrou na assembléia no início da tarde.
Manifestantes deixaram a Casa cantando Hino Nacional e de mãos dadas.
Após quase três horas ocupando o plenário da
Assembléia Legislativa do RJ, manifestantes contrários às medidas de
austeridade propostas pelo governo estadual deixaram a Casa. Às 17h, eles
deixaram o prédio principal de mãos dadas e cantando o Hino Nacional.
A saída do grupo que permanecia no prédio foi
negociada com a Polícia Militar.
Mais cedo, houve confusão quando um grupo forçou a
entrada na Alerj e acabou invandindo o local. Pouco antes, o grupo retirou os
tapumes que cercavam o Palácio Tiradentes. Depois de entrar no prédio, os
manifestantes ocuparam a mesa da presidência da Casa e a sala da vice-presidência, que fica no
segundo andar, foi depredada.
Desde a manhã, servidores da área da Segurança
Pública do Rio realizavam o protesto, no Centro. Com palavras de ordem, os
manifestantes se diziam contra o que eles chamam de "pacote de
maldades". No ápice do protesto, segundo o Batalhão de Grandes Eventos da
PM, havia 10 mil pessoas no ato. Às 16h, cerca de 3 mil.
Manifestantes subiram em andaimes na Alerj (Foto: G1)
Na semana passada, o governo do estado anunciou
medidas com as quais pretende sanear as finanças do Rio. Em cartazes, os
manifestantes pediram mais respeitos aos policiais e demais servidores do
governo do estado.
As escadarias ficaram lotadas e os funcionários
pediram que o governo pague em dia. Gritando palavras de ordem contra as
medidas de austeridade, o grupo afirmou que continuará a se manifestar até ser
ouvido.
Entre
as medidas anunciadas pelo governador, as mais polêmicas sugerem a suspensão de
reajustes salariais já concedidos, o aumento das alíquotas de contribuição
previdenciária, o desconto de 30% dos vencimentos de inativos para reforçar o
caixa da Previdência estadual. Além disso, o corte de gratificações pagas a
comissionados, o fim de programas sociais e a extinção de órgãos públicos.
Galerias da Alerj são tomadas por
manifestantes (Foto: Leonardo Cardoso)
Maioria das medidas do pacote depende da Alerj
A maioria das medidas anunciadas nesta sexta-feira (4) pelo governo do Rio de Janeiro para equilibrar as contas públicas depende da aprovação do Legislativo. Ao todo, foram enviados à Assembléia Legislativa do estado 22 projetos de lei por parte do Executivo, entre eles os polêmicos textos que sugerem o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14% e a contribuição para aposentados isentos (que recebem menos de R$ 5.189) e terão desconto de 30% do salário.
Transcrito; G1 Noticias/RJ
Mais uma vez Pezão propõe arrocho aos necessitados e favorece quem tem culpa
Mario Augusto Jakobskind 08 de Novembro de 2016
às 16:30
Parlamentares devem exigir uma rigorosa
investigação nas gestões do PMDB
Mario Augusto Jakobskind
O
pacote de ajuste fiscal no Estado do Rio de Janeiro, proposto pelo Governador
Luiz Fernando Pezão começará a ser discutido na Assembleia Legislativa
(ALERJ) logo depois do feriado de 15 de novembro.
Não
há propriamente novidade na proposta que vai afetar violentamente os servidores
e pensionistas que percebem salários baixos, muitos deles aviltantes.
Pezão,
e agora seu parceiro Jorge Picciani que preside a ALERJ, ambos do PMDB, estão
empenhados na aprovação do projeto e chantageiam a opinião pública com a velha
justificativa do “ou isso ou o caos”, também utilizada a todo o momento pelo
governo golpista de Michel Temer, do PMDB.
Na
verdade, o rombo no orçamento do Estado do Rio de Janeiro vem de antes, de um
outro peemedebista, Sérgio Cabral, tão ou mais irresponsável que Pezão,
políticos que prometem mundos e fundos durante as campanhas eleitorais e quando
chegam ao governo arrocham sempre os mais necessitados.
Antes
de propor qualquer coisa, os parlamentares estaduais, pelo menos os sem culpa
no cartório peemedebista, devem exigir uma rigorosa investigação nas gestões de
Cabral, Pezão e até do interino Dornelles, sendo que este último foi agraciado
com uma ajuda emergencial para ser gerida nas Olimpíadas.
Na
ocasião, mais uma vez as autoridades, tanto federais, como estaduais e
municipais venderam ilusões para enganar a opinião pública.
Como
quem paga a conta é o cidadão contribuinte é mais do que urgente uma rigorosa
investigação sobre tudo o que foi feito.
Hoje,
mesmo dois anos depois, estão saindo os podres da época da Copa do Mundo,
quando também iludiram a opinião pública e o governador Sérgio Cabral favoreceu
seus amigos empresários, entre os quais o tal Cavendish, que doou, com o
dinheiro dos contribuintes, um anel de ouro no valor de cerca de 800 mil reais
para a mulher do então governador. Foi, sem dúvida uma retribuição ao que
Cabral fez para ele, mas assim é fácil retribuir.
Também
precisam ser investigadas com o máximo rigor as isenções fiscais realizadas
pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Quantas empresas foram
beneficiadas e quanto essas doações abalaram as finanças do Estado? Quem
autorizou Pezão a fazer a concessão? Das empresas beneficiadas com a isenção
quais bancaram as campanhas de Cabral e Pezão?
O
que não se pode aceitar é que a conta seja paga pelos setores que foram
iludidos com promessas segundo as quais tudo ia melhorar com os royalties do petróleo e até com as Olimpíadas.
Uma
pergunta que não quer calar: quando os royalties rendiam
para os cofres do Estado, o que fizeram Cabral e Pezão com os valores
arrecadados?
Há
desconfiança justificada de que o dinheiro evaporou-se e em vez de ser usado
para favorecer a comunidade, os de
sempre foram os grandes beneficiados.
Ver matéria na íntegra: Brasil de Fato.
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