Lava
Jato deve iniciar ‘recall’ de delatores por denúncias contra o PSDB
Procuradores desconfiam que colaboradores omitiram
informações sobre irregularidades em governos de São Paulo e Minas Gerais
Policiais na sede da Odebrecht, em São Paulo, em fevereiro. ROVENA ROSA AG. BRASIL
Delatores
que omitiram informações, propositalmente ou não, para a Operação Lava Jato serão convocados a prestar novos depoimentos nas próximas semanas. Entre eles estão
representantes das empreiteiras Camargo Correa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez que deixaram de
detalhar supostos esquemas de propina pagos para tocarem obras de responsabilidade
dos Governos de São Paulo e de Minas Gerais quando eram administrados pelo
PSDB. Obras realizadas nos Governos paulistas de José Serra e Geraldo Alckmine no mineiro de Aécio Neves estariam na mira dos
investigadores.
· O recall de delatores foi confirmado ao EL
PAÍS, por fontes ligadas à
investigação na Procuradoria Geral da República. O que chamou a atenção do o de trabalho que atua em Brasília foram
informações que antecedem o acordo de delação premiada
de executivos das empreiteiras Odebrecht e OAS citando irregularidades em obras das
quais ambas participaram ao lado das demais investigadas ou nas quais foram
concorrentes. Entre elas a Cidade Administrativa de Belo Horizonte (MG), as
construções no Metrô de São
Paulo e do Rodoanel do
mesmo Estado. Outras propinas pagas para participarem de obras na gestão de Dilma Rousseff (PT) na presidência também não foram
descartadas.
( (...)
Ver matéria completa no jornal El País.
Cheque de 1 milhão joga luz
sobre inusual conta eleitoral de Temer
por André
Barrocal — publicado 11/11/2016 17h54, última
modificação 13/11/2016 17h32
Dono de empreiteira diz ao TSE que valor era
dinheiro sujo e bagunça ação contra chapa Dilma-Temer
Devido ao depoimento de Otávio Azevedo, a conta
particular de Temer transformou-se em dor de cabeça.
Um depósito de 1 milhão de reais da empreiteira Andrade Gutierrez, enrolada na Operação Lava Jato, na conta do PMDB na eleição de 2014
embaralhou o processo de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
E jogou luz em uma situação inusual: a existência de uma conta de
campanha específica de um candidato a vice. De Temer, no caso.
O milionário depósito foi feito em 10 de julho de 2014. Um dinheiro
sujo, conforme depoimento de Otávio Andrade, ex-presidente da empreiteira.
Ele falou ao TSE no dia 19 de setembro, no processo que examina a ação
do PSDB contra a chapa Dilma-Temer. Seria, segundo Andrade, pagamento
de propina disfarçado de doação, em troca de obras tocadas pela construtora no
País.
“Bom, de onde vem esse 1 milhão? Vem de março de 2014, que não era
período eleitoral. Por que que nós fizemos a contribuição de 1 milhão em março?
Porque nós estávamos sofrendo pressão para cumprir obrigações dos acordos de
contribuição dos 1% aí de cada projeto. Então, esse um milhão feito em março em
duas parcelas de 500 mil em julho, já no período eleitoral”, disse ele.
No depoimento, Andrade afirmou, porém, que o cheque tinha sido
depositado na conta do PT, para favorecer Dilma. Naquele mesmo dia, ele era
condenado pela Justiça do Rio a 18 anos de cadeia por corrupção, lavagem de
dinheiro e organização criminosa, devido a safadezas descobertas pela Lava Jato
em obras da Eletronuclear. Graças a um acordo de delação, a pena caiu a um ano.
Se Andrade quiser mudar a versão dada ao TSE e agora declarar que o
dinheiro sujo depositado para o PT, na verdade era limpo e depositado ao PMDB,
poderá fazê-lo na quinta-feira 17. É a data marcada pelo relator do processo no
tribunal, Herman Benjamin, para um novo depoimento.
Benjamin resolveu chamar o empresário outra vez após receber dos
advogados de Dilma, na terça-feira 8, documento no qual eles dizem que Andrade
mentiu em setembro. O depósito, argumentam, fora feito não ao PT, mas ao
PMDB. E este repassara a quantia, via cheque, à conta que Temer abrira para
ajudar os amigos naquela campanha.
Ver matéria completa: Carta Capital .
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