06/11/2016 15h21 - Atualizado em 06/11/2016 19h46
Além de MG, ação tem desdobramentos em outros
dois estados.
Organização tinha como foco candidatos que pretendiam cursar Medicina.
Organização tinha como foco candidatos que pretendiam cursar Medicina.
Do G1 Grande Minas.
Agentes com um dos presos em Montes
Claros (Foto: Michelly Oda/G1).
A Polícia Federal realiza neste domingo (6), em
Montes Claros, uma operação para desarticular uma organização criminosa
suspeita de fraudar processos seletivos para universidades. Em nota, a PF
informou que o grupo já teria agido em dois vestibulares neste ano e que
"o próximo passo" seria "fraudar" o Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), que acontece neste final de semana. A ação tem dobramentos
em outros dois estados.
Chamada de "Embuste", a operação cumpriu
28 mandados judiciais, sendo 4 de prisão temporária, 4 de condução coercitiva
(quando alguém é levado para depor), 15 de busca e apreensão e outros 5 de
sequestro de bens.
Candidato de 34 anos é preso em
flagrante por usar ponto
eletrônico, em Fortaleza (Foto: Divulgação/PF)
Compra de vaga
De acordo com a PF, a organização criminosa utilizava uma central de telefonia celular para repassar gabaritos de provas para candidatos. O principal alvo eram cursos de medicina.
"No decorrer das investigações, a Polícia
Federal conseguiu identificar o repasse de gabaritos, mediante moderna central
telefônica via celular, para candidatos situados em diversas partes do país, em
evidente fraude ao Enem/2016", diz a nota da PF.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, além do Enem o
grupo já teria fraudado, em 2016, vestibulares realizados nas cidades de
Mineiros (GO) e Vitória da Conquista (BA), realizados
em outubro.
Ver matéria completa: G1 noticias.
Gastos
públicos
Ajuste fiscal de Temer pune
pobres, diz Conselho de Economia
por André Barrocal — publicado 03/11/2016
00h58, última modificação 03/11/2016 07h50
Congelar verba
social por 20 anos não afeta ricos, que já são pouco tributados e poderiam
pagar mais.
Beto Barata / PR Na Índia, Temer afirmou que não há
perseguição aos mais pobres. Economistas discordam.
Em recente viagem à Índia, Michel Temer foi perguntado pela BBC
Brasil sobre o motivo de ter escolhido um ajuste fiscal (congelar verbas sociais por 20 anos) que pune
os pobres e poupa os ricos. Respondeu que a crítica “não tem procedência” e que
“não há nenhuma perseguição aos mais pobres”. Uma explicação pouco convincente,
segundo certos economistas, incluindo o conselho federal da categoria.
Para eles, o congelamento sacrificará os mais pobres, ao afetar serviços
públicos como saúde, educação e assistência, áreas que no presente ajudam a
promover um mínimo de proteção social e igualdade e que no futuro terão menos
recursos. Uma avaliação que explica por que os aliados do presidente no
Congresso fazem a proposta avançar a toque de caixa, sem muita discussão.
Para o Conselho Federal de Economia, o governo deveria enfrentar a crise
fiscal com medidas pró-crescimento econômico e uma cobrança maior de impostos
dos ricos. Seria um meio de arranjar dinheiro para bancar as despesas sociais,
sem a necessidade de congelá-las.
“No atual momento de crise fiscal, não há como atender às crescentes
demandas sociais sem mexer em nosso modelo tributário”, diz um comunicado
recente do Conselho. “Contudo, em lugar deste debate, adota-se o caminho mais
fácil, jogando o ônus nos ombros dos mais pobres.”
O modelo tributário brasileiro citado pela
entidade é um “paraíso para os super ricos”, segundo um estudo divulgado em
fevereiro por um órgão ligado às Nações Unidas, o Centro Internacional de
Políticas para o Crescimento Inclusivo.
O estudo é de dois economistas brasileiros, Sergio Gobetti e Rodrigo
Orair, ambos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e autores de análises diversas sobre a
tributação nacional que sempre chegam à mesma conclusão: o pobre paga mais e o
rico paga menos impostos.
Por razões históricas, a tributação no Brasil privilegia o consumo.
Cobra-se muito de ICMS, Cofins e ISS a cada venda de mercadoria ou serviço, o
que é pior para os mais pobres, que gastam tudo o que ganham com alimentação,
remédios etc. Já a tributação da renda e do patrimônio, como imposto de renda e
sobre lucros, tem peso menor, o que favorece os endinheirados. (...)
Ver matéria completa: Carta Capital.
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