Conferência Nacional dos Bispos do Brasil afirmou
que propor reforma sem escutar a sociedade é 'inadequado', e disse que
ocupações são forma dos estudantes de 'reclamar protagonismo'.
Por
G1
23/11/2016
17h34
Conselho Episcopal
Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta
quarta-feira (23), um comunicado criticando a medida provisória da reforma do
ensino médio, publicada pelo governo federal em setembro. "Toda vez que um
processo dessa grandeza ignora a sociedade civil como interlocutora, ele se
desqualifica. É inadequado e abusivo que esse assunto seja tratado através de
uma medida provisória", diz a nota.
Os bispos do conselho
se reuniram em Brasília nesta terça (22) e quarta e, segundo a nota da CNBB,
demonstraram "inquietação" em relação à medida.
De acordo com o
comunicado, "quando a sociedade não é ouvida ela se faz ouvir. No caso da
MP 746/16, os estudantes reclamaram seu protagonismo. Os professores, já
penalizados por baixos salários, também foram ignorados. Estes são sinais
claros da surdez social das instâncias competentes."
Além de criticar a
forma como a reforma foi apresentada, afirmando que, "assim como outras
propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de
solução", a CNBB também destacou a importância da formação integral do ser
humano.
"O foco das
escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental. Há que se
contemplar igualmente as dimensões ética, estética, religiosa, política e
social. A escola é um dos ambientes educativos no qual se cresce e se aprende a
viver. Ela não amplia apenas a dimensão intelectual, mas todas as dimensões do
ser humano, na busca do sentido da vida. Afinal, que tipo de homem e de mulher
essa medida provisória vislumbra?", questionou o comunicado.
"É fundamental a
participação popular pacífica na busca de soluções, sempre respeitando a pessoa
e o patrimônio público. A falta de criticidade com relação a essa questão trará
sérias consequências para a vida democrática da sociedade", conclui o
comunicado da CNBB.
Manifestantes se reúnem no Centro de BH para protestar contra PEC 55.
Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na
Praça da Estação.
PEC 55, que limita gastos públicos durante 20 anos, está entre reclamações.
Pedro
ÂngeloDo G1 MG 25/11/2016 10h58 - Atualizado em 25/11/2016 14h19
Manifestantes se concentram
na Praça Sete (Foto: Pedro Ângelo/G1)Deputado Rogério Correa (PT) sempre presente nas manifestações ,junto com o povo.
Sindicatos e centrais
sindicais reúnem manifestantes nesta sexta-feira (25) no Centro de Belo Horizonte pelo
Dia Nacional de Luta por Direitos. A manifestação é contra a PEC 55 – que
limita os gastos públicos durante 20 anos, contra a retirada de direitos
adquiridos, contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Temer.
Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na Praça da Estação, onde uma
assembléia é realizada.
Até a publicação desta
reportagem, a Polícia Militar (PM) e os organizadores não haviam informado o
número de pessoas que participavam do ato.
(Foto: Pedro Ângelo/G1)
(Foto: Pedro Ângelo/G1)
Bandeiras foram
estendidas na Praça da Estação. (Foto: Pedro Ângelo/G1).
O trânsito no local está
congestionado; deputados acompanham manifestação
Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.
PUBLICADO EM 25/11/16 - 11h31
LUCAS RAGAZZI/ FELIPE CASTANHEIRA
CAMILA KIFER
O
protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55) e a reforma do
Ensino Médio interdita parte da avenida Afonso Pena, próximo a avenida
Amazonas, na praça Sete da capital, no fim da manhã desta sexta-feira (25). O
ato provoca congestionamento para os motoristas que seguem em direção ao bairro
Mangabeiras. Os estudantes chegaram a fechar a praça Sete que foi
liberada por volta de 13h40.
Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.
Compõem
o grupo de manifestantes os universitários e secundaristas, os
técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e do Instituto
Federal de Minas Gerais (IFMG).
Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.
O ato
é acompanhado pelos deputados Jô Moraes (PCdoB-MG) e Rogério Correia (PT), e
pela vereadora eleita Aurea Carolina (PSOL), que apoiam o protesto. "A PEC
vai parar o Brasil por 20 ano. Se já falta verba para a educação, saúde e
segurança pública, congelar por todo esse tempo os recursos será uma
tragédia. Por isso, o Brasil está mostrando a sociedade e faz um apelo
aos senadores do Estado que votem contra a PEC", argumentou a
parlamentar.
Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.
Enquanto
protestam, os universitários e trabalhadores distribuem um folheto explicativo
para a população. Nele, os organizadores do movimento se referem à Proposta de
Emenda à Constituição 55 como "PEC da Morte".
Para também chamar a atenção da
população, um outro grupo de manifestantes realizou um velório simbólico da educação
e da saúde.
A manifestação faz parte do Dia Nacional de Lutas, Greves e Paralisações, organizado pelas centrais por todo o país.
As Centrais Sindicais
e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que se
posicionam ainda contra o fim da Consolidação das Leis do Trabalho, pela
reforma previdenciária, e pela democracia.
Transcrito do jornal O Tempo.
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