sexta-feira, 25 de novembro de 2016

CNBB diz que reformar ensino médio por medida provisória é 'abusivo'


Conferência Nacional dos Bispos do Brasil afirmou que propor reforma sem escutar a sociedade é 'inadequado', e disse que ocupações são forma dos estudantes de 'reclamar protagonismo'.


Por G1
23/11/2016 17h34  

Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta quarta-feira (23), um comunicado criticando a medida provisória da reforma do ensino médio, publicada pelo governo federal em setembro. "Toda vez que um processo dessa grandeza ignora a sociedade civil como interlocutora, ele se desqualifica. É inadequado e abusivo que esse assunto seja tratado através de uma medida provisória", diz a nota.

Os bispos do conselho se reuniram em Brasília nesta terça (22) e quarta e, segundo a nota da CNBB, demonstraram "inquietação" em relação à medida.

De acordo com o comunicado, "quando a sociedade não é ouvida ela se faz ouvir. No caso da MP 746/16, os estudantes reclamaram seu protagonismo. Os professores, já penalizados por baixos salários, também foram ignorados. Estes são sinais claros da surdez social das instâncias competentes."

Além de criticar a forma como a reforma foi apresentada, afirmando que, "assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução", a CNBB também destacou a importância da formação integral do ser humano.

"O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental. Há que se contemplar igualmente as dimensões ética, estética, religiosa, política e social. A escola é um dos ambientes educativos no qual se cresce e se aprende a viver. Ela não amplia apenas a dimensão intelectual, mas todas as dimensões do ser humano, na busca do sentido da vida. Afinal, que tipo de homem e de mulher essa medida provisória vislumbra?", questionou o comunicado.

"É fundamental a participação popular pacífica na busca de soluções, sempre respeitando a pessoa e o patrimônio público. A falta de criticidade com relação a essa questão trará sérias consequências para a vida democrática da sociedade", conclui o comunicado da CNBB.

 Transcrito do G1 noticias


Manifestantes se reúnem no Centro de BH para protestar contra PEC 55.

Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na Praça da Estação.

PEC 55, que limita gastos públicos durante 20 anos, está entre reclamações.

Pedro ÂngeloDo G1 MG  25/11/2016 10h58 - Atualizado em 25/11/2016 14h19



Manifestantes se concentram na Praça Sete (Foto: Pedro Ângelo/G1)Deputado Rogério Correa (PT)  sempre presente nas  manifestações ,junto com  o povo. 

Sindicatos e centrais sindicais reúnem manifestantes nesta sexta-feira (25) no Centro de Belo Horizonte pelo Dia Nacional de Luta por Direitos. A manifestação é contra a PEC 55 – que limita os gastos públicos durante 20 anos, contra a retirada de direitos adquiridos, contra as reformas trabalhista  e previdenciária propostas pelo governo Temer. Tendas foram montadas e cadeiras colocadas na Praça da Estação, onde uma assembléia é realizada.

Até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar (PM) e os organizadores não haviam informado o número de pessoas que participavam do ato.
  (Foto: Pedro Ângelo/G1)


 (Foto: Pedro Ângelo/G1)

Bandeiras foram estendidas na Praça da Estação. (Foto: Pedro Ângelo/G1).


O trânsito no local está congestionado; deputados acompanham manifestação

Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.


PUBLICADO EM 25/11/16 - 11h31
LUCAS RAGAZZI/ FELIPE CASTANHEIRA
CAMILA KIFER
O protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55) e a reforma do Ensino Médio interdita parte da avenida Afonso Pena, próximo a avenida Amazonas, na praça Sete da capital, no fim da manhã desta sexta-feira (25). O ato provoca congestionamento para os motoristas que seguem em direção ao bairro Mangabeiras.  Os estudantes chegaram a fechar a praça Sete que foi liberada por volta de 13h40.

Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M. 
Compõem o grupo de manifestantes os universitários e secundaristas, os técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). 

Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.

O ato é acompanhado pelos deputados Jô Moraes (PCdoB-MG) e Rogério Correia (PT), e pela vereadora eleita Aurea Carolina (PSOL), que apoiam o protesto. "A PEC vai parar o Brasil por 20 ano. Se já falta verba para a educação, saúde e segurança pública, congelar por todo esse tempo os recursos será uma tragédia.  Por isso, o Brasil está mostrando a sociedade e faz um apelo aos senadores do Estado que votem contra a PEC", argumentou a parlamentar. 
Grupo faz protesto na Praça Sete, contra PEC 55 e a reforma do E.M.

Enquanto protestam, os universitários e trabalhadores distribuem um folheto explicativo para a população. Nele, os organizadores do movimento se referem à Proposta de Emenda à Constituição 55 como "PEC da Morte". 

Para também chamar a atenção da população, um outro grupo de manifestantes realizou um velório simbólico da educação e da saúde.

A manifestação  faz parte do Dia Nacional de Lutas, Greves e Paralisações, organizado pelas centrais por todo o país.
 As Centrais Sindicais
e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que se posicionam ainda contra o fim da Consolidação das Leis do Trabalho, pela reforma previdenciária, e pela democracia. 

Transcrito do jornal O Tempo.

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