Grupos favoráveis e contra o impeachment realizaram protestos na cidade neste domingo (31)
São Paulo (SP), Brasil de Fato.
Ato
da esquerda no Largo da Batata reuniu 60 mil pessoas, segundo organizadores /
Gisele Brito
A cidade de São Paulo (SP) presenciou duas
manifestações políticas neste domingo (31), semanas antes da data prevista para
a decisão final do Senado sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. De um
lado, grupos que defendem o afastamento da petista se reuniram na avenida
Paulista. De outro, com maior número de participantes, os movimentos que compõe
a Frente Povo Sem Medo iniciaram sua manifestação no Largo da Batata, zona
oeste da capital paulista.
Enquanto a direita pedia a confirmação do
impeachment de Dilma, a Povo Sem medo exigia a saída de Michel Temer (PMDB).
Esquerda
Segundo a Frente Povo Sem Medo, 60 mil
pessoas estiveram presentes no protesto. A Polícia Militar não divulgou
estimativas. O mote da mobilização foi o “Fora Temer” e “o povo deve decidir”,
em referência à ideia de um plebiscito sobre a convocação de novas eleições.
Ainda que a última proposta tenha sido evocada em muitos momentos, não era
consenso entre os presentes no ato.
Mauro Gonçalves, pedreiro, falou que acha
que “eleição não adianta”. Para ele, “tem que sair esses safados que estão aí,
e entrar quem se preocupe com o povo”. Além dele, um grupo carregava uma faixa
com a frase “Volta, Querida”, em referência à presidenta afastada.
Já Rosa Gusmões, professora, falou acredita
que o melhor seriam novas eleições, porque o povo poderia decidir, e “o melhor
não seria o Temer e o grupo dele”.
Na abertura do protesto, Guilherme Boulos,
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), declarou:
“Vamos ter que reinventar os caminhos da esquerda, caminhando por aí. O único
passo possível agora é com o povo, e esse passo só se consolida na rua”.
Brasil de Fato.
Agressão a Letícia Sabatella
aponta caráter antidemocrático de ato da direita
“Sinto muito por eles estarem vendo as
coisas dessa maneira, com tanto ódio", lamentou a artista, sobre os
agressores.
De Curitiba (PR) ,
Leticia Sabatella registrou Boletim
de Ocorrência por volta das 22h, na 1ª Distrito Policial de Curitiba.
Ao seu lado está o advogado Nasser Ahmad Allan. / Joka Madruga/Terra Sem Males
Há menos de um quilômetro de distância,
manifestações pró e contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) ocuparam
simultaneamente o Centro de Curitiba, na tarde deste domingo (31). O ato
mobilizado pelo movimento Vem Pra Rua, a favor do impeachment da presidenta
Dilma Rousseff, estava recheado de cartazes e faixas com as frases
"Intervenção militar já" e "FFAA salve-nos do comunismo".
Fato. “Sinto muito por eles estarem vendo as coisas dessa
maneira, com tanto ódio", lamentou.
Sabatella e acompanhada da mãe, no 1º Distrito Policial de
Curitiba (Fotos: Foka Madruga, do Terra Sem
Males)
“Neste momento tem tantas pessoas que, de
algum modo, estão sofrendo consequências desse golpe que está acontecendo no
Brasil”, e cita como exemplo injustiças, prisões, mortes de indígenas Guarani
Kaiowá e trabalhadores rurais sem-terra.
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