sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Calamidade Olímpica" é tema de ato que une três frentes de esquerda, em Copacabana

Manifestação tem como alvos Temer, retirada de direitos e situação da capital fluminense


São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), 
Concentração do ato ocorreu em frente ao Copacabana Palace / Mídia NINJA / Adriano Choque.

No mesmo dia em que ocorre a cerimônia de abertura das Olimpíadas, diversas organizações da esquerda brasileira realizam um protesto no Rio de Janeiro. Convocado por três frentes: Brasil Popular, Povo sem Medo e de Esquerda Socialista.
O ato foi iniciado às 11h desta sexta-feira (5), em frente ao Copacabana Palace, e, no início da tarde, mais de 30 mil pessoas participavam do protesto, segundo os organizadores. A PM não informou estimativas.
A manifestação critica três questões: o governo Temer, o processo de retirada de direitos e a “Calamidade Olímpica”. 
“Há um golpe institucional e parlamentar acontecendo no país e nós temos que quebrar a barreira da mídia brasileira, que não diz nada a respeito. O tão falado legado das Olimpíadas não é um legado para a maioria do povo carioca. O legado que os trabalhadores estão recebendo se chama despejo. Daqui até o final dos jogos, o clima será de mobilização popular", discursou Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que faz parte da Frente Povo sem Medo.
“O presidente ilegítimo Michel Temer tem realizado um pacote absurdo de retiradas de direitos, cortes de gastos públicos, mudanças na aposentadoria e na legislação trabalhista. O Rio de Janeiro vive uma verdadeira Calamidade Olímpica. Obras absurdas feitas por empreiteiras como as da Vila Olímpica. Caos na educação e na saúde pública, intencionalmente ignoradas pela imprensa. Mais violência contra a população, com Exército e Força Nacional nas ruas. E a especulação imobiliária, que produz aumento dos aluguéis e remoções contra os mais pobres”, diz manifesto que convocou o protesto. (...)
Edição: Camila Rodrigues da Silva
Ver matéria na íntegra: Brasil de Fato.

 Prisão de suspeitos aumenta possibilidade de atentado, afirma advogado

Rodrigo Mondego diz que atuação do Ministério da Justiça foi abusiva e ineficaz  Rafael Tatemoto São Paulo , Alexandre de Moraes, ministro da Justiça, conduziu prisão de suspeitos de vinculação com Estado Islâmico / Fernando Frazão/ Agência Brasil.

Com a realização dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro vive sob o temor de um atentado terrorista. No entanto, segundo Rodrigo Mondego, membro do movimento de Advogados pela Legalidade Democrática e ex-integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, a atuação do Ministério da Justiça do governo interino criou uma tensão desnecessária.
Para ele, as prisões - que considera abusivas e com aspectos de ilegalidade - aumentaram as chances de o país ser alvo de um atentado. "O próprio juiz e o ministro afirmaram que a possibilidade deles cometerem atos terroristas era quase nula", diz.
Rodrigo destaca que a gestão do ministro Alexandre de Moraes, se mostra ineficaz no combate às práticas criminosas. "A gestão dele, tanto na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, quanto agora, é uma incentivadora do punitivismo", diz.

Confira a entrevista abaixo:
Brasil de Fato - Como você avalia atuação do Ministério da Justiça em relação à questão do terrorismo, especialmente a prisão dos suspeitos?
Rodrigo Mondego - Essas prisões mostram como o punitivismo é burro e ineficaz para combater e evitar determinados tipos de prática criminosa, por mais que digam cotidianamente o contrário. O ministro da Justiça simboliza isso. A gestão dele, tanto na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, quanto agora, é uma incentivadora do punitivismo.
Antes mesmo do golpe [em curso], já existia no Brasil uma defesa desse modelo, inclusive nos governos Lula e Dilma, principalmente no segundo, que intensificou a lógica de aumentar o direito penal. Nessa lógica, o fascismo sempre impera. (...)
Ver matéria na integra: Brasil de Fato.


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