Colômbia vive expectativa
do início de cessar-fogo definitivo com as Farc.
Acordo
histórico entre o governo e guerrilha encerrará 52 anos de conflito.
População precisa aprovar a decisão em um plebiscito no dia 2 de outubro.
População precisa aprovar a decisão em um plebiscito no dia 2 de outubro.
Da France Presse
Membros da 51ª frente das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) patrulham uma região remota da
Colombia (Foto: John Vizcaino/Reuters)
A Colômbia se preparava neste domingo (28) para iniciar o cessar-fogo
definitivo com as Farc, após o histórico acordo alcançado entre o governo e
essa guerrilha para encerrar 52 anos de conflito.
"Chegou
o fim do conflito!", tuitou o presidente Juan Manuel Santos após assinar
na sexta-feira o decreto para deter a ofensiva militar contra as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc, marxistas), principal e mais antiga guerrilha do continente.
A medida começará a valer às 0h (2h de Brasília) de segunda-feira (29), cinco dias depois do
encerramento das negociações de paz, que se desenvolveram desde novembro de
2012 em Cuba sem uma trégua armada na Colômbia.
Santos sempre se opôs a suspender a ofensiva
militar contra as Farc, oficialmente com cerca de 7.500 combatentes, por
considerar que fortaleceria os rebeldes.
Contudo, como gesto de compromisso com os diálogos,
desde 20 de julho de 2015, as Farc sustentam um cessar-fogo unilateral, ao qual
o governo respondeu com a suspensão dos bombardeios aéreos, embora sem deixar
de combater grupos armados ilegais como esta guerrilha.
A paz "começa a se tornar realidade",
publicou no Twitter Timoleón Jiménez, "Timochenko", como é conhecido
Rodrigo Londoño, chefe máximo das Farc, quem, segundo meios colombianos neste
domingo ordenará suas tropas, desde Havana, a tornar definitivo seu
cessar-fogo.
- 'Um selo a mais no final do conflito' -"O
cessar-fogo implica que realmente é colocado um selo a mais no final do
conflito. É uma prova de fogo", disse à AFP Carlos Alfonso Velásquez,
especialista em segurança da Universidade de La Sabana.
Para o acadêmico, contudo, "é praticamente um
fato há um ano".
O último choque entre membros da força pública e
guerrilheiros das Farc foi registrado no último 8 de julho, segundo o centro de
análise Cerac, que monitora a violência de grupos armados na Colômbia.
"As Farc preparadas para o Dia D",
informa o Cerac em seu último relatório. Da France Presse
O comandante das Farc Iván Marquéz (esquerda) e o chefe da delegação de
paz colombiana Humberto de la Calle (direita) apertam as mãos nesta
quarta-feira (24) em Havana, Cuba, após assinarem o acordo definitivo de paz na
Colômbia (Foto: YAMIL LAGE / AFP)
O presidente colombiano Juan Manuel
Santos declara o cessar-fogo definitivo com as Farc em Bogotá, na Colômbia,
nesta quinta-feira (25) (Foto: John Vizcaino/Reuters)
(Foto: REUTERS/John Vizcaino)
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