Intervenções
no trânsito congestionam Brasília
29 AGO2016- 1059h
Alterações definidas em razão do julgamento no
Senado do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff
deixam o trânsito complicado na capital federal desde o início da manhã de hoje
(29).
.
Foto:
EFE -Portal Terra de Noticias.
Manifestações
A Polícia Militar
do Distrito Federal disse que cerca de 350 manifestantes contra o impeachment
se concentram neste momento em frente ao Congresso Nacional.
Integrantes dos
movimentos Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo devem deixar o
acampamento no Ginásio Nilson Nelson rumo ao Congresso Nacional a partir das
16h. Às 18h terá início um "ato político em defesa da democracia e contra
o golpe".
Até o momento, não
há registro de manifestantes a favor do impeachment no gramado da Esplanada dos
Ministérios.
Em Brasília, o
grupo se reuniu em frente ao Congresso Nacional para acompanhar
a sessão de julgamento do impeachment.-G1 noticias.Manifestantes contrários ao impeachment
reunidos em frente ao Congresso Nacional (Foto: Beatriz Pataro/G1)
Segundo a Polícia Militar, cerca de 350
manifestantes contra o impeachment estiveram no local por volta das 9h, horário
em que ela chegou ao Senado. De acordo com os organizadores, eram cerca de 2
mil pessoas. Os apoiadores de Dilma levaram rosas e faixas em apoio à petista.
Em algumas das faixas, estava escrito "Mulheres pela Democracia" e
"Luto por Justiça".
No fim da tarde, manifestantes marcharam da Torre
de TV até a Esplanada dos Ministérios. Durante o trajeto, três faixas da via S1 do Eixo Monumental
(sentido Congresso Nacional) foram fechadas. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1,5 mil
pessoas participaram da caminhada. Os organizadores dizem que são 5 mil
manifestantes. G1 noticias.
Rio de Janeiro
Manifestantes se reuniram no fim da tarde desta segunda na Praça da Candelária, no Centro do Rio.
Ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff teve início na Praça da Candelária, no Centro do Rio (Foto: Nicolás Satriano / G1)
Grupo fez um ato em frente ao IFRN, no bairro do Tirol, em Natal. Segundo a organização, mil pessoas participavam do ato às 18h50
Em SP, Polícia Militar reprime com violência manifestantes
contra o golpe
Militante
do MTST é atingido por estilhaço de bomba em ato / José Eduardo Bernardes /
Brasil de Fato
Rio de Janeiro
Manifestantes se reuniram no fim da tarde desta segunda na Praça da Candelária, no Centro do Rio.
Ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff teve início na Praça da Candelária, no Centro do Rio (Foto: Nicolás Satriano / G1)
O ato foi convocado pela Frente Popular RJ. Participavam do protesto movimentos sociais, militantes
políticos e entidades sindicais.
Por volta das 19h10, lideranças da Frente Brasil
Popular afirmavam no carro de som que o ato contava com cerca de 10 mil
pessoas. A Polícia Militar não divulgou estimativa do número de participantes.
Rio Grande do Norte
Grupo fez um ato em frente ao IFRN, no bairro do Tirol, em Natal. Segundo a organização, mil pessoas participavam do ato às 18h50
Ato em defesa de Dilma Rousseff
acontece nesta segunda (29), em Natal (Foto: Michelle Rincon/Inter TV Cabugi)
Santa Catarina
Manifestantes de várias frentes e movimentos fizeram na noite desta segunda um protesto pelas ruas de Florianópolis. O ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff pede a saída do presidente interino Michel Temer e pede "nenhum direito a menos".
. Segundo um dos organizadores, o ato era pacífico e reunia cerca de 1,5 mil pessoas. A Polícia Militar informou que não vai divulgar o número de manifestantes.
Manifestantes protestam na noite desta segunda (29) em Florianópolis
(Foto: Ato Acorda amor/Divulgação)
Em SP, Polícia Militar reprime com violência manifestantes
contra o golpe
Muitos feridos e um
detido após policiais impedirem de ato pacífico contra impeachment seguir pela
Avenida Paulista
-
São Paulo (SP),
A Polícia Militar do Estado de São
Paulo (PM) reprimiu arbitrária e violentamente a manifestação contra o impeachment de Dilma
Rousseff na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (29), data que
marca a última etapa do processo contra a presidente afastada.
Convocado pelas frentes Povo sem Medo e Brasil Popular, o
ato reunia cerca de 3 mil pessoas, dentre eles idosos e mulheres com crianças
de colo, quando a PM atirou bombas de gás lacrimogêneo no meio da
multidão.
Um pouco antes das 19h, os
manifestantes se aproximavam pacificamente da cerca de 150 metros da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A tropa de Choque impediu o ato
de seguir e bloqueou a passagem, com a justificativa de que grupos pró-impeachment estariam no local e de a instituição
que não havia sido informada do trajeto. Para evitar conflito, o comandante da
operação justificou a repressão.
"Isso é um sinal de que, consumado o golpe amanhã ou
depois, virá um processo duro de repressão aos movimentos sociais, inclusive
colocando em risco nosso direito de se manifestar, garantido na Constituição. É
uma violência o que eles estão fazendo", afirmou o coordenador da Frente
Brasil Popular, Raimundo Bonfim.
Segundo ele, o papel exercido na noite desta quarta-feira
foi o de "proteger a proteger a Fiesp, onde tem meia dúzia de
golpistas".
A professora licenciada Ana Catarina
de Lima sofreu uma tentativa de agressão por um grupo pró-impeachment que
estava acampados em frente à Fiesp. “Eles queriam tacar o galão [de água] em
mim, e o pessoal que estava na rua veio me defender”, disse.
Desrespeito
A PM também agrediu
jornalistas que cobriam a manifestação. Mesmo após ser informado que
estava trabalhando e mostrar seu crachá, um policial apertou o spray
de pimenta contra o rosto da repórter do Brasil de Fato e
replicou: "Foda-se".
Mais
cedo, na concentração ato sair, a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto Natalia Szermeta afirmou que, nesta segunda, escrevia-se
mais um capítulo triste da história brasileira, marcado por um golpe
institucional. No entanto, também seria lembrado que o processo não foi
aceito sem luta e sem resistência.
"Hoje é um dia importante para ocupar
as ruas e demonstrar a insatisfação de trabalhadores sobre o que está
acontecendo no país hoje. O governo Temer não tem legitimidade, porque ele
não foi eleito e usurpou o poder através de um golpe", disse a dirigente.
Além de São Paulo, atos contra o golpe
ocorreram em outras capitais do país, como Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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