Presidente
afastada se defendeu em sessão de julgamento no Senado.
Ela afirmou em discurso que não cometeu crimes pelos quais é acusada. 29 AGO2016- 11h29
Dilma Rousseff- Foto: EFE - Portal de noticias Terra;
A presidente afastada Dilma Rousseff discursou na manhã desta
segunda-feira (29) por cerca de 45 minutos no plenário do Senado, durante a
última fase do julgamento do processo de impeachment. Em sua fala, Dilma
, ressaltou que foi ao Senado "olhar diretamente nos olhos dos que a
julgarão e negou ter cometido crimes dos quais é acusada, "injusta e
arbitrariamente". "Hoje, o Brasil, o mundo e a história nos observam.
E aguardam o desfecho desse processo de impeachment", disse.
A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (29), em discurso
de 46 minutos em defesa própria no
julgamento do impeachment no Senado, que é alvo de um "golpe de
estado" e que não cometeu os crimes de responsabilidade pelos quais é
acusada. Segundo ela, só os eleitores podem afastar um governo "pelo
conjunto da obra". Portal de noticias
Terra;
Partes do discurso de Dilma
do Senado
No discurso, Dilma disse que "jamais"
renunciaria e que é alvo de um "golpe de estado".
Estamos a um passo da concretização de um
verdadeiro golpe de estado. Do que eu fui acusada? Quais os crimes hediondos
que eu pratiquei?"
Dilma
Rousseff
Não é legitimo, como
querem meus acusadores, afastar o chefe de estado e de governo por não
concordarem com o conjunto da obra. Quem afasta o presidente por conjunto da
obra é o povo, só nas eleições".
Dilma
Rousseff
Estamos a um passo da
concretização de um verdadeiro golpe de estado. Do que eu fui acusada? Quais os
crimes hediondos que eu pratiquei?"
Dilma Rousseff
“Um golpe que, se consumado, resultará na eleição de um
governo indireto e usurpador, a eleição indireta de um governo que na sua
interinidade não tem mulheres nos ministérios, quando o povo nas urnas escolheu
uma mulher para comandar o pais. Um governo que dispensa negros na sua
composição ministerial e revelou profundo desprezo pelo programa escolhido e
aprovado pelo povo em 2014”, disse Dilma.
Dilma Rousseff
Tortura
Dilma iniciou o discurso fazendo referência à tortura que sofreu como presa política durante a ditadura militar. "Não posso deixar de sentir na boca novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio”, afirmou (...)
"Não luto pelo meu mandato por vaidade, luto pela democracia",
diz Dilma no Senado
Em discurso de cerca de 30 minutos, a presidenta faz sua defesa e é
sabatinada por parlamentares, nesta segunda (29)
Cristiane Sampaio
Brasília (DF), 29 de Agosto de 2016 às 17:02
No
roteiro da fala, destaque também para os programas sociais
e as políticas de inclusão articuladas durante os governos do PT. / Agência
Brasil.
"Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder, como
é próprio dos que não têm caráter, princípios ou utopias a conquistar. Luto
pela democracia, pela verdade e pela justiça. Luto pelo povo do meu país, pelo
seu bem-estar", disse a presidenta afastada Dilma Rousseff durante o
discurso de defesa no Senado, na manhã desta segunda-feira (29).
A frase dá a dimensão do
clima de ansiedade política e movimentação que polarizou o país, transpondo as
fronteiras nacionais e atraindo holofotes das mais variadas partes do planeta,
que hoje se concentram em Brasília (DF) e agitam o Planalto Central. Em
discurso de cerca de 30 minutos, Dilma falou aos senadores e à nação durante a sessão que se arrasta desde as 9h40min e
que pode se estender pela madrugada.
Entres os destaques do discurso, o escopo do previsível: críticas ao
presidente interino Michel Temer e aos projetos de lei que viraram mantras na
boca da base aliada do peemedebista, ao deputado afastado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), aos meios de comunicação de massa; e a reafirmação dos argumentos da
defesa, que reitera a ausência de crime de responsabilidade praticado por Dilma
e destaca o peso das provas colhidas durante o processo, o que daria ao
impeachment um caráter "golpista", nas palavras de petistas e
aliados.
No roteiro da fala, destaque também para os programas sociais e as
políticas de inclusão articuladas durante os governos do Partido dos Trabalhadores
(PT). "O que está em jogo não é só o meu mandato, e sim o respeito às
urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição. O que está em
jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas
mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às
universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os
médicos atendendo a população; a realização do sonho da casa própria (…) O que
está em jogo é a autoestima dos brasileiros e brasileiras, que resistiram aos
ataques dos pessimistas de plantão à capacidade do país de realizar, com
sucesso, a Copa do Mundo e as Olimpíadas e Paraolimpíadas", discursou.
Edição: Simone Freire –ver
matéria completa: Brasil de Fato.
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