“Estamos juntos nesta luta”, diz Dilma durante ato em Brasília.
Presidenta afastada participou do “Ato em defesa da democracia”,
organizado pela Frente Brasil Popular nessa quarta (24).Cristiane Sampaio - Brasília (DF), 25 de Agosto de 2016.
Dilma
recebe flores do grupo "Rosas pela Democracia" durante ato em
Brasília / Oliver Kornblihtt/ Mídia Ninja.

Centenas de pessoas lotaram o Teatro dos Bancários, em Brasília, na
noite dessa quarta-feira (24) para demarcar apoio à presidenta afastada Dilma
Rousseff durante o “Ato em defesa da democracia”. Organizado pela Frente Brasil
Popular, o evento contou com a presença de parlamentares, ex-ministros e
diversas entidades sociais.
Esse foi o último ato
público de Dilma antes do julgamento final do processo de impeachment no
Senado, que começa nesta quinta-feira (25) e se encerra na próxima semana. Após
ser calorosamente recebida pelos presentes, ela discursou durante cerca de 30
minutos e se mostrou resistente diante das acusações, reiterando que não
cometeu crime de responsabilidade. “Estão me condenando por algo fantástico,
por um não crime”, bradou, embalada por gritos de guerra do público, que entoava frases como
“Fora,Temer” e “Dilma, guerreira da pátria brasileira”.
Em resposta às recentes pressões e especulações vindas de setores mais
conservadores da opinião pública, Dilma também afastou a possibilidade de
renunciar ao cargo de presidenta. “Durante todo esse processo, houve muitos
ataques à minha pessoa, usando aqueles instrumentos que eles usam sempre que
querem atingir uma mulher. A renúncia era algo que eles achavam que ia
acontecer porque eles têm um estereótipo da mulher na cabeça. Essa é sempre a
primeira proposta que aparece e a última a sumir, mas eu não renuncio porque
não cometi nenhum crime e nunca recebi dinheiro de corrupção”, reforçou.
Ela também fez uma comparação metafórica com os fatos políticos vividos
pelo ex-presidente Getúlio Vargas. “Getúlio suicidou-se porque queria
preservar a democracia no nosso país; ele sabia que ela estava em risco naquele
momento. Mas nós somos responsáveis por termos construído um outro tempo
histórico. E por que isso é importante? Porque hoje eu não tenho que renunciar,
não tenho que me suicidar, não tenho que fugir pro Uruguai. É um outro momento,
e nós contribuímos pra ele na base da democracia. Estamos juntos nesta luta”,
discursou.
Ver matéria completa no : Brasil de Fato.
GOLPE
"No passado procuraram os militares; hoje, os juízes", afirma jurista.
Pedro Serrano, professor da PUC-SP, lança livro que debate ameaças à
democracia na América Latina.
Rafael Tatemoto
Redação, 25 de Agosto de 2016 .
Serrano:
"O que se tem construído é a universalização da injustiça que é praticada
contra os excluídos para parte dos incluídos" / Robson Cesco/Carta
Capital.
Professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Pedro
Estevam Serrano dedicou seu pós-doutorado ao estudo de processos de ruptura
democrática na América Latina. A pesquisa agora é lançada como livro - Autoritarismo e golpes na América Latina: breve ensaio sobre
jurisdição e exceção (Alameda Editorial).
Na obra, o autor aponta que, entre os séculos 20 e 21, há uma mudança de
paradigma nos métodos pelo quais ocorre a escalada autoritária na região.
"No passado, procuraram os militares. Hoje, procuram os juízes,
promotores e delegados", afirma Serrado.
Confira abaixo a entrevista completa de Serrano ao Brasil de Fato.
Cortes, negociatas e desmonte: relembre 28 ações de Temer
Seja qual for o resultado da votação no Senado Federal, o governo
interino de Michel Temer (PMDB) já deixou sua marca.
Rafael Tatemoto
Da Redação, 24 de Agosto de 2016 .
A gestão
provisória também demonstra contradições no combate à corrupção e na
capacidade de implementar as propostas econômicas / Arte: José Bruno Lima.
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff se aproxima da
etapa final. O processo que se encerra – fruto de uma complexa crise política
com poucos paralelos na história nacional – será acompanhado em detalhes
pelo Brasil de Fato. A partir desta quarta-feira (24), acompanhe a
série Democracia por um Fio, com conteúdos especiais para analisar
este momento do país e os interesses que estão em jogo.
Seja qual for o resultado
da decisão do Senado Federal, o governo interino de Michel Temer (PMDB) já
deixou sua marca. Não só pelas medidas que tomou, mas também pelas discussões e
propostas que levantou em poucos meses: cortes em políticas públicas, debates
sobre “reformas” com perdas para os trabalhadores e anúncio de medidas
consideradas drásticas. Por outro lado, a gestão provisória também demonstra contradições no
combate à corrupção e na capacidade de implementar as propostas econômicas.
Em pouco mais 100 dias, o peemedebista já deu mostras do que pode ser um
possível mandato por ele comandado. Confira uma seleção de matérias
publicadas pelo Brasil de Fato nesse período, dividida por eixos temáticos,
incluindo medidas adotadas, discutidas ou apoiadas por Temer e seus aliados,
além de movimentações políticas e mobilizações da sociedade em resposta aos
retrocessos propostos pelo interino.
Ver matéria completa no : Brasil de Fato.
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