Presidente
afastada se reuniu nesta quarta (24) com movimentos sociais.
Sessão para julgamento final dela começará na manhã desta quinta (25).
Filipe
MatosoDo G1, em Brasília - 24/08/2016
A presidente afastada Dilma Rousseff em ato contra o impeachment em
Brasília (Foto: Filipe Matoso / G1)
No último ato com público antes de o Senado iniciar
o julgamento final do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma
Rousseff reiterou nesta quarta-feira (24) que não cometeu crime, disse que seus
adversários estão “rasgando a Constituição” e voltou a dizer que não renunciará
ao mandato.
A sessão destinada ao julgamento final da petista
começará na manhã desta quinta (25), e só será concluída somente na próxima
semana. O depoimento de Dilma aos senadores está previsto para segunda-feira
(29).
“[O
processo de impeachment] não tem tanques, não tem armas, só uma arma discreta,
que rasga a Constituição. Estão rasgando a Constituição. Estão me condenando por algo
fantástico, que é um ‘não crime’. Eu não cometi crime”, disse Dilma.
“Nós respeitamos as instituições, não os golpistas.
É diferente. E nós temos de saber viver num regime democrático. Temos de usar
todos os instrumentos. Temos de ser capazes de resgatar a democracia. Porque um
golpe desse tipo, mesmo que ainda não concluído, e todos esperamos que não se
conclua, deixa marcas profundas. E qual é a principal? A ruptura democrática”,
acrescentou a petista no “Ato em defesa da democracia com Dilma”, realizado em
Brasília.
Em uma fala que durou cerca de 30 minutos, a
presidente afastada relembrou o período em que ficou presa durante o regime militar
e disse que lutará contra o impeachment “com a mesma força que lutei um dia lá
atrás”.
Em outro trecho do discurso, Dilma disse que a
democracia brasileira “não caiu do céu e não surgiu do nada”. Ela relembrou o
suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas e disse que, à época, a atitude dele
“impediu a ruptura democrática”. “Mas hoje eu não tenho de renunciar, eu não
tenho de me suicidar. Não tenho de fugir para o Uruguai. É um outro momento”,
observou.
“Neste processo, sabemos que teremos que continuar
lutando. Podem contar comigo! Eu conto com vocês”, concluiu.
Ver matéria completa no G1.
Lula diz que Dilma vai se
expor a Judas no Senado: 'História muitas vezes demora séculos para julgar'
Em
entrevista à BBC, ex-presidente diz que não deve pedido de desculpas por
escândalos: 'Eu não. Quem tem que pedir desculpas é quem está inventando
acusações'.
Júlia Dias CarneiroEnviada especial da BBC Brasil - 19/08/2016
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em entrevista à BBC (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
A menos de uma semana do início do julgamento final
da presidente Dilma Rousseff no Senado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva diz ter "esperança" em uma vitória, embora às vezes fale como
se o afastamento da sucessora estivesse consumado.
Em entrevista à BBC Brasil, Lula disse apostar no
julgamento da história. "Às vezes a história demora séculos para julgar e
eu trabalho com isso. A história não termina dia 29. Ela começa dia 29."
Sem citar nomes, Lula diz que Dilma irá se
"expor corajosamente" no Senado "para que o Judas Iscariotes possa acusá-la na frente dela". Afirma
que o presidente interino, Michel Temer, é constitucionalista e
"sabe" que a antecessora é vítima de um "golpe
parlamentar". Ver matéria completa na BBC Brasil.
Midia NINJAConta verificada@MidiaNINJA
Cada um tem a faixa que merece! 100% Judas #ForaTemer
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