Excursão seria
“lobby” para aprovação de presente bilionário às empresas do setor, diz revista
Do R7
23/12/2016 às 21h07 (Atualizado em 23/12/2016 às 21h09).
Na viagem, congressistas tiveram direito a passagens e diárias em hotéisReprodução internet
O Sinditelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de
Serviços Móvel Celular e Pessoal) que representa as empresas de telefonia do
País, pagou uma viagem para levar 11 parlamentares brasileiros para Barcelona,
na Espanha. A viagem teria sido realizada no mês de fevereiro, quando a cidade
espanhola sediou o congresso mundial do setor de telefonia.
De acordo com as informações, publicadas na edição desta semana da
Revista Veja, os congressistas tiveram direito a passagens e diárias em hotéis
na cidade espanhola. Os senadores presentes no encontro ainda ganharam R$ 5.000
do Congresso Nacional em diárias.
A publicação revela que participaram da viagem os senadores Jorge Viana
(PT-AC), Walter Pinheiro (PT-BA) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), além dos
deputados federais Jerônimo Georgen (PP-RS), Edinho Bez (PMDB-SC), Eros
Biondini (Pros-MG), Sandro Cruz (PSD-PR), Eduardo Cury (PSDB-SP), Jorge Tadeu
(DEM-SP), Paulo Henrique Lustosa (PP-CE) e Victor Lippi (PSDB-SP).
A revista ressalta que o pagamento da viagem seria um lobby para a
aprovação da PLC (Projeto de Lei da Câmara) 79/2016, que prevê um repasse de R$ 100 milhões para as empresas de telefonia do País.
O projeto, que passou silenciosamente pela Câmara e pelo Senado Federal,
seguiria para a sanção do presidente Michel Temer (PMDB), mas um mandato de
segurança foi aceito nesta sexta-feira (23) pela presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, e o Congresso deverá explicar a tramitação relâmpago da matéria nas duas Casas. Com o despacho de
Cármen, o Senado tem dez dias para se manifestar sobre o caso e a lei não pode
seguir para a sanção presidencial.
Ao longo da semana, diversas entidades de defesa do consumidor se
posicionaram contra a possível sanção da matéria. A Coalizão Direitos da Rede,
um conglomerado de organizações da sociedade civil que se preocupa com a
liberdade e o acesso à internet no Brasil, alertou que a aprovação do projeto “pode elevar preços e deixar interior desconectado”.
Transcrito do R7 Noticias.
Choque de
realidade
Pagando o pato
O aumento da confiança com o
impeachment não melhorou a economia, descobre a Fiesp
inShare por Luiz Gonzaga
Belluzzo — publicado 22/12/2016 00h24
Everton Amaro/Fiesp
A sede da Fiesp, na Paulista, aglutinou os patos do impeachment em torno do pensamento mágico do fora Dilma, mas "a retomada" virou pataquada.
Depois das exibições do pato na Avenida
Paulista para “animar” o impeachment de Dilma Rousseff, a
Fiesp descobriu quem está pagando as façanhas do próprio anatídeo. No popular,
as empresas brasileiras estão pagando o pato. Assim o demonstra o excelente e
certeiro estudo do Departamento de Competitividade e Tecnologia da federação
que congrega os industriais paulistas.
Já na abertura, o estudo desfia as
razões das graves dificuldades financeiras vividas pelas empresas:
“A melhora da confiança que vimos com a mudança de
governo não está se transformando em melhor desempenho da economia. A
expectativa de crescimento do PIB está caindo, tanto para este ano quanto para
o próximo. Para 2016, o mercado esperava que o PIB fosse crescer -3,17%, mas
agora já espera -3,44%. Para 2017, a expectativa de crescimento passou de 1,34%
para 0,96%”.
As reiteradas decepções das expectativas e as
frustrações da confiança, diz o documento, “se devem ao desempenho ainda muito
ruim de variáveis como vendas no varejo, com queda de 6,6% nos 12 meses
encerrados em setembro, e produção industrial, que diminuiu 7,9%, nos 12 meses
encerrados em outubro”.
A derrocada nas vendas do comércio e na
produção industrial, prossegue o estudo, “se deve ao desempenho ainda muito
ruim de variáveis como a taxa real de juros básica, que passou de 3,5% ao ano
em janeiro para mais de 9% em novembro.
Isso acontece porque a inflação está
caindo, enquanto a Selic só diminuiu 0,25 ponto porcentual. O crédito às
empresas caiu 12,8% nos 12 meses encerrados em outubro e o crédito às famílias,
3,4%. Os investimentos declinaram 13,5% nos 12 meses encerrados em setembro”.(...)
Ver matéria completa na Carta Capital.
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