Movimentos populares e pastorais se despedem de Dom
Paulo Evaristo Arns
Cardeal emérito, que faleceu aos 95 anos, foi sepultado na cripta da
Catedral da Sé em São Paulo nesta sexta-feira.
Rute Pina
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 16 de
Dezembro de 2016 às 19:18
Arns foi
homenageado na catedral da Sé / Marcelo Cruz/Brasil de Fato
Representantes de movimentos populares, pastorais e entidades de
direitos humanos lotaram a Catedral Metropolitana de São Paulo, no centro de
São Paulo (SP), para se despedir do cardeal e arcebispo emérito Dom Paulo
Evaristo Arns nesta sexta-feira (16).
Dom Sérgio da Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e arcebispo de Brasília, lembrou que Arns pregava uma Igreja que
não fosse centrada em si mesma, mas se relacionasse com as periferias e os
pobres. Ele recordou que cardeal foi quem impulsionou a criação das
comunidades eclesiais de base.
O deputado federal Nilto Tatto (PT) afirmou que essas comunidades foram
fundamentais para engajar a população na vida política e estão diretamente
relacionadas ao surgimentos de movimentos populares e sindicatos, como a
Central Única dos Trabalhadores (CUT), e de partidos políticos, como o PT.
(...)
Caminhada
Antes da cerimônia, movimentos populares fizeram uma caminhada do Largo
São Francisco à Praça da Sé para lembrar de Arns como o cardeal do povo, da
esperança e dos trabalhadores.
Membros de pastorais arquidiocesanas pontuaram que o cardeal foi
fundamental, também, para a criação das entidades. Jair Magalhães de Andrade,
agente da Pastoral do Povo de Rua, disse que a data de despedida "era
muito triste", mas também era um momento de homenagem. (...)
José Lucas dos Santos, da Pastoral Operária da Arquidiocese de São
Paulo, afirmou que Dom Paulo enalteceu a importância da organização dos
trabalhadores. "Ele é um símbolo. Alguém solidário, presente, sempre junto
das necessidades das categorias e dessa classe", afirmou.
Para a coordenadora de Referência para Refugiados da Cáritas
Arquidiocesana de São Paulo, Maria Cristina Morelli, o cardeal foi o precursor
da acolhida de refugiados perseguidos política e religiosamente, tema
prioritário da atuação das entidades de direitos humanos hoje.(...)
Ver matéria completa no Brasil de Fato.Edição: Camila Rodrigues da Silva
Papa lamenta morte de Dom
Paulo Evaristo Arns e diz que ele 'entregou vida ao povo'
Mensagem do pontífice foi lida durante velório de Arns na Catedral da Sé
e funeral do arcebispo segue até esta sexta. RedaçãoÓpera Mundi, 16 de Dezembro de 2016
. Funeral
de D. Paulo seguirá até as 15h desta sexta-feira (16) / Agência Efe.
O Vaticano divulgou nesta quinta-feira (15) uma nota enviada pelo papa
Francisco ao cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, lamentado a
morte de Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito da Arquidiocese de São
Paulo que morreu na quarta-feira (14).
“Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor e elevo
fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo
bom e fiel, enquanto envio a essa comunidade arquidiocesana que chora a perda
do seu amado pastor e à Igreja do Brasil, que nele teve um seguro ponto de
referência, e a quantos partilham esta hora de tristeza que anuncia a
ressurreição, uma confortadora bênção apostólica”, diz a mensagem, lida durante
o velório de Arns hoje, na Catedral Metropolitana de São Paulo, na Sé, região
central da cidade.
“Paulo Evaristo entregou a vida para o povo”, afirmou o papa no texto.
Ver matéria completa no Brasil de Fato.
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