João Pedro Stedile
O Brasil e o mundo entenderam rapidamente a natureza desse governo ilegítimo
Bastaram algumas horas ou dias para o governo provisório dos golpistas assumirem seus postos para já mostrarem a que vieram, com a composição do ministério, os planos anunciados e as declarações públicas.
O senado afastou apenas temporariamente a presidenta Dilma Roussef e empossou provisoriamente o sr. Michel Temer. Segundo alguns juristas, a rigor, pela Constituição, o vice-presidente não poderia nem mudar o ministério. Apenas deveria tomar os atos administrativos até que se julgue o mérito. Mas a última coisa que os golpistas e o conivente STF (Supremo Tribunal Federal) estão fazendo é respeitar a Constituição. Agora vale tudo. Como disse Lula, é como se você fosse viajar e deixasse sua casa aos cuidados de alguém provisoriamente, e ele vendesse e alterasse tudo lá de dentro.
O ministério dos golpistas é uma piada. Um verdadeiro festival da ratazana partidária. Todos homens, brancos, hipócritas e podres. A Rede Globo fez uma campanha intensa durante os últimos meses insinuando que a presidenta Dilma deveria ser deposta pelos níveis de corrupção do governo. A pequena burguesia nas ruas clamava a volta da ditadura militar para acabar com os corruptos do PT.
Pois bem, entre os atuais ministros de Temer, nada menos que sete estão como réus na Operação Lava-Jato e em outros processos de corrupção. Como disse o experiente Ciro Gomes, “entregaram o governo ao sindicato dos ladrões”, e ninguém teve coragem de processá-lo.
As medidas anunciadas ou já tomadas pelo governo golpista são uma tragédia para a vida e o futuro do povo brasileiro. Mas são coerentes com seu plano neoliberal de reduzir custos do trabalho, entregar nossas riquezas, privatizar o que podem e destinar os recursos públicos que iam à educação, saúde e previdência para os empresários. Como advertiu o pesquisador Márcio Pochmann, "está em jogo a apropriação privada de 10% do PIB, em recursos públicos!".
Enviaram uma Medida Provisória que prevê a possibilidade de privatização de todas as empresas estatais, como a Petrobras, empresas de energia elétrica, portos e aeroportos que ainda ficaram para trás. Provavelmente começarão pela energia elétrica e pelas reservas do pré-sal. Diante disso, no próximo dia 6 de junho haverá um ato nacional no Rio de Janeiro para denunciar esse ataque contra a soberania nacional.
Na previdência, querem impor uma aposentadoria com idade mínima de 65 anos para homens e mulheres do campo e da cidade, desvinculada do salário mínimo. Será uma tragédia para a classe trabalhadora.
Na saúde, anunciam cortes no SUS e o fim do programa Mais Médicos que atende 50 milhões de brasileiros pobres de nossas periferias e grotões, locais onde nunca havia chegado nenhum jaleco branco. Falam até em cortar o SAMU.
Em relação às taxas de juros, nenhuma palavra sobre os R$ 500 bilhões destinados todos os anos aos banqueiros como pagamento de juros da dívida interna. Para isso colocaram dois banqueiros cuidando do galinheiro: o Sr. Henrique Meirelles (Ministério da Fazenda) e o Sr. Illan Goldfajn (Banco Central), cuja família vive em Isarel por considerar o Brasil um país inseguro… coitado de nós, 210 milhões de seres humanos que vivemos por aqui.
Na agricultura e reforma agrária, além das medidas sociais acima que afetam os mais pobres do campo, não tiveram nenhum constrangimento em fechar o Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) e seus programas que atendiam os camponeses, como o programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e os programas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). (...)
O senado afastou apenas temporariamente a presidenta Dilma Roussef e empossou provisoriamente o sr. Michel Temer. Segundo alguns juristas, a rigor, pela Constituição, o vice-presidente não poderia nem mudar o ministério. Apenas deveria tomar os atos administrativos até que se julgue o mérito. Mas a última coisa que os golpistas e o conivente STF (Supremo Tribunal Federal) estão fazendo é respeitar a Constituição. Agora vale tudo. Como disse Lula, é como se você fosse viajar e deixasse sua casa aos cuidados de alguém provisoriamente, e ele vendesse e alterasse tudo lá de dentro.
O ministério dos golpistas é uma piada. Um verdadeiro festival da ratazana partidária. Todos homens, brancos, hipócritas e podres. A Rede Globo fez uma campanha intensa durante os últimos meses insinuando que a presidenta Dilma deveria ser deposta pelos níveis de corrupção do governo. A pequena burguesia nas ruas clamava a volta da ditadura militar para acabar com os corruptos do PT.
Pois bem, entre os atuais ministros de Temer, nada menos que sete estão como réus na Operação Lava-Jato e em outros processos de corrupção. Como disse o experiente Ciro Gomes, “entregaram o governo ao sindicato dos ladrões”, e ninguém teve coragem de processá-lo.
As medidas anunciadas ou já tomadas pelo governo golpista são uma tragédia para a vida e o futuro do povo brasileiro. Mas são coerentes com seu plano neoliberal de reduzir custos do trabalho, entregar nossas riquezas, privatizar o que podem e destinar os recursos públicos que iam à educação, saúde e previdência para os empresários. Como advertiu o pesquisador Márcio Pochmann, "está em jogo a apropriação privada de 10% do PIB, em recursos públicos!".
Enviaram uma Medida Provisória que prevê a possibilidade de privatização de todas as empresas estatais, como a Petrobras, empresas de energia elétrica, portos e aeroportos que ainda ficaram para trás. Provavelmente começarão pela energia elétrica e pelas reservas do pré-sal. Diante disso, no próximo dia 6 de junho haverá um ato nacional no Rio de Janeiro para denunciar esse ataque contra a soberania nacional.
Na previdência, querem impor uma aposentadoria com idade mínima de 65 anos para homens e mulheres do campo e da cidade, desvinculada do salário mínimo. Será uma tragédia para a classe trabalhadora.
Na saúde, anunciam cortes no SUS e o fim do programa Mais Médicos que atende 50 milhões de brasileiros pobres de nossas periferias e grotões, locais onde nunca havia chegado nenhum jaleco branco. Falam até em cortar o SAMU.
Em relação às taxas de juros, nenhuma palavra sobre os R$ 500 bilhões destinados todos os anos aos banqueiros como pagamento de juros da dívida interna. Para isso colocaram dois banqueiros cuidando do galinheiro: o Sr. Henrique Meirelles (Ministério da Fazenda) e o Sr. Illan Goldfajn (Banco Central), cuja família vive em Isarel por considerar o Brasil um país inseguro… coitado de nós, 210 milhões de seres humanos que vivemos por aqui.
Na agricultura e reforma agrária, além das medidas sociais acima que afetam os mais pobres do campo, não tiveram nenhum constrangimento em fechar o Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) e seus programas que atendiam os camponeses, como o programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e os programas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). (...)
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Edição: Luiz Felipe Albuquerque
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