O
distrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, foi
devastado pela lama. site deputado estadual Rogério Correia.
Uma troca de mensagens pelo sistema interno de comunicação da Samarco
entre o presidente da empresa à época do rompimento da Barragem de Fundão,
Ricardo Vescovi, e diretores mostra que a cúpula da mineradora não só foi
informada de problemas com a represa como articulava estratégia para lidar com
a precariedade da estrutura. O Estado teve acesso à transcrição, feita com
autorização judicial e presente no relatório final da Polícia Federal sobre a
tragédia de 5 de novembro, que deixou 18 mortos e 1 desaparecido.
Nas conversas, Vescovi força a produção de
informações para esconder problemas com Fundão. Ao saber de trincas na
estrutura, em agosto de 2014 – mais de um ano antes do desastre -, o presidente
diz: “O quê? Ai, ai, ai”. As conversas foram obtidas pelos delegados em busca e
apreensão nas plantas da Samarco nas cidades de Mariana (MG) e Anchieta (ES). (...)
Ver matéria completa: site deputado
estadual Rogério Correia.
Em terra de índio, a mineração bate à porta.
Órgãos federais têm posição oposta sobre a validade de registrar
processos minerários em território indígena.
Caco Bressane
Agência Pública, 21 de Junho de 2016 às 11:01
Yanomami chegam a ter 92% das pessoas contaminadas
por mercúrio / Marcos Wesley/ISA.
Atualmente, mesmo antes de qualquer regulamentação que trate
especificamente da mineração em terras indígenas, um quarto delas registra
processos minerários no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),
autarquia ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), responsável pelas atividades
mineradoras do país.
Levantamento da Pública com
base em dados do Instituto Socioambiental (ISA) e do DNPM mostra que a
mineração, uma atividade que sobrevive do proveito da terra, sobretudo a
inexplorada, está cada vez mais atraída pelos territórios indígenas do Brasil.
Na Amazônia Legal, por exemplo, região que engloba nove estados, um terço das
áreas indígenas tem processos desse tipo, que vão do desejo de explorar ouro,
diamante e chumbo a minérios como cassiterita, cobre e estanho. Nessa região, a
proporção é de uma terra indígena para cada dez processos minerários. Campeão nacional, o Pará concentra 50% desses processos em
TIs já identificadas oficialmente pela Funai.
Em algumas situações, áreas indígenas paraenses estão completamente
cobertas pela cobiça da mineração, que, a despeito da recente queda dos preços
das commodities, teve uma produção que praticamente dobrou na
última década e fora fomentada, principalmente, por empresas como a Vale S.A.,
uma das maiores do mundo no setor e segunda colocada no ranking das empresas
com mais processos minerários em TIs.
Ver matéria completa: Brasil de Fato.
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