sexta-feira, 17 de junho de 2016

A destruição da escola pública por Michel Temer e o PMDB



Beatriz Cerqueira13 de Junho de 2016 às 18:25
Beatriz Cerqueira: Temos o dever de derrotar este golpe. É a nossa chance de termos escola pública para as próximas gerações / Lula Marques / Agência PT

Metas para o Plano Nacional de Educação farão parte de um saudoso passado  .

O esvaziamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão feito pelo governo Michel Temer causou perplexidade e indignação em todo o Brasil. As áreas de atuação dessa Secretaria são essenciais a um país que busca vencer a dívida com seu povo, que foi, ao longo de séculos, excluído quando a educação era privilégio de poucos e não direito de todos e todas. O que dizer de um país que tem 13 milhões de analfabetos e acaba com a Secretaria que deveria estar elaborando e executando políticas que incluam as pessoas?

Essa ação de Michel Temer tem a ver com o que o governo pensa e quer fazer com a educação pública: caminhamos para a sua destruição e para a privatização do que restar. Para esse governo, educação é mercadoria e não direito. Deve ser pensada aos olhos do mercado, ser comprada, vendida. Nisso se inserem outras medidas já anunciadas e em curso neste momento: a desvinculação do orçamento público de investimento em educação e saúde, possibilitando que estados e municípios não sejam obrigados a investir o mínimo constitucional de 25% de impostos arrecadados em educação; a adoção da política da meritocracia em detrimento de políticas de valorização da carreira e do Piso Salarial Profissional Nacional na educação básica pública; anúncio de uma política de privatização no serviço público como parceria público-privada e Organizações Sociais; mudança na forma de exploração do pré-sal, acabando com a Lei da Partilha e a destinação de 75% dos royalties e 50% do Fundo Nacional para a educação.(...)
*Beatriz Cerqueira é professora, coordenadora-geral do Sind-UTE MG e presidenta da CUT Minas Gerais
 Brasil de Fato, ver matéria completa.

"MACHISTÉRIO"
Conselho das Mulheres tem renúncia coletiva em reação a Temer
Ex-conselheira Rachel Moreno diz Temer pôs no primeiro escalão do Executivo somente ministros contra os direitos humanos.
 
Rede Brasil Atual, 16 de Junho de 2016
Mulheres reclamam da falta de representatividade feminina no governo Temer. 'É um machistério' / RBA

Dez conselheiras renunciaram na terça-feira (14) aos cargos que ocupavam no Conselho Nacional de Direitos das Mulheres, órgão do Ministério da Justiça. Elas afirmam que saíram porque consideram o governo interino de Michel Temer "golpista, patriarcal e ilegítimo" e não veem perspectivas de diálogo e avanços nas políticas de gênero.
Em entrevista à repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual, a ex-conselheira Rachel Moreno diz que o governo Temer colocou no primeiro escalão do poder Executivo somente ministros homens e brancos de partido da coalização, com muitos envolvidos em esquemas de corrupção e com posições contrárias aos direitos humanos.

"Aos poucos fomos percebendo que o Michel Temer resolveu mudar o ministério por um 'machistério', onde não há nenhuma mulher representada. Depois da reação internacional contra essa atitude, ele acabou nomeando a Fátima Pelaes, que tem uma série de problemas de enriquecimentos ilícitos e é contrária a muitos dos direitos das mulheres. Embora nossa função fosse de controle social e recomendações de políticas públicas, nós achamos que não tínhamos mais espaço, nem sentido de continuarmos", diz.
 Brasil de Fato, ver matéria completa.

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