Beatriz Cerqueira13 de Junho de 2016 às 18:25
Beatriz Cerqueira: Temos o dever de derrotar este
golpe. É a nossa chance de termos escola pública para as próximas gerações /
Lula Marques / Agência PT
Metas para o Plano Nacional de Educação farão parte
de um saudoso passado .
O esvaziamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão feito pelo governo Michel Temer causou perplexidade e
indignação em todo o Brasil. As áreas de atuação dessa Secretaria são
essenciais a um país que busca vencer a dívida com seu povo, que foi, ao longo
de séculos, excluído quando a educação era privilégio de poucos e não direito
de todos e todas. O que dizer de um país que tem 13 milhões de
analfabetos e acaba com a Secretaria que deveria estar elaborando e executando
políticas que incluam as pessoas?
Essa ação de Michel Temer tem a ver com o que o governo pensa e quer
fazer com a educação pública: caminhamos para a sua destruição e para a
privatização do que restar. Para esse governo, educação é mercadoria e não direito.
Deve ser pensada aos olhos do mercado, ser comprada, vendida. Nisso se inserem
outras medidas já anunciadas e em curso neste momento: a desvinculação do
orçamento público de investimento em educação e saúde, possibilitando que
estados e municípios não sejam obrigados a investir o mínimo constitucional de
25% de impostos arrecadados em educação; a adoção da política da meritocracia
em detrimento de políticas de valorização da carreira e do Piso Salarial
Profissional Nacional na educação básica pública; anúncio de uma política de
privatização no serviço público como parceria público-privada e Organizações
Sociais; mudança na forma de exploração do pré-sal, acabando com a Lei da
Partilha e a destinação de 75% dos royalties e 50% do Fundo Nacional para a educação.(...)
Brasil de Fato, ver matéria completa.
"MACHISTÉRIO"
Conselho das Mulheres tem renúncia coletiva em reação a Temer
Ex-conselheira Rachel Moreno diz Temer pôs no primeiro escalão do
Executivo somente ministros contra os direitos humanos.
Rede Brasil Atual, 16 de Junho de 2016
Mulheres reclamam da falta de representatividade
feminina no governo Temer. 'É um machistério' / RBA
Dez conselheiras renunciaram na terça-feira (14) aos cargos que
ocupavam no Conselho Nacional de Direitos das Mulheres, órgão do Ministério da
Justiça. Elas afirmam que saíram porque consideram o governo interino de Michel
Temer "golpista, patriarcal e ilegítimo" e não veem perspectivas de diálogo
e avanços nas políticas de gênero.
Em entrevista à repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual, a
ex-conselheira Rachel Moreno diz que o governo Temer colocou no primeiro
escalão do poder Executivo somente ministros homens e brancos de partido da
coalização, com muitos envolvidos em esquemas de corrupção e com posições
contrárias aos direitos humanos.
"Aos poucos fomos percebendo que o Michel Temer resolveu mudar o
ministério por um 'machistério', onde não há nenhuma mulher representada.
Depois da reação internacional contra essa atitude, ele acabou nomeando a
Fátima Pelaes, que tem uma série de problemas de enriquecimentos ilícitos e é
contrária a muitos dos direitos das mulheres. Embora nossa função fosse de
controle social e recomendações de políticas públicas, nós achamos que não
tínhamos mais espaço, nem sentido de continuarmos", diz.
Brasil de Fato, ver matéria completa.
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