Falar em metas para o Plano Nacional
de Educação fará parte de um saudoso passado
Beatriz Cerqueira é professora, coordenadora -geral do Sind -UTE MG e
presidenta da CUT Minas Gerais.
Belo Horizonte, 08 de Junho de 2016 às 17:35
Temos o dever de derrotar este golpe. É a nossa
chance de termos escola pública para as próximas gerações / Lidyane Ponciano
O esvaziamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão feito pelo governo Michel Temer causou perplexidade e
indignação em todo o Brasil. As áreas de atuação dessa Secretaria são
essenciais a um país que busca vencer a dívida com seu povo, que foi, ao longo
de séculos, excluído quando a educação era privilégio de poucos e não direito
de todos e todas. O que dizer de um país que tem 13 milhões de
analfabetos e acaba com a Secretaria que deveria estar elaborando e executando
políticas que incluam as pessoas?
Essa ação de Michel Temer tem a ver com o que o governo pensa e quer
fazer com a educação pública: caminhamos para a sua destruição e para a
privatização do que restar. Para esse governo, educação é mercadoria e não
direito. Deve ser pensada aos olhos do mercado, ser comprada, vendida. Nisso se
inserem outras medidas já anunciadas e em curso neste momento: a desvinculação
do orçamento público de investimento em educação e saúde, possibilitando que
estados e municípios não sejam obrigados a investir o mínimo constitucional de
25% de impostos arrecadados em educação; a adoção da política da meritocracia
em detrimento de políticas de valorização da carreira e do Piso Salarial
Profissional Nacional na educação básica pública; anúncio de uma política de
privatização no serviço público como parceria público-privada e Organizações
Sociais; mudança na forma de exploração do pré-sal, acabando com a Lei da
Partilha e a destinação de 75% dos royalties e 50% do Fundo Nacional para a
educação.
Ver matéria ma íntegra Jornal . Brasil de Fato
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