domingo, 10 de julho de 2016

“Não se bate em mulher”

Mãe faz filho pedir desculpas para colega de escola: “Não se bate em mulher”
  http://2.gravatar.com/avatar/5ffa2857fd2d30d7c71330f61ee29e18?s=40&d=mm&r=gAndreia Landa Pandim22.803 Views


A postagem de uma mãe viralizou nas redes sociais, quando ela obrigou seu filho de 4 anos levar flores para a coleguinha que ele empurrou, além de conversar com o menino e ensina-lo que não pode bater em mulher, Tata Carvalho fez questão de faze-lo levar vaso de flores e um pedido de desculpas para a coleguinha.
No seu perfil no Facebook, ela publicou “Depois de muita conversa, castigo ontem, hoje foi o dia de levar flores para a coleguinha que ele empurrou ontem na escola. #naosebateemmulher #sóflores #sócarinho #vaiserumprincipe #nãoéfácil”.

A postagem já recebeu mais de 50 mil curtidas e Tata recebeu vários elogios, como uma pessoa que escreveu “Parabéns Tata Carvalho linda a sua atitude meus parabéns…farei o mesmo qdo o meu filho crescer bjs.” e milhares de parabéns. Um bom exemplo né ?
 Crédito: R7 noticias.   

Marcha das Vadias percorre ruas de Belo Horizonte pelo fim da cultura do estupro.

A marcha surgiu em Toronto após um policial sugerir que "vadias" se comportassem para que não fossem atacadas
Belo Horizonte,  Ato teve início na Praça da Estação e dispersou no centro da capital mineira / Sô Fotocoletivo.

Marcha do quê? Das vadias! Mas isso é xingamento! Sim. Assim como puta, piranha, biscate ou “novinha”. Se as mulheres são seres marcados e oprimidos pela sociedade machista e patriarcal, que elas possam se remarcar e ser o que quiserem ser: bela, recatada, do lar (aff)! Mas também puta, da rua, da luta.
E marcharemos. Marcharemos até que todas  sejamos livres.
A Marcha das Vadias surgiu em 2011, depois que o policial – segurança de uma universidade em Toronto, no Canadá, disse “para as vadias se comportarem para não ser atacadas”. Ele se referia à onda de estupros que estava ocorrendo lá. As vadias eram as mulheres vítimas dos ataques. O caso indignou as mulheres, que criaram a Marcha das Vadias para denunciar a cultura do estupro. Ela existe, não adianta negar. Assim como o machismo, e precisa ser extinta. A pauta é das mais urgentes.
A cada minuto uma mulher é violentada no Brasil. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e são assustadores. No mês seguinte ao caso de Toronto, as mulheres no Brasil passaram a marchar também. Em vários países elas marcham contra a cultura do estupro.
O ato começou espremido na Praça da Estação, pois o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, alugou a praça pública e assim “ela é privada hoje, e não pública”, como disse o funcionário que ajudava na desmontagem da estrutura que havia no local. Na saída da Marcha das Vadias, o batuque do Bloco Bruta Flor e Tambores de Luta foi  abafado por um som ligado bem na hora na tal estrutura. Estávamos ali há mais de uma hora e nada de som até ali. Coincidência não?
Mas marchamos.
Marchamos por respeito a vida de todas as mulheres.
Marchamos pelo fim da cultura do estupro. Pela legalização do aborto. Pela igualdade. Pela maternidade como escolha, e não imposição. Pela vida de todas as mulheres. Marchamos contra o golpe em curso e em repúdio a políticos corruptos, machistas e homofóbicos: “Ei Temer, não sou da sua laia. Fora Cunha, Bolsonaro e Malafaia”.
E marchamos. Denunciamos. Brigamos. Piadas machistas não podem mais ser toleradas. É preciso revidar. Um homem não pode afirmar que uma mulher gosta de “piroca”. Isso é invasão, é desrespeito, é a cultura do estupro no seu sentido mais “desenhado”. E não, você não diz o que a novinha quer, só ela sabe e o querer é dela.
 Crédito: Brasil de Fato

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