Mãe faz filho pedir desculpas para colega de escola: “Não se bate em
mulher”
Andreia Landa
Pandim22.803 Views
A postagem de uma mãe
viralizou nas redes sociais, quando ela obrigou seu filho de 4 anos levar
flores para a coleguinha que ele empurrou, além de conversar com o menino e
ensina-lo que não pode bater em mulher, Tata Carvalho fez questão de faze-lo
levar vaso de flores e um pedido de desculpas para a coleguinha.
No seu perfil no Facebook,
ela publicou “Depois de muita conversa, castigo ontem, hoje foi o dia de levar
flores para a coleguinha que ele empurrou ontem na escola. #naosebateemmulher
#sóflores #sócarinho #vaiserumprincipe #nãoéfácil”.
A postagem já recebeu mais
de 50 mil curtidas e Tata recebeu vários elogios, como uma pessoa que escreveu
“Parabéns Tata Carvalho linda a sua atitude meus parabéns…farei o mesmo qdo o
meu filho crescer bjs.” e milhares de parabéns. Um bom exemplo né ?
Crédito:
R7 noticias.
Marcha das Vadias
percorre ruas de Belo Horizonte pelo fim da cultura do estupro.
A marcha surgiu em Toronto após um policial
sugerir que "vadias" se comportassem para que não fossem atacadas
Belo Horizonte, Ato teve início na Praça da Estação
e dispersou no centro da capital mineira / Sô Fotocoletivo.
Marcha do quê? Das vadias! Mas isso é
xingamento! Sim. Assim como puta, piranha, biscate ou “novinha”. Se as mulheres
são seres marcados e oprimidos pela sociedade machista e patriarcal, que elas
possam se remarcar e ser o que quiserem ser: bela, recatada, do lar (aff)! Mas
também puta, da rua, da luta.
E marcharemos. Marcharemos até que todas sejamos livres.
A Marcha das Vadias surgiu em 2011, depois
que o policial – segurança de uma universidade em Toronto, no Canadá, disse
“para as vadias se comportarem para não ser atacadas”. Ele se referia à onda de
estupros que estava ocorrendo lá. As vadias eram as mulheres vítimas dos
ataques. O caso indignou as mulheres, que criaram a Marcha das Vadias para
denunciar a cultura do estupro. Ela existe, não adianta negar. Assim como o
machismo, e precisa ser extinta. A pauta é das mais urgentes.
A cada minuto uma mulher é violentada no Brasil. Os dados são do
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e são assustadores. No mês
seguinte ao caso de Toronto, as mulheres no Brasil passaram a marchar também.
Em vários países elas marcham contra a cultura do estupro.
O ato
começou espremido na Praça da Estação, pois o prefeito de Belo Horizonte,
Márcio Lacerda, alugou a praça pública e assim “ela é privada hoje, e não
pública”, como disse o funcionário que ajudava na desmontagem da estrutura que
havia no local. Na saída da Marcha das Vadias, o batuque do Bloco Bruta Flor e
Tambores de Luta foi abafado por um som
ligado bem na hora na tal estrutura. Estávamos ali há mais de uma hora e nada
de som até ali. Coincidência não?
Mas
marchamos.
Marchamos
por respeito a vida de todas as mulheres.
Marchamos
pelo fim da cultura do estupro. Pela legalização do aborto. Pela igualdade.
Pela maternidade como escolha, e não imposição. Pela vida de todas as mulheres.
Marchamos contra o golpe em curso e em repúdio a políticos corruptos, machistas
e homofóbicos: “Ei Temer, não sou da sua laia. Fora Cunha, Bolsonaro e
Malafaia”.
E
marchamos. Denunciamos. Brigamos. Piadas machistas não podem mais ser
toleradas. É preciso revidar. Um homem não pode afirmar que uma mulher gosta de
“piroca”. Isso é invasão, é desrespeito, é a cultura do estupro no seu sentido
mais “desenhado”. E não, você não diz o que a novinha quer, só ela sabe e o
querer é dela.
Crédito: Brasil de Fato
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