domingo, 10 de julho de 2016

Líder dos industriais defende até 80 horas de trabalho semanais


Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional da Indústria, diz que é preciso “mudanças duras” também na Previdência.Pedro Peduzzi e Ana Cristina Campos Agência Brasil,Michel Temer se reuniu com mais de 100 empresários durante duas horas na sede da Confederação Nacional da Indústria / Antonio Cruz/ Agência Brasil.

Após mais de duas horas de reunião com o presidente interino Michel Temer e com cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse hoje (8) que, para o governo melhorar a situação do déficit fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas. Temer deixou o evento sem falar com a imprensa.
O presidente da CNI citou como exemplo a França, onde as leis trabalhistas estão sendo discutidas.
“Vimos agora o governo francês, sem enviar ao Congresso Nacional, tomar decisões com relação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36 passou, para a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho (na verdade, são 60 horas semanais). A razão disso é muito simples. A França perdeu a competitividade de sua indústria com relação aos demais países da Europa. Agora, está revertendo e revendo suas medidas, para criar competitividade. O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível”, argumentou o empresário.
Edição: Armando Cardoso.
Ver matéria na integra jornal Brasil de Fato.


Aumentar a idade de aposentadoria é uma proposta irrealista.
Entenda os problemas dos argumentos a favor do aumento da idade de aposentadoria, cerne da reforma da Previdência proposta por Michel Temer.
por Carlos Drummond — publicado 05/07/2016. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas
Reunião dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, do Trabalho, Ronaldo Nogueira e do Planejamento, Dyogo Oliveira, com centrais sindicais aliadas. Proposta governista foi rejeitada.
O adiamento, na terça-feira 28, do envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso pelo presidente interino Michel Temer é o segundo fracasso desse ponto da pauta socioeconômica mais regressiva de uma administração federal desde os anos 1990.
O cerne da proposição, de elevação da idade mínima de aposentadoria, foi recusado pelas centrais sindicais aliadas, convocadas pela segunda vez a ratificar a fórmula de Temer e do presidente do Banco Central. Aumentar a idade de aposentadoria é irrealista não só pela dificuldade de implantação, como mostra a reação até de parceiros, mas devido também a falta de correspondência entre os argumentos e a realidade em diversos aspectos, em um descasamento certamente não fortuito:                                   .  A comparação absurda entre o Brasil e países avançados (...)                                                                                                                                                 . Aos 50 anos, o trabalhador brasileiro está exaurido (...)

  . A idade mínima já aumentou com a regra 85/95 (...)

   . Sem manipulações contábeis, há superávits, não déficits (...)

  . As contribuições previdenciárias são “brutalmente sonegadas pelas empresas”(...)
                                   
 Crédito: carta Capital. Ver matéria na íntegra.


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