sábado, 16 de julho de 2016

Educadores reagem a Escola sem Partido’


Projetos de lei que impedem manifestações ideológicas em sala tramitam pelo País

Agência Estado                                                                  10/7/2016

Colégios tradicionais de SP se manifestaram contra os projetosPedro Ribas/ ANPr/Fotos Públicas
No momento em que ganham força e se alastram pelos Legislativos do País, os projetos de lei que dizem defender a "neutralidade do ensino", por meio da proibição da "doutrinação ideológica" nas escolas, começam a ter a sua legitimidade questionada.
Nesta semana, 20 dos colégios particulares mais tradicionais de São Paulo se manifestaram contra os projetos — entre eles, Santa Cruz, Mackenzie, Bandeirantes e Vera Cruz —, argumentando que eles podem "cercear e até inviabilizar o trabalho pedagógico".
São quatro projetos do tipo na Câmara dos Deputados e um no Senado, além de propostas em 7 Assembléias Legislativas e 12 Câmaras Municipais. Quase todos os projetos reproduzem o texto do programa Escola sem Partido, idealizado em 2004 pelo advogado Miguel  Nagib, procurador paulista.


 Ver matéria completa :   R7 noticias.
Escola sem partido ou como a direita está disputando a educação
Beatriz Cerqueira20 de Junho de 2016 - coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT/Minas.

Há um forte propósito de criminalizar o professor
Durante os debates do Fórum Estadual de Educação, realizado recentemente em Minas Gerais, tive a oportunidade de ler e escutar os argumentos daqueles que defendem o  “Escola Sem Partido”. Acompanhando as lutas em vários estados, já sabia que esse é um projeto articulado, nacionalmente, não idéias de um grupo de pais desarticulados que "só" querem participar da escola e estão preocupados com a educação dos filhos.

Há um forte propósito de criminalizar o professor, que assim perde a condição de docente e passa a ser um transmissor do conteúdo que a “família” autoriza expressamente que pode ser transmitido. E que seria vigiado para não “ultrapassar” o limite. O que eu ainda não tinha percebido e depois de ver, ler e ouvir eu entendi, é que a estratégia desse grupo é colocar pais contra os professores e atacar a escola pública.

Afirmam que o aluno "é a parte mais fraca na relação de aprendizagem" colocando o professor na condição de opressor. Discursam que os pais têm o direito de participar da escola, como se nós não defendêssemos a participação da comunidade na vida escolar, na elaboração do projeto político-pedagógico da escola e como se, até agora, fossem impedidos dessa participação.
Na verdade, o que fazem é colocar o pai e a mãe contra o professor, defendendo que devem ter o direito de ir à escola e vigiá-lo, decidir se a avaliação que ele elabora pode ou não ser aplicada, se o livro indicado para a leitura pode ou não ser lido, se o livro didático adotado pode ou não ser utilizado! Criam uma falsa contraposição entre professor e pais. Mas fazem mais.
Ver matéria completa no Brasil de Fato.


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