quarta-feira, 13 de julho de 2016

Mortes de policiais em Dallas retomam o debate racial

  

Barack Obama decidiu encurtar sua viagem a Europa.
Franco-atirador matou cinco policiais e feriu nove pessoas.
(...) Os apelos de calma e tolerância se multiplicam nos Estados Unidos, um país em estado de choque com o massacre de policiais, aparentemente cometido por um atirador solitário, com um desejo de vingar os abusos das forças de segurança contra os negros.
O vice-presidente Joe Biden afirmou neste sábado que, "como americanos, estamos feridos por todas estas mortes".

Os agentes mortos e os feridos "estavam protegendo os que protestavam pacificamente contra as injustiças raciais no sistema criminal de justiça. Estas pessoas marchavam contra o tipo de imagens chocantes que vimos em St. Paul e Baton Rouge - que temos observado com muita frequência em outras partes - de muitas vidas negras perdidas".

 Homem segura faixa com a mensagem ‘Black Power’ durante um protesto em Dallas, no Texas, na noite de quinta-feira (8). Franco-atiradores deixaram cinco policiais mortos e seis feridos (Foto: Laura Buckman / AFP)

O único suspeito, morto pela polícia horas depois do massacre da noite de quinta-feira em Dallas, foi identificado como Micah Johnson, um ex-soldado negro de 25 anos que não tinha antecedentes criminais, reservista do exército e que esteve no Afeganistão entre novembro de 2013 e julho de 2014.
Johnson foi morto após um grande cerco policial, que incluiu o  uso de um robô co m explosivos.
Na sexta-feira (8/12) aconteceram manifestações em Houston, Nova Orleans, Detroit, Baltimore e San Francisco, após as mortes de dois negros em ações da polícia durante a semana, em operações filmadas na Louisiana e em Minnesota.
                             Bandeira dos EUA fica a meio mastro nesta sexta em frente ao Departamento de Polícia de Nova York, em homenagem às vítimas de Dallas. (Foto: Mike Segar/Reuters)

Crédito: G1 noticias.

“Clinton ou Trump não irão enfrentar a questão racial nos EUA”, afirma ativista negro
Robert Baker, da Liga dos Eleitores Jovens, teme que candidatos deixem discussão de lado
Rafael Tatemoto
Redação, 13 de Julho de 2016                 
Protesto do Black Lives Matter / Tony Webster

A questão racial nos Estados Unidos (EUA) foi reacendida nos últimos anos. Desde Ferguson, novos casos de violência policial contra pessoas negras ganharam grande projeção. Além disso, uma nova onda de ativismo surgiu em torno do movimento Black Lives Matter [Vidas Negras Importam].
Na última semana, um tiroteio em Dallas durante um protesto contra as mortes de Alton Sterling e Philando Castile - ocorridas em Louisiana e Minnesota, respectivamente - chocou o país. O Brasil de Fato conversou com Rob “Biko” Baker, diretor-executivo da League os Young Voters [Liga dos Eleitores Jovens] organização que estimula a participação de jovens negros nas eleições.
Baker falou sobre violência policial, a administração do governo de Barack Obama e as perspectivas abertas pelas eleições presidenciais. Confira abaixo.
 Brasil de Fato - Desde Ferguson, a questão racial voltou com força ao debate público nos EUA. Por outro lado, a violência policial continua. Como você avalia a evolução desse tema na política estadunidense?
Robert Baker - Eu acredito que o debate mudou, tanto ao nível da base das organizações militantes como na mídia. Não é mais aceitável deixar de lado a opressão que as pessoas negras pobres enfrentam. Questões como a violência policial – e a resposta consistente através dos protestos – forçaram as pessoas a prestar atenção. Entretanto, à medida que as massas acordam, é essencial que nós ampliemos a discussão abordando outros aspectos do sistema que marginaliza as pessoas negras. Nós não podemos continuar presos a um padrão de ação reativa.

Ver matéria completa: Brasil de Fato.

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