Diante da oposição à reforma da Previdência.
Governo
muda de estratégia devido a divergências na base do governo no Congresso
Redação*
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 20 de Março de 2017
Até
agora, a reforma já teve 120 sugestões de mudanças da própria base do governo,
e 44 da oposição / Marcelo Camargo/Agência Brasil
“A crescente oposição à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que
pretende modificar as regras da Previdência, está resultando em divergências na
base do governo. Nesta semana, o Poder Executivo junto com o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu acelerar a reforma
trabalhista, também muito criticada pela oposição e centrais sindicais.”
“Em entrevista à Rede Brasil Atual, a senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM), alertou sobre as dificuldades que o governo de Temer
está tendo em relação às reformas”. Ela disse que “hoje a instabilidade que o
governo vive em relação à sua base de apoio no Congresso é total”.
“Uma das expressões mais claras dos problemas que o governo enfrenta,
aconteceu na última quarta-feira (15), no Dia Nacional de Mobilização contra a
reforma da Previdência. Enquanto eram realizadas centenas de manifestações em
todo o país, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, declarou que a reforma
da Previdência já tinha sido inviabilizada. Até agora, a reforma da Previdência
já teve 120 sugestões de mudanças da própria base do governo, e 44 da oposição.”
“A conclusão da análise das propostas da comissão especial da reforma
trabalhista estava prevista para maio, com a mudança ela deve ficar pronta para
o começo de abril, quase ao mesmo tempo que deve concluir a comissão especial
da reforma da Previdência.”
“A reforma trabalhista também conta com muitas críticas. Na semana
passada, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde Arantes, afirmou
que o governo usa “grandes inverdades” para promover a iniciativa.”
A primeira delas é o argumento de
que a reforma vai promover a geração de empregos, segundo a ministra, “em lugar
nenhum do mundo, reforma promoveu geração de empregos; ao contrário, gerou
precarização dos empregos efetivos existentes”.
“O presidente da CUT, Vagner Freitas, também afirmou que a central não
negociou e não negociará termos da reforma trabalhista.” Para o sindicalista a
iniciativa está composta por “medidas que atendem apenas a interesses do
empresariado”.
*Com informações do Valor Econômico e
RBA
Edição: Vivian Fernandes. Transcrito do Brasil de Fato.
https://www.brasildefato.com.br/2017/03/20/diante-da-oposicao-a-reforma-da-previdencia-governo-acelera-reforma-trabalhista/
"Presidente do STF diz que 'já passou da hora' de
discutir foro privilegiado."
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
17/03/2017
12h39
"A Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou
nesta sexta-feira (17) que já passou da hora de o país discutir o foro
privilegiado. "
"Já passou da hora. Na faculdade, a gente já
discutia. Depende de uma mudança constitucional. Acho que tem que se discutir,
não pode ficar como está, pois quebra a igualdade", afirmou.
"Cármen Lúcia citiu casos hipotéticos de políticos que
tenham agredido a mulher ou atropelado alguém, o que, na opinião dela, não
teria porque ser julgado no STF."
"Sobre a "lista do Janot", que teria o nome de mais
de 100 políticos envolvidos na Lava Jato, ela disse que haverá
um esforço "concentrado", mas disse que há outros 61 mil processos em
tramitação e que não pode parar o STF em função da operação."
"É, sim, um número grande, principalmente
considerando que o número de inquéritos e ações penais no Supremos, se eu tomar
a totalidade dos processos que lá estão é menor, claro, que a média. Até porque
a função precípua do Supremo não é essa. É fazer controle de
constitucionalidade, de julgar casos de matéria constitucional. Esta é uma
matéria que só chega ao Supremo por causa do chamado foro especial ou foro
privilegiado.(...)"
Transcrito do G1/Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário