Brasil está entre 10 países mais desiguais do
mundo, aponta PNUD
Apesar da queda da extrema pobreza nos últimos 25 anos, planeta ainda
tem 766 mi de pessoas vivendo com menos de US$ 1,9
Cristiane Sampaio
Brasil de Fato | Brasília (DF), 21 de Março de 2017
Moradores
da favela da Estrutural, em Brasília, convivem com mazelas como um lixão e
baixos níveis de renda, saneamento e serviços / Wilson Dias/Agência Brasil.
“O Brasil
é o 10o pior país do mundo em termos de
desigualdade de renda. É o que aponta o mais novo relatório do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado mundialmente nesta
terça-feira (21).”
“Entre os
elementos de destaque, o documento demonstra que, apesar de ter ocorrido uma
redução de 35% para 11% da extrema pobreza nos últimos 25 anos, o planeta ainda
tem 766 milhões de pessoas vivendo com menos de 1,90 dólares por dia. Enquanto
isso, 1% da população mais abastada do globo concentra 46% da riqueza mundial.
Os dados se referem a estatísticas de 2015.”
“De
acordo com o documento, as desigualdades sociais, étnicas e de gênero continuam
sendo alguns dos maiores entraves ao desenvolvimento da humanidade.”
“Isso
acontece porque muitos grupos têm sido excluídos historicamente dos resultados
positivos do desenvolvimento”, assinalou o representante residente do PNUD no
Brasil, Niky Fabiancic, durante entrevista coletiva concedida à imprensa nesta
terça (21) em Brasília. “Ele acrescentou que habitantes das zonas rurais,
minorias étnicas, migrantes, população LGBTI, refugiados e mulheres figuram
entre os grupos mais vulneráveis e que sofrem em maior medida com as crises
mundiais. Os indígenas, por exemplo, representam apenas 5% da população do
globo, mas correspondem a 15% das pessoas que vivem na pobreza.”
"Existe trabalho escravo na região Sul, sim", diz
auditora fiscal do trabalho”.
“Luize
Surkamp coordenou as fiscalizações rurais em Santa Catarina por 12 anos.”
Daniel Giovanaz
Brasil de Fato, Curitiba (PR),
Livro
lançado em 2012 expõe a situação de trabalhadores em condições análogas à
escravidão no corte da erva-mate / Poliana Dallabrida
“Luize Surkamp é auditora fiscal do
trabalho e co-autora do livro “Erva-Mate: Erva que Escraviza”, que conta a
história de trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão na
colheita da erva-mate. Ela começou a carreira em Rondônia, e durante seis anos
e meio coordenou a fiscalização móvel na região Sul do país. Depois de receber
uma série de ameaças anônimas no Meio-Oeste catarinense, pediu remoção
para o Paraná, onde atua como coordenadora da fiscalização urbana em Curitiba e
na região metropolitana.”
“Em entrevista ao Brasil de Fato Paraná,
Luiz Surkamp relata os desafios de sua trajetória e analisa as mudanças no
cenário de combate ao trabalho escravo no Brasil:”
https://www.brasildefato.com.br/2017/03/21/existe-trabalho-escravo-na-regiao-sul-sim-diz-auditora-fiscal-do-trabalho/
Os nomes da lista suja do trabalho
escravo que o governo quer censurar
“Nova decisão judicial obriga Ministério do Trabalho a divulgar nomes dos autuados por trabalho escravo. Confira os nomes da lista suja que o governo quer censurar.”
“O
ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alberto Bresciani, derrubou a liminar do
presidente da corte, ministro Ives Gandra Martins Filho, aliado de
Michel Temer, que possibilitava ao governo a não divulgação dos nomes das
empresas e empresários que integram a lista suja do trabalho escravo no Brasil.
Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a ONG Repórter
Brasil e o Instituto
do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo obtiveram a lista com os
250 nomes flagrados por trabalho escravo nos últimos dois anos ".
(veja a lista completa no link abaixo).
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/03/os-nomes-da-lista-suja-do-trabalho-escravo-que-o-governo-quer-censurar.html
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