Cerca de 1 milhão foram às ruas
Lula participou de ato em SP e provocou:
“em vez de uma reforma que tira direitos, façam a economia gerar empregos"
Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 15 de Março
de 2017
“Eu continuo cada vez mais convicto de que somente o povo na rua vai fazer este país crescer", afirmou o petista / Ricardo Stuckert/Instituto Lula.
Os protestos contra a reforma da
Previdência mobilizaram mais de 1 milhão de pessoas em todo
o país nesta quarta (15). As manifestações foram organizadas pelas Frentes
Brasil Popular e Povo Sem Medo, com articulação das centrais sindicais.
No ato na avenida Paulista, em São Paulo (SP), o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva declarou que “está ficando cada vez mais claro que o golpe
dado neste país não foi só contra a [ex-presidenta] Dilma [Rousseff] e os
partidos de esquerda, mas para colocar um cidadão sem nenhuma legitimidade para
acabar com os direitos trabalhistas e com a Previdência Social”.
Na manifestação, Lula acrescentou que, embora seja um presidente sem
nenhuma legitimidade, o presidente não eleito, Michel Temer, veio representar
"uma força política que tenta colocar goela abaixo uma reforma na
aposentadoria, para que nenhum trabalhador possa se aposentar". Ele
completa: "[a reforma] vai deixar os trabalhadores rurais desse país sem
se aposentar, ganhando a metade do que poderiam ganhar”.
Lula também mandou um recado claro ao ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, e a Temer sobre os projetos para o futuro do país: “Em vez de fazer
uma reforma para retirar direitos, façam a economia crescer, gerem empregos. O
BNDES tem que voltar a ser um banco de investimentos. O governo tem que voltar a
governar para o povo mais pobre do país. É preciso parar com essa besteira de
privatizações. O Temer tem que começar a vender o que é dele, e não o que é
patrimônio do povo brasileiro”, afirmou.(...)
Transcrito
do Brasil de Fato.
"Déficit" da Previdência desconsidera R$
426 bilhões em dívidas de grandes empresas
A Vale é uma das companhias que mais deve à Previdência Social, com
débito de R$ 276 milhões
Mariana Pitasse
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ), 16 de Março de 2017
Reforma
da previdência de Temer, segundo pesquisadora, pode levar a brutal
empobrecimento da população / Pablo Vergara
"Se aprovada, a reforma da Previdência Social pode significar o fim do
direito à aposentadoria para muitos brasileiros, segundo especialistas. O
argumento de Michel Temer, ao propor a emenda à Constituição Federal, é cobrir
o chamado déficit da Previdência, estimado em R$ 149 bilhões de acordo com o
Ministério da Fazenda. No entanto, ao propor maior contribuição dos
trabalhadores, a reforma proposta não leva em consideração os mais de R$ 426
bilhões que grandes empresas devem à Previdência Social, segundo dados da
Procuradoria Geral Nacional da Fazenda (PGNF)."
"Esse montante, que representa mais do que três vezes o valor do déficit,
é a soma das contribuições descontadas dos salários dos trabalhadores e
recolhidas pelas empresas, mas que não são repassadas ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS). De acordo com estimativa da PGNF, 3% das
empresas devedoras correspondem por mais de 63% da dívida previdenciária. Entre
elas, grandes companhias, como o banco Bradesco, a indústria de alimentos JBS e
a mineradora Vale."
"Somente a Vale tem dívida apurada pela PGNF em R$ 276 milhões, mas essa
é apenas uma parte dos débitos da empresa com o Estado brasileiro. A Vale
lidera a lista de maiores devedores inscritos na dívida ativa da União. São R$
41,9 bilhões, segundo lista divulgada pelo Ministério da Fazenda em 2015. Desse
total, no entanto, R$ 32,8 bilhões estão suspensos por decisão judicial e R$ 8,27
bilhões estão inscritos em programas de parcelamento de débitos.(...)"
Transcrito do Brasil de Fato.
Edição: Vanessa Martina Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário