Em decisões para soltar
presos, juiz federal de BH protesta
‘Bandidos
deste País (...) estão soltos dando golpe na Democracia’, diz.
Carlos Alberto de Tomaz não quis comentar o conteúdo dos documentos.
Carlos Alberto de Tomaz não quis comentar o conteúdo dos documentos.
Raquel FreitasDo G1 MG
Juiz protesta contra impeachment de
Dilma em decisões (Foto: Reprodução/Justiça Federal)
Em ao menos duas decisões que
determinaram a soltura de presos, um juiz federal de Belo Horizonte deixou clara sua posição contra o impeachment
de Dilma Rousseff (PT), que classificou como “golpe”. Os documentos contendo o
mesmo texto de protesto foram assinados pelo magistrado Carlos Alberto Simões
de Tomaz, durante o plantão de 27 de agosto, quatro dias antes de afastamento
definitivo de Dilma aprovado pelo Senado.
“Efetivamente, o custodiado está a ganhar o pão, enquanto os bandidos deste País, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia”, disse o juiz da 17ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte nas duas argumentações.
As decisões se referem ao caso de dois homens detidos por suspeita de contrabando e descaminho. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles foram flagrados vendendo cigarros irregularmente, em uma operação em um shopping popular da capital mineira, realizada no dia 26 de agosto. Com os homens, além de cigarros, a PM apreendeu mais de R$ 3 mil. As ocorrências foram encerradas pela Polícia Federal (PF).
“Efetivamente, o custodiado está a ganhar o pão, enquanto os bandidos deste País, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia”, disse o juiz da 17ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte nas duas argumentações.
As decisões se referem ao caso de dois homens detidos por suspeita de contrabando e descaminho. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles foram flagrados vendendo cigarros irregularmente, em uma operação em um shopping popular da capital mineira, realizada no dia 26 de agosto. Com os homens, além de cigarros, a PM apreendeu mais de R$ 3 mil. As ocorrências foram encerradas pela Polícia Federal (PF).
G1 noticia na íntegra.
O que temos a temer?
Beatriz Cerqueira01 de Setembro de 2016 às 18:09
Resta-nos a luta e a resistência.
O resultado da votação do
golpe no Senado, realizada nesse dia 31 de agosto de 2016, inicia um
novo ciclo de lutas e resistências no país. Sem reforma tributária, reavaliação
da dívida pública, nem taxação das grandes fortunas entre outras
medidas, quem pagará a conta da crise econômica no Brasil será o trabalhador e
a trabalhadora.
Enquanto a grande imprensa se esforçava para convencer o povo de que o que aconteceu no Senado foi um processo "correto e justo", o governo golpista de Michel Temer enviava ao Congresso a proposta de orçamento para 2017. Ela explicita as primeiras ações de retirada de direitos do governo que deixou de ser interino: salário mínimo não terá aumento real, quebrando um ciclo de valorização de 13 anos; limite de gastos em saúde e educação, o que significa que não haverá ampliação ou melhoria no atendimento no próximo ano (aplicando a PEC 241 que está em tramitação no Congresso).
A proposta também prevê uma "arrecadação" com concessões retomando o ciclo de privatizações no país. Sabemos que Caixa Econômica Federal, Petrobras e Banco do Brasil são a bola da vez para entrega ao setor privado. Essas empresas públicas foram fundamentais na superação da crise em 2009 e pelos bancos públicos passam (ou melhor, passavam) políticas importantes de distribuição de renda e fomento ao desenvolvimento econômico.
O governo golpista não apresentou ao país nenhuma agenda de retomada do crescimento econômico o que significa que, além dos salários perderem o poder de compra, o desemprego vai aumentar. Diferentemente do que pregam, a economia não se recupera sozinha, é preciso uma política de estado, o que não teremos no próximo período.(...)
Enquanto a grande imprensa se esforçava para convencer o povo de que o que aconteceu no Senado foi um processo "correto e justo", o governo golpista de Michel Temer enviava ao Congresso a proposta de orçamento para 2017. Ela explicita as primeiras ações de retirada de direitos do governo que deixou de ser interino: salário mínimo não terá aumento real, quebrando um ciclo de valorização de 13 anos; limite de gastos em saúde e educação, o que significa que não haverá ampliação ou melhoria no atendimento no próximo ano (aplicando a PEC 241 que está em tramitação no Congresso).
A proposta também prevê uma "arrecadação" com concessões retomando o ciclo de privatizações no país. Sabemos que Caixa Econômica Federal, Petrobras e Banco do Brasil são a bola da vez para entrega ao setor privado. Essas empresas públicas foram fundamentais na superação da crise em 2009 e pelos bancos públicos passam (ou melhor, passavam) políticas importantes de distribuição de renda e fomento ao desenvolvimento econômico.
O governo golpista não apresentou ao país nenhuma agenda de retomada do crescimento econômico o que significa que, além dos salários perderem o poder de compra, o desemprego vai aumentar. Diferentemente do que pregam, a economia não se recupera sozinha, é preciso uma política de estado, o que não teremos no próximo período.(...)
Ver matéria completa, no Brasil de Fato.
*Beatriz Cerqueira é coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da
CUT/MG.
Resistência
Artistas contra Temer fazem protesto na
Bienal
Integrantes do grupo
Aparelhamento planejam ações antigolpe subsidiadas por um fundo arrecadado com
o leilão de suas obras
por Rosane Pavam — publicado 05/09/2016
Anna Carolina NegriArtistas internacionais, como
Carolina Caycedo, nascida em Londres e residente na Colômbia, também aderiram
ao protesto na Bienal
A idéia tomou corpo quarta-feira, 31 de agosto, dia do golpe. Reunidos,
os artistas do coletivo Aparelhamento decidiram que era hora de gritar contra
Michel Temer em um dos palcos de maior visibilidade para a arte brasileira e
mundial, a 32ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, que abre dia 7 e
prossegue em cartaz até 11 de dezembro no Parque Ibirapuera.
Durante a entrevista
coletiva que anunciava o evento, nesta segunda-feira 5, treze deles surgiram no
pavilhão com suas camisetas brancas e negras, nas quais se liam os dizeres Luto pela Democracia,
Fora Golpistas, Fora Temer, Eu quero votar pra presidente e Jamais Temer.
Os ativistas, também ligados em seu trabalho pessoal à produção
artística (Cristiano Lenhardt, Bárbara Wagner e Jonathas de Andrade têm obras
exibidas na grande exposição), gritaram seu protesto ao término da fala dos
curadores. E artistas internacionais cujo trabalho está presente na
bienal, como Carolina Caycedo, nascida em Londres e residente na Colômbia,
também aderiram ao protesto (na camiseta preta vestida pela artista, estava a
inscrição Diretas Já).
Durante a intervenção, o artista Amilcar Packer lembrou que é preciso
estancar a repressão em curso em São Paulo. Ressaltou a ação injustificada da
Polícia Militar no dia 4, que levou à detenção, sem possibilidade de acesso de
advogados, de 26 ativistas, cinco deles, menores, na Departamento Estadual de
Investigações Criminais, o Deic, sob risco de reclusão por “associação
criminosa”.
Ver matéria completa na Carta Capital.
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