sábado, 28 de abril de 2018

ATENTADO CONTRA A DEMOCRACIA



“Perícia da polícia encontrou cápsulas de 9mm no local do atentado contra acampamento.”
“Pistola de alto poder letal foi utilizada contra manifestantes.; vítima atingida no está na UTI.”
Redação
Brasil de Fato | Curitiba (PR) - 28 de Abril de 2018 às 09:55
Polícia está investigando quem são os autores do atentada contra o acampamento Marisa Letícia / Gibran Mendes.

“De acordo com a SSP-PR (Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os disparos de arma de fogo contra o acampamento Marisa Letícia, na vigília Lula Livre, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), foram feitos com uma pistola 9mm. Arma de alto poder letal.”
“Os peritos encontraram cápsulas de pistola  9 mm no local. Um manifestante foi atingido no pescoço e está em estado grave na UTI. Outros disparos atingiram um banheiro químico dentro do acampamento.”

“Essa violência é mais uma iniciativa da elite golpista, conservadora e branca, curitibana e brasileira, que é responsável pelo período de violência e de crise social e política, que eles produziram com o golpe. Isso é parte do caos que eles produziram na política e na economia. Mantemos nossa capacidade enquanto luta popular, de manter resistência, de fazer vigília e ser solidário ao Lula até sua liberdade”, disse Roberto Baggio, coordenação nacional do MST e do MST PR”.
“Os trabalhadores que estavam no acampamento foram para o local da vigília, em frente à sede da Polícia Federal, onde acontece um ato de repúdio contra o atentado.”(...)
Edição: Juca Guimarães.
Ver matéria completa no site abaixo:


EDUCAÇÃO
“Negócio bilionário coloca educação pública em perigo e sob  investidores estrangeiros”.
“Compra da Somos Educação pela Kroton Educacional sinaliza lógica mercantil do projeto de educação do governo golpista”.
Leonardo Fernandes
Brasil de Fato | São Paulo - 28 de Abril de 2018 às 13:52
Negócio entre Kroton Educacional e Somos Educação foi fechado em 4,6 bilhões de reais / Foto: Elói Corrêa anunciava o objetivo da equipe ministerial golpista: privatizar ‘tudo o que for possível’. 

“Errou quem achava que as privatizações se resumiriam às empresas públicas de interesse do mercado. Na mira dos empresários estão os setores estratégicos de desenvolvimento social, como a educação. Na última semana, a empresa Kroton Educacional, líder no setor de educação superior privada no Brasil, acertou a compra do controle acionário da Somos Educação, antiga “Abril Educação”, por um valor de R$ 4,6 bilhões.” 
O negócio bilionário disparou um sinal de alerta entre especialistas em educação, como o professor e reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Leher. “A preocupação  é  imensa. Em primeiro lugar, porque a rigor, nós não deveríamos falar que se trata de uma negociação entre duas empresas educacionais. Porque essas empresas estão sob  controle de fundos financeiros, fundos de investimento. Então, na realidade, é um movimento que leva à concentração do setor educacional pelos fundos de investimento. São operações que devem ser entendidas dentro da lógica financeira”.
“Uma lógica que, para Raquel Caetano, doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, não objetiva uma melhor formação das crianças e jovens inseridas no sistema educacional. “O  objetivo é ampliação de mercado e obtenção de lucros e a educação passa a ser um meio para esse negócio”, afirma a professora, que alerta ainda para os resultados nefastos da nova lógica educacional do Brasil”.
“O resultado disso será um grande negócio a ser comercializado pelo mercado de capitais e a transformação dos alunos em clientes-consumidores que irão reproduzir na sociedade as relações mercantis, onde tudo se vende e tudo se compra, uma prática utilitarista e entre outros, a desvalorização docente. A educação pública passará por um processo de precarização ainda maior que o congelamento de recursos, criando um ambiente apropriado para parcerias, contratos de gestão, terceirização”, completa. 
“A compra deverá ser formalizada pela Saber Serviços Educacionais, subsidiária da Kroton, dedicada ao setor de educação básica. Com a aquisição da Somos, a Saber atenderá 37 mil estudantes em escolas próprias, 1,2 milhão em escolas particulares parceiras, além de 25 mil em cursos de idiomas. “No caso da educação superior, a Kroton possui hoje um número de matrículas maior do que as 63 universidades públicas federais brasileiras. Então isso dá uma extensão do problema. Cada vez mais temos uma parcela muito grande da juventude sendo formada dentro de uma lógica do capital financeiro, em busca dos seus lucros”, afirma Leher.”
“Além de atuarem  diretamente na educação a fusão das empresas colocará sob controle único a edição de livros didáticos que são distribuídos nas escolas públicas do Brasil. Isso porque a Somos Educação é também dona de editoras como a Ática, a Scipione e a Saraiva. “Essa é uma situação que coloca o Brasil numa posição vergonhosa de ser hoje talvez o país sob  maior influência de investidores financeiros, inclusive estrangeiros, pois grande parte desses fundos tem capital externo, influenciando de maneira muito marcada a formação de jovens e crianças que estão sob a influência desses grupos”, critica Leher(....) 
Edição: Juca Guimarães.
Ver matéria completa no site abaixo:
Https://www.brasildefato.com.br/2018/04/28/negocio-bilionario-coloca-educacao-publica-em-perigo-e-sob-investidores-estrangeiros/
 

PRIVATARIA
“Temer aponta nomes da Shell ao conselho da Petrobras; privatização iminente preocupa.”
“Três novos integrantes do conselho de administração têm passagem pela concorrente e subcontratadas  da estatal”.
Vinícius Mansur
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) - 27 de Abril de 2018 às 16:52

Afundamento da plataforma P-36, em 2001, que deixou 11 mortos, foi causado pela terceirização de serviços de manutenção / Sindipetro

“Os acionistas da Petrobras aprovaram, nesta quinta-feira (25), a nova composição do Conselho de Administração da empresa, principal órgão decisório da estatal. Das 11 cadeiras, oito foram indicadas pelo governo Michel Temer. Cinco delas continuarão ocupadas por nomes que já compunham o conselho, e outras três foram destinadas a pessoas com larga trajetória em empresas privadas do setor de óleo e gás, concorrentes da Petrobras. Para especialistas, essa é uma sinalização de que o processo de privatização da companhia será acelerado.”

“Os três novos conselheiros são José Alberto de Paula, que desde 1989 ocupa altos postos de gerência na Shell; Clarissa de Araújo Lins, ex-presidente do comitê externo independente da Shell e atual diretora do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), organização patronal que articula a indústria petrolífera no Brasil; e Ana Lúcia Poças Zambelli, com passagem em cargos de comando da Schlumberger Brasil, Transocean América do Sul e Maersk Drilling, três empresas que mantém contratos estratégicos com a Petrobras.”
“O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, explica que, historicamente, as indicações de governo para o conselho incluíam ministros de Estado e representantes das Forças Armadas, dado o peso estratégico que a Petrobras tem para o país. Porém, desde as indicações feitas para a gestão anterior do órgão, ainda na gestão Aldemir Bendine, o setor privado, especialmente o financeiro, ganharam espaço.”
“À época, as indicações incluíram nomes oriundos da BMF-Bovespa, Citibank, BTG Pactual e Associação Brasileira de Mercado de Capitais, todos mantidos na nova composição do órgão. Para Rangel, a experiência da gestão anterior indica como será a próxima.”
“Quando o conselho de administração tinha  um viés mais de mercado financeiro, só no ano passado, a Petrobras destinou aos bancos R$ 137 bilhões. Só no ano passado com pagamento de juros e amortização de dívidas, antecipando dívidas que iriam vencer em 2020 e alongando essas dívidas. Seguindo essa mesma linha, quando ela traz pra dentro do conselho pessoas ligadas ao setor de óleo e gás, na nossa avaliação, ela vai aprofundar o processo de privatização da empresa, que já está em curso”, opina. 
“Para o professor de ciência política da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos do Setor de Petróleo, Gás Natural e  Biocombustíveis (INEEP), William Nozaki, o novo conselho da Petrobras dá continuidade ao processo no qual os interesses da financeirazação e da desnacionalização, que antes orbitavam ao redor da empresa, agora estão dentro dela. “(...)
Edição: Diego Sartorato
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/27/temer-aponta-nomes-da-shell-ao-conselho-da-petrobras-privatizacao-iminente-preocupa/



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