LULA LIVRE
“Tia Zélia, dona do restaurante favorito
de Lula, cozinha para acampados em Curitiba.”
“Cozinheira saiu de Brasília para se solidarizar com ex-presidente, quem
ela conhece há mais de três décadas.”
Rute Pina
Brasil de Fato | Curitiba (PR)-18 de Abril
de 2018 às 18:40
Cozinheira
visitou Acampamento Lula Livre, em Curitiba, nesta quarta-feira /
Giorgia Prates
"Conheci Lula quando ele trabalhava no sindicato em São
Paulo. Ele usava uma calça branca boca-de-sino, uma camisa branca e tinha um
cabelo grande", relata orgulhosa Tia Zélia, de 64 anos.
“Dona de restaurante simples na
Vila Planalto, em Brasília, Maria de Jesus Oliveira da Costa gosta de ser
identificada assim mesmo: "Até na Receita Federal é Tia Zélia",
brinca.”
“O restaurante que leva o seu nome, inaugurado em 1998, é conhecido na
Capital Federal por receber grandes nomes da política e ter sido frequentado
por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quarta-feira (18), ela
cozinhou para os acampados em Curitiba (PR), que estão em vigília pela
liberdade do ex-presidente desde o dia 7 de abril”.
“Nascida em Buritirama, município da Bahia localizado na região do vale
do rio São Francisco, a nordestina foi para Brasília em 1976, em uma
viagem que durou 45 dias de pau-de-arara. Há 42 anos, vive em Brasília,
onde criou sozinha seus cinco filhos –quatro mulheres e um homem.”
“Mesmo quando Lula se tornou presidente da República, em 2003,
ele não deixou de lado a comida de Tia Zélia. Ela conta que o ex-presidente enganava até mesmo a própria segurança pessoal
para comer galinhada, buchada e, seu prato preferido, rabada.”
"Em uma Marcha das Margaridas [ato das trabalhadoras rurais que
ocorre em agosto], ele mandou me buscar para disfarçar e eu fui para lá, teve a
palestra dele e tudo e depois eu combinei com ele: 'companheiro, vou caminhando
na frente para não dar na cara'", relembra.
Com frequência, Tia Zélia tinha que apagar a luz de seu restaurante para
despistar que a visita era do então presidente da República. "Se a luz
estivesse acesa, o pessoal ia querer ir para lá, repórter queria saber se ele
estava lá. Então, ele chegava, eu colocava ele dentro e a gente ia para cozinha."
“Lula tinha que ir até o local porque ela prefere cozinhar na
própria casa. "Na cozinha do Palácio [do Alvorada] tem muita etiqueta", diz a
cozinheira. "No tempero e na limpeza, dentro de Brasília, eu ganho em
primeiro lugar", afirma.!
“Carismática, a baiana
chama os clientes de família. O grande sucesso do restaurante, principalmente
pelas visitas do então presidente, fez com que "o povo dos restaurantes
chiques" tentasse boicotar seu trabalho. "O povo gosta da minha
comida, não gosta das estrelas. Então muita gente tinha ciúmes, ligavam até para a
fiscalização ir lá."(...)
Edição:
Juca Guimarães
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/18/tia-zelia-dona-do-restaurante-favorito-de-lula-cozinha-para-acampados-em-curitiba/
VIOLÊNCIA
“Integrantes do
acampamento Lula Livre
são agredidos em Curitiba.”
“Participantes da mobilização foram
atacados por integrantes da torcida do Coritiba quando voltavam ao acampamento.”
Redação
Acordo
que resultou na transferência do acampamento para três quadras da PF também
deveria garantir segurança aos acampados / Ednubia Ghisi
Brasil de Fato | Curitiba (PR)-17
de Abril de 2018 às 22:00
“Presidente estadual do PT no Paraná, Dr. Rosinha conta que as vítimas voltavam das atividades que estavam sendo realizadas a uma quadra da PF, quando foram surpreendidas por um grupo de pessoas, aproximadamente às 19h30. Os integrantes do MST foram agredidos com barras de ferro e pedaços de madeira. Foram atendidos por uma ambulância contratada pelo evento, que estava no local.”
“Não foi possível identificar a quantidade de agressores, que se identificaram como torcedores do Coritiba Foot Ball Club, da Império Alviverde. O time disputa uma partida contra o Atlético Goianiense nesta terça-feira à noite.” (...)
O comando da Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública já foram acionados. Apenas às 22h duas equipes da Rotam, unidade especial da polícia militar, chegaram ao local para garantia da segurança. O presidente estadual do PT conta que no acordo realizado nesta segunda-feira entre os organizadores do acampamento e órgãos estaduais e municipais, além da transferência do local do acampamento, estava previsto a segurança dos acampados. Uma viatura deveria estar à disposição dos participantes da mobilização, mas nenhum efetivo policial ficou na área durante toda a terça-feira."Nós cumprimos o acordo com o governo do estado, mas o governo não está cumprindo o acordo conosco, que é de garantir a segurança no local", destaca. (...)
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/17/integrantes-do-acampamento-lula-livre-sao-agredidos-em-curitiba//
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Abril: da impunidade à resistência
"As injustiças e impunidades deste abril devem se transformar em motivação para que nunca mais se repitam"
João Paulo Rodrigues e Miguel Stedile*
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
"Para camponeses e camponesas em
todo o mundo, o dia 17 de abril é sempre lembrado como o dia da impunidade e da
injustiça. Nesta data, por vinte e dois anos, nos lembramos dos 21 trabalhadores
sem terra assassinados na Curva do
S em Eldorado dos Carajás (PA). Um dia que também jamais será esquecido pelos
69 feridos sobreviventes, muitos mutilados, e que, por anos, foram
alijados não apenas das indenizações a que tem direito, como da
própria justiça."
"Para o brasileiro pobre, a justiça não apenas tarda, como sempre falha. Para tranquilidade dos 144
policiais militares que participaram da operação e que permanecem impunemente
em liberdade, ou do mandante do Massacre, o governador Almir Gabriel (PSDB),
que deixou a vida sem ser responsabilizado por seus atos."
"Assim como no Pará, que esperança de justiça podem ter as famílias de
Vilmar Bordin e Leonir Orback, assassinados há dois anos no Paraná por
pistoleiros da Araupel e policiais militares, num dia 7 de abril? Ou as
outras 70 vítimas da violência no campo apenas no ano passado, o maior índice
dos últimos 15 anos, segundo a Comissão Pastoral da Terra?"
"Porém, não são apenas os lutadores e lutadoras da reforma agrária que
são vítimas da omissão do judiciário, da injustiça e da impunidade."
“O mês de abril nos lembra o golpe de 1964, mas nos lembra também da
maneira como o Congresso, de forma ilegítima, afastou a
presidenta Dilma Rousseff também num dia 17 de abril, como ato final
de um espetáculo patrocinado pelos patos da FIESP e pela Rede Globo, cujos
maiores beneficiados se tornaram evidentes nos primeiros meses do governo
golpista com a PEC que congelou investimentos e políticas sociais por 20 anos,
a reforma do sucateamento do ensino médio, o fim da Lei Áurea com a reforma
trabalhista, a entrega do Pré-Sal e o fim do Fundo Soberano do Petróleo para a
Educação e para a Saúde.”
“Mas não basta retirar os direitos. O golpe, “com o STF, com tudo”, só
pode estar completo se retirar este incômodo para as elites brasileiras que é a
mania do povo brasileiro de exercer a sua vontade. É preciso, mais uma vez,
calar a democracia. Esta é a única justificativa para a prisão do
ex-presidente Lula há mais de uma semana.”
“O processo contra o ex-presidente teve a velocidade que só os processos
contra os pobres têm. A mesma truculência que um trabalhador pobre recebe numa
abordagem policial, o ex-presidente conheceu na arrogância da dupla Sérgio Moro-Deltran Dallagnol, os homens que não precisam de provas
para condenar ninguém, bastam as suas opiniões políticas, disfarçadas de
convicções. Para que direito de defesa? Para a República de Curitiba,
todos são culpados e devem provar sua inocência. Para as elites, o direito deve
ser lido de cabeça para baixo.” (...)
* Integrantes da Coordenação Nacional do MST
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
VIOLÊNCIA
“Fazendeiros armados cercaram famílias de Sem Terra
que estavam em área pública.”
“Trabalhadores rurais foram
ameaçados por fazendeiros e jagunços armados e mantidos sem água e sem comida*.”
Redação
Brasil de Fato | Montes Claros (MG)- 19 de Abril
de 2018 às 10:44
Os
ruralistas também fizeram ameaças de morte aos líderes da ocupação em Montes
Claros / MST/MG*
“Mais de cem famílias de Sem Terra que estavam ocupando a fazenda Bom
Jesus, uma área pública da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de
Minas Gerais), na região de Montes Claros, ficaram reféns de um grupo de
fazendeiros e jagunços armados entre a madrugada do dia 17 e o final do dia 18.”
“Os ruralistas cercaram a ocupação, bloquearam a estrada de acesso com
tratores e não permitiram a entrada de comida e água para as famílias,
inclusive tinha crianças e idosos no local. Os fazendeiros ameaçaram as
famílias e queimaram a bandeira do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra).”
As famílias estavam em uma outra
ocupação e tinha uma ordem de despejo com data limite até o dia 22. Então a
solução encontrada foi ir para essa área pública do Estado. Eles fizeram essa
ocupação de madrugada e horas depois chegou esse grupo formado por
latifundiários da região que se autointitula 'Paz no Campo', mas que de paz não
tem nada, e não deixou ninguém mais entrar ou sair. Estavam armados. Proibiram
de entrar comida e água, enquanto isso faziam um churrasco na frente para
provocar", disse Ana Paula Alencar, da comissão da Pastoral da Terra.”
As pessoas que queriam entrar no
assentamento para dar ajuda aos sem terra também foram proibidas de entrar.
Durante o cerco, a Pastoral da Terra emitiu uma nota de alerta às autoridades
governamentais sobre a situação na fazenda Bom Jesus. "A situação é muito grave,
tememos por mais um massacre por parte dos latifundiários da Região contra o
povo pobre que quer um pedaço de terra pra viver".(...)
Edição:
Juca Guimarães
Transcrito
do site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/19/fazendeiros-armados-cercaram-familias-de-sem-terra-que-estavam-em-area-publica/
“Assembleia
vota pelo Estado de Greve na rede estadual e suspensão temporária da greve”.
Apoios recebidos
“Durante assembleia estadual desta quarta-feira, duas importantes lideranças nacionais, Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Sônia Guajajara, especialista em educação e coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil prestigiaram a luta dos profissionais da educação.”
“Assembleia
vota pelo Estado de Greve na rede estadual e suspensão temporária da greve”.
“Em assembleia estadual
realizada na tarde desta quarta-feira, dia 18/04/18, os/as trabalhadores/as em
Educação votaram e decidiram pelo estado de greve na rede estadual e suspensão
temporária da greve por tempo indeterminado.”
“A
decisão da categoria foi tomada a partir
das avaliações das regiões sobre o quadro atual do movimento. A categoria ouviu
o relato do Comando Estadual de Greve, que se reuniu no período da manhã, ouviu
diferentes posições sobre a continuidade e a suspensão da greve e votou pelo
"Estado de Greve", com a suspensão temporária da greve, por tempo
indeterminado, com as seguintes propostas:(...)
Apoios recebidos
“Durante assembleia estadual desta quarta-feira, duas importantes lideranças nacionais, Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Sônia Guajajara, especialista em educação e coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil prestigiaram a luta dos profissionais da educação.”
Ver site abaixo:
http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=10094
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