terça-feira, 3 de abril de 2018

BRASIL: MUITA LUTA


'Uma greve para que o Governador Fernando Pimentel cumpra a lei'.

Beatriz Cerqueira02 de Abril de 2018 às 16:48


 Profissionais da educação estão em greve desde o dia 8 de março / Lidyane Ponciano / Sind-UTE

Governo revela rompimento com base social que o elegeu

Um colega me perguntou: mas a categoria sabe que os problemas financeiros em Minas Gerais foram originados pelo Temer, né? A pergunta veio na primeira semana de greve.
"Fizemos um acordo de longo prazo, focando naquilo que era essencial. Não fizemos a lógica do "tudo ou nada". Medimos a conjuntura que vivíamos, a nossa realidade e como começar a transformá-la. E começamos. Isso depois de longos 12 anos de Choque de Gestão em que, nós, da educação, pagamos a conta. Convivemos com programas que eram para peças publicitárias do governo sem eficácia como política pública. Suportamos a completa ausência de diálogo e de negociações, sobrevivemos à criminalização e à judicialização constantes das nossas lutas. Mantivemo-nos vivos, apesar de sermos de um estado que tem políticos que mandam "matar antes de delatar". Sabemos toda a realidade anterior, ela está gravada como cicatrizes em nossos corpos."
"Neste momento os argumentos valem pouco, porque a escuta perde lugar. Mas vou insistir no argumento. Estamos numa greve por direitos. Assim como lutamos nacionalmente por "nenhum direito a menos", seria uma grande contradição aceitarmos "direitos a menos", em nome de um sacrifício que não é pedido a todos. A crise não é igual para todos os servidores públicos mineiros. Diferenciação que jamais imaginávamos viver no atual governo. A segurança pública foi tratada de modo a receber antes que professores, a ter o 13º antes que o conjunto do funcionalismo, a receber o salário antes. O que revela um rompimento do governo com uma base social importante que o elegeu."
"Em 2011, o governo Anastasia anunciou 100% de reajuste para a segurança pública, no mesmo ano que realizamos 112 dias de greve. A lei com o reajuste foi aprovada. E quem pagou a maior parte desse reajuste foi o atual governo. Como explicar que o reajuste dado pelo PSDB foi integralmente cumprido enquanto o da educação não está sendo?"
"Num momento de extrema polarização nacional, em que sindicatos, centrais sindicais e movimentos populares assumem, cada vez mais, um papel importante na articulação de resistências, como explicar a tática do governo mineiro de derrotar ideologicamente a greve e enfraquecer a organização sindical?"
Os áudios e vídeos do Secretário de Educação parecem corteses, mas, a prática que vivemos nas escolas é a da coerção, assédio moral, espancamento de profissionais em greve pela Polícia Militar, substituição de servidores em greve, desqualificação da luta por vários cargos comissionados do governo. O próprio governador desqualifica, sem rodeios, o sindicato e a greve em recente entrevista ao Blog 247. Tentam transformar a nossa luta num plebiscito: quem apoia o governo e está satisfeito não faz greve, "os traidores, ingratos e oportunistas" fazem greve. De "guerreiros" em 2014, fomos transformados em "ingratos".(...)
Matéria completa ver site abaixo:

*Beatriz Cerqueira é professora e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.

https://www.brasildefato.com.br/2018/04/02/uma-greve-para-que-o-governador-fernando-pimentel-cumpra-a-lei/

“Testemunhas do assassinato de Marielle dão detalhes sobre o crime e dizem que PMs as expulsaram do local”.

“Jornal O Globo localizou duas pessoas que afirmam ter presenciado o momento em que vereadora e motorista foram executados no Centro do Rio. Ambas contaram versões idênticas e nenhuma foi ouvida pela polícia.”

Por GloboNews
01/04/2018 12h35  Atual

  testemunhas contrariam versão da polícia sobre morte de Marielle/Globo.

"Uma reportagem publicada na edição deste domingo (1) pelo jornal O Globo revela novos detalhes sobre a execução da vereadora do Psol Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. As informações foram dadas por duas testemunhas que não foram ouvidas pela polícia. Ambas teriam afirmado que policiais militares mandaram testemunhas sair do local do crime."

"O Globo conversou com as duas testemunhas em separado e ambas deram a mesma versão sobre o crime, que inclui detalhes sobre o momento da abordagem, a rota de fuga e as características físicas do autor dos disparos que mataram a vereadora e o motorista."

"Segundo as testemunhas, o carro em que os assassinos estavam imprensou o veículo conduzido por Anderson no qual estavam Marielle e uma assessora parlamentar e que quase subiu na calçada. Ambas disseram, também, que só viram um veículo no momento em que foram feitos os disparos. As imagens de câmeras de vigilância sugeriam que dois veículos haviam perseguido o carro em que a vereadora estava."

"As testemunhas disseram também que viram um homem negro, que estava sentado no banco de trás do carro dos criminosos, colocando o braço para fora do veículo com uma arma de cano alongado e que o armamento parecia ter um silenciador."

"As duas pessoas ouvidas pelo jornal afirmaram ainda que o carro usado pelos criminosos deu uma guinada e fugiu, cantando pneus, pela Rua Joaquim Palhares. Até então, a suspeita era de que a fuga teria ocorrido pela Rua João Paulo Primeiro, perpendicular à Joaquim Palhares."(...)

Matéria completa ver site abaixo:


https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/testemunhas-do-assassinato-de-marielle-dao-detalhes-sobre-o-crime-e-dizem-que-pms-as-expulsaram-do-local.ghtml

“Ato no Rio avança na criação de uma frente ampla pela democracia”.


“Lula, Freixo, Boulos e Manuela D'Ávila estavam ao lado de Chico Buarque para impedir os retrocessos contra a democracia”.

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) 3 de Abril de 2018 às 08:35
“Na noite desta segunda-feira (2) partidos de esquerda, como PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT e PCO, realizaram um ato pela democracia e contra o fascismo no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Impactados pela execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e dos tiros disparados contra a caravana do ex-presidente Lula, os representantes partidários deixaram de lado o debate sobre alianças eleitorais e defenderam o fortalecimento de uma frente contra o governo de Michel Temer (MDB) e suas medidas que retiram direitos sociais, contra a ascensão das ações fascistas no Brasil e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu direito de concorrer às eleições.”
“Enquanto o público anunciava em coro “vai avançar a unidade popular”, Lula, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) compuseram, ao lado de Chico Buarque, o centro do palco que, mais tarde, seria ocupado também pela mãe, Marinete da Silva, e irmã, Anielle Silva, da vereadora Marielle Franco.”
“A pré-candidata do PCdoB à presidência, Manuela D’Ávila, defendeu a formação de uma frente para impedir o processo de redução das liberdades que vem se acentuando no Brasil desde o impeachment de Dilma Rousseff, dando cada vez mais espaço para o fascismo.”
“Marielle morreu porque se organizava e lutava contra esse fascismo. A nossa liberdade de organização é ameaçada. A liberdade de  Lula circular e fazer sua caravana é ameaçada com tiros. O fascismo se expressa no Brasil buscando acabar com a nossa liberdade de sermos uma grande nação. A liberdade de sermos um país independente porque entregam as nossas riquezas, como é o caso do pré-sal”, disse.
“Marcelo Freixo salientou que a morte de Marielle, assim como os tiros dados contra a caravana de Lula, ultrapassaram a fronteira que separa a democracia da barbárie. Para Freixo, a união neste momento é sinônimo de maturidade e uma atitude fundamental para impedir que a barbárie dispute uma eleição como se fosse uma alternativa normal.
“Estamos aqui porque não vamos precisar ter mais corpos para contar para estar junto no mesmo lugar. A gente as vezes demora pra aprender. O tema da democracia está acima de qualquer diferença que a gente tenha. E eu não estou aqui pra dizer que a gente não tenha diferença, claro que a gente tem diferença, mas sabendo que a nossa diferença, Tarcísio, seja qual for a diferença, ela é menor do que a luta de classes”, afirmou.(...)
Matéria completa ver site abaixo:
Edição: Luiz Felipe Albuquerque

https://www.brasildefato.com.br/2018/04/03/ato-no-rio-avanca-na-criacao-de-uma-frente-ampla-pela-democracia/

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