'Uma greve para que o Governador Fernando
Pimentel cumpra a lei'.
Beatriz Cerqueira02 de
Abril de 2018 às 16:48
Governo revela rompimento com base social que o
elegeu
Um colega me perguntou: mas a categoria sabe que os problemas
financeiros em Minas Gerais foram originados pelo Temer, né? A pergunta
veio na primeira semana de greve.
"Fizemos um acordo de longo prazo, focando naquilo que era essencial. Não
fizemos a lógica do "tudo ou nada". Medimos a conjuntura que
vivíamos, a nossa realidade e como começar a transformá-la. E começamos. Isso
depois de longos 12 anos de Choque de Gestão em que, nós, da educação, pagamos
a conta. Convivemos com programas que eram para peças publicitárias do governo
sem eficácia como política pública. Suportamos a completa ausência de diálogo e
de negociações, sobrevivemos à criminalização e à judicialização constantes das
nossas lutas. Mantivemo-nos vivos, apesar de sermos de um estado que tem
políticos que mandam "matar antes de delatar". Sabemos toda a
realidade anterior, ela está gravada como cicatrizes em nossos corpos."
"Neste momento os argumentos valem pouco, porque a escuta perde lugar.
Mas vou insistir no argumento. Estamos numa greve por direitos. Assim como
lutamos nacionalmente por "nenhum direito a menos", seria uma grande
contradição aceitarmos "direitos a menos", em nome de um sacrifício
que não é pedido a todos. A crise não é igual para todos os servidores públicos
mineiros. Diferenciação que jamais imaginávamos viver no atual governo. A
segurança pública foi tratada de modo a receber antes que professores, a ter o
13º antes que o conjunto do funcionalismo, a receber o salário antes. O que
revela um rompimento do governo com uma base social importante que o elegeu."
"Em 2011, o governo Anastasia anunciou 100% de reajuste para a segurança
pública, no mesmo ano que realizamos 112 dias de greve. A lei com o reajuste
foi aprovada. E quem pagou a maior parte desse reajuste foi o atual governo.
Como explicar que o reajuste dado pelo PSDB foi integralmente cumprido enquanto
o da educação não está sendo?"
"Num momento de extrema polarização nacional, em que sindicatos,
centrais sindicais e movimentos populares assumem, cada vez mais, um papel
importante na articulação de resistências, como explicar a tática do governo mineiro
de derrotar ideologicamente a greve e enfraquecer a organização sindical?"
Os áudios e vídeos do Secretário de Educação parecem corteses, mas, a
prática que vivemos nas escolas é a da coerção, assédio moral, espancamento de
profissionais em greve pela Polícia Militar, substituição de servidores em
greve, desqualificação da luta por vários cargos comissionados do governo. O
próprio governador desqualifica, sem rodeios, o sindicato e a greve em recente
entrevista ao Blog 247. Tentam transformar a nossa luta num plebiscito: quem
apoia o governo e está satisfeito não faz greve, "os traidores, ingratos e
oportunistas" fazem greve. De "guerreiros" em 2014, fomos
transformados em "ingratos".(...)
Matéria completa ver site abaixo:
*Beatriz Cerqueira é professora e
coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/02/uma-greve-para-que-o-governador-fernando-pimentel-cumpra-a-lei/
“Testemunhas do assassinato
de Marielle dão detalhes sobre o crime e dizem que PMs as expulsaram do local”.
“Jornal O Globo localizou duas pessoas que afirmam ter presenciado o
momento em que vereadora e motorista foram executados no Centro do Rio. Ambas contaram
versões idênticas e nenhuma foi ouvida pela polícia.”
Por GloboNews
01/04/2018
12h35 Atual
testemunhas contrariam versão da polícia sobre morte de Marielle/Globo.
"Uma
reportagem publicada na edição deste domingo (1) pelo jornal
O Globo revela novos detalhes sobre a execução da
vereadora do Psol Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. As informações
foram dadas por duas testemunhas que não foram ouvidas pela polícia. Ambas teriam afirmado que policiais militares mandaram
testemunhas sair do local do crime."
"O Globo conversou
com as duas testemunhas em separado e ambas deram a mesma versão sobre o crime,
que inclui detalhes sobre o momento da abordagem, a rota de fuga e as
características físicas do autor dos disparos que mataram a vereadora e o
motorista."
"Segundo as testemunhas, o carro em que os
assassinos estavam imprensou o veículo conduzido por Anderson no qual estavam
Marielle e uma assessora parlamentar e que quase subiu na calçada. Ambas
disseram, também, que só viram um veículo no momento em que foram feitos os
disparos. As imagens de câmeras de vigilância sugeriam que dois veículos haviam
perseguido o carro em que a vereadora estava."
"As testemunhas disseram também que viram um homem
negro, que estava sentado no banco de trás do carro dos criminosos, colocando o
braço para fora do veículo com uma arma de cano alongado e que o armamento
parecia ter um silenciador."
"As duas pessoas ouvidas pelo jornal afirmaram ainda
que o carro usado pelos criminosos deu uma guinada e fugiu, cantando pneus,
pela Rua Joaquim Palhares. Até então, a suspeita era de que a fuga teria
ocorrido pela Rua João Paulo Primeiro, perpendicular à Joaquim Palhares."(...)
Matéria completa ver site abaixo:
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/testemunhas-do-assassinato-de-marielle-dao-detalhes-sobre-o-crime-e-dizem-que-pms-as-expulsaram-do-local.ghtml
“Ato no Rio avança na
criação de uma frente ampla pela democracia”.
“Lula , Freixo, Boulos e
Manuela D'Ávila estavam ao lado de Chico Buarque para impedir os retrocessos
contra a democracia”.
Vinicius Mansur
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) 3 de Abril de 2018 às 08:35
“Na noite desta segunda-feira (2) partidos de esquerda, como PT,
PCdoB, PSOL, PSB, PDT e PCO, realizaram um ato pela democracia e contra o
fascismo no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Impactados pela
execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e dos tiros disparados contra a
caravana do ex-presidente Lula ,
os representantes partidários deixaram de lado o debate sobre alianças
eleitorais e defenderam o fortalecimento de uma frente contra o governo de Michel
Temer (MDB) e suas medidas que retiram direitos
sociais, contra a ascensão das ações fascistas no Brasil e pela liberdade do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e de seu direito de concorrer às eleições.”
“Enquanto o público anunciava em coro “vai
avançar a unidade popular”, Lula ,
o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a deputada federal Manuela
D’Ávila (PCdoB-RS) compuseram, ao lado de Chico Buarque, o centro do palco que,
mais tarde, seria ocupado também pela mãe, Marinete da Silva, e irmã, Anielle
Silva, da vereadora Marielle Franco.”
“A pré-candidata do PCdoB à presidência, Manuela D’Ávila,
defendeu a formação de uma frente para impedir o processo de redução das
liberdades que vem se acentuando no Brasil desde o impeachment de Dilma
Rousseff , dando cada vez mais espaço para o fascismo.”
“Marielle morreu porque se organizava e
lutava contra esse fascismo. A nossa liberdade de organização é ameaçada. A
liberdade de Lula circular
e fazer sua caravana é ameaçada com tiros. O fascismo se expressa no Brasil
buscando acabar com a nossa liberdade de sermos uma grande nação. A liberdade
de sermos um país independente porque entregam as nossas riquezas, como é o
caso do pré-sal”, disse.
“Marcelo Freixo salientou que a morte de
Marielle, assim como os tiros dados contra a caravana de Lula ,
ultrapassaram a fronteira que separa a democracia da barbárie. Para Freixo, a
união neste momento é sinônimo de maturidade e uma atitude fundamental para
impedir que a barbárie dispute uma eleição como se fosse uma alternativa
normal.
“Estamos aqui porque não vamos precisar ter mais
corpos para contar para estar junto no mesmo lugar. A gente as vezes demora pra
aprender. O tema da democracia está acima de qualquer diferença que a gente
tenha. E eu não estou aqui pra dizer que a gente não tenha diferença, claro que
a gente tem diferença, mas sabendo que a nossa diferença, Tarcísio, seja qual
for a diferença, ela é menor do que a luta de classes”, afirmou.(...)
Matéria completa ver site abaixo:
Edição:
Luiz Felipe Albuquerque
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/03/ato-no-rio-avanca-na-criacao-de-uma-frente-ampla-pela-democracia/
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