quarta-feira, 4 de abril de 2018

O ALTO CUSTO DAS VIDAS


'Talvez custe vidas': comunicado interno de estratégias do Facebook vaza e constrange empresa.
Sob grande escrutínio público por conta do uso indevido de dados dos seus usuários, rede social enfente nova polêmica sobre relativizar potencial negativo do trabalho. Autor do texto diz que era apenas uma "provocação".

Por BBC
30/03/2018 13h30   

“Um comunicado interno do Facebook veio à publico inadvertidamente e causou contrangimento para a rede social. O documento afirma ser uma "verdade inconveniente" que tudo que a empresa fez para crescer foi justificado.”

“O memorando escrito em 18 de junho de 2016 pel executivo Andrew Bosworth e revelado pelo site Buzzfeed afirma que isso se aplicaria mesmo a situações em que pessoas poderiam morrer como resultado de bullying ou terrorismo.”

“Tanto seu autor quanto o presidente da companhia, Mark Zuckerberg, negaram de fato crer nisso, mas o vazamento pode minar os esforços do Facebook para conter outro escândalo.”

“O Facebook está sob intenso escrutínio público desde que reconheceu ter recebido relatórios de que uma consultoria política, a Cambridge Analytica, não havia destruído os dados coletados de cerca de 50 milhões de usuários há alguns anos.”

'Verdade inconveniente'

No memorando, Boswroth escreveu:

"É um fato que nós  conectamos mais pessoas. Isso pode ser ruim se usuários transformarem o conteúdo em algo com efeito negativo. Talvez custe uma vida ao expor alguém a bullying. Talvez alguém morra em um ataque terrorista coordenado com nossas ferramentas.”

“E, ainda assim, nós seguimos conectando pessoas. A verdade incoveniente é que acreditamos tanto em conectar pessoas que qualquer coisa que nos permita conectar mais pessoas é tida como algo positivo em si. É talvez a única área em que as métricas contam a verdadeira história até onde sabemos.
[...]
“É por isso que todo o trabalho que fazemos para crescer é justificado. Todas as práticas questionáveis para obter contatos. Toda a linguagem sutil que ajuda a fazer com que as pessoas apareçam nos resultados de buscas de amigos. Todo o trabalho que temos para gerar mais comunicação. Todo o trabalho que teremos que fazer na China um dia. Tudo isso." 

Provocação



O presidente do Facebook disse nunca ter defendido que os fins justificam os meios (Foto: Stephen Lam/Reuters)

"Bosworth, que foi um dos inventores do o feed de notícias do Facebook, ocupou cargos de alto escalão na empresa desde 2006 e está atualmente à frente de seu esforços em realidade virtual."(...)

Práticas questionáveis

Rory Cellan-Jones, repórter de tecnologia da BBC News, afirma que o que mais chamou sua atenção no memorando foi a frase sobre "todas as práticas questionáveis para obter contatos".

"Quando baixei meus dados do Facebook, fiquei assustado com a quantidade de números de telefone dos meus contatos que estavam ali. Mas a atitude da empresa fazia parecer que isso era normal e que cabia aos usuários desativar essa função se não gostassem disso", escreveu o jornalista.


 Em reação à polêmica, Facebook anunciou mudanças em suas políticas e práticas (Foto: Dado Ruvic/Reuters)

"O que sabemos é que, em 2016, um executivo sênior pensou que esse tipo de coleta de dados era questionável. Então, porque só agora a companhia está debatendo esta e outras práticas duvidosas. Até agora, não houve muitos vazamentos do Facebook. Talvez teremos em breve mais informações de pessoas de dentro da empresa conforme esse negócio ainda em sua adolescência tenda a crescer e lidar com sua verdadeira natureza."(...)


Ver matéria completa no site abaixo:

https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/talvez-custe-vidas-comunicado-interno-de-estrategias-do-facebook-vaza-e-constrange-empresa.ghtml


 “O que se sabe sobre a mulher apontada

como responsável por ataque na sede do YouTube.”
“Nasim Aghdam, que teria cometido suicídio no local, se apresentava como atleta, ativista, comediante, modelo e poeta, entre outras coisas, e acusava plataforma de intervir para que seus vídeos tivessem menos visualizações.”

Por BBC
04/04/2018 08h41  
Nasim Aghdam, que vivia em San Diego, no sul da Califórnia e é de origem iraniana (Foto: Reprodução/BBC)

"Uma atleta vegana e a mais conhecida e famosa ativista dos direitos dos animais na Pérsia, promovendo o veganismo e o estilo de vida saudável e humano".
“Era com essas palavras que a californiana de origem iraniana Nasim Aghdam, de 39 anos, se descrevia no YouTube, plataforma onde mantinha ao menos quatro canais de vídeos sobre as bandeiras que defendia, muitos deles exibindo o que via como crueldade com animais


Desde terça-feira, porém, os canais não estão mais disponíveis. Apenas parte do conteúdo, postado em um site.”

“Aghdam é apontada como principal suspeita de teatirado e ferido três pessoas na sede do YouTube em San Bruno, no norte da Califórnia, na tarde de terça-feira. Entre os feridos, uma mulher de 32 anos e um homem de 36 estariam em estado grave.”
“A suposta atiradora, por sua vez, foi encontrada morta após aparentemente ter cometido suicídio.”
“Houve rumores de que uma das vítimas seria seu namorado, mas a polícia afirmou que até o momento não havia evidências de que ela conhecia as pessoas atingidas ou de que tivesse alvos específicos no local do tiroteio.”

Motivos

“Possíveis motivos do ataque ainda são investigados.”
“Seu pai, identificado pela mídia local como Ismail, teria declarado, porém, que ela estava com raiva porque o YouTube parou de pagar por seus vídeos.”
Em muitos de seus vídeos, Nasim aparece séria, faz exercícios físicos e protesta contra o que considera crueldade com animais (Foto: Reprodução/BBC)

“Vídeos postados na plataforma podem receber dinheiro por anúncios vinculados, mas o YouTube pode "desmonetizar" os canais por vários motivos, retirando os anúncios. Não está claro, porém, se isso ocorreu com os conteúdos postados por Aghdam.”(...)
A mídia local publicou que seu pai teria advertido a polícia de que ela poderia ir até a empresa porque "odiava o YouTube".


Críticas

“Em janeiro de 2017, Aghdam acusou o YouTube de discriminação e criticou a plataforma por supostamente filtrar suas postagens.”

"O YouTube filtrou meus canais para impedir que obtivessem visualizações!", escreveu na página em que reúne seu conteúdo online. E acrescentou: "Vídeos de usuários 'marcados' são filtrados e simplesmente rebaixados, para que as pessoas mal possam vê-los".

Aghdam também ressaltou que "não há oportunidades iguais de crescimento no YouTube ou em qualquer outro site de compartilhamento de vídeos". "Seu canal só crescerá se eles quiserem que cresça!!!!!", complementou.



Foto mostra Nasim Najafi Aghdam, que fez disparos na sede do YouTube, na Califórnia (Foto: Departamento de Polícia de San Bruno via AP)


Ela também cita Adolf Hitler, dizendo: "Torne a mentira grande, simples, continue contando-a e, em algum momento, eles vão acreditar nela."

"O YouTube encerrou as contas de Aghdam na plataforma após o tiroteio. Seus perfis no Instagram e no Facebook também foram removidos."

Em um de seus perfis no Instagram, ela se apresenta como "atleta, artista, comediante, poeta, modelo, cantora, apresentadora, atriz, diretora e produtora".


Membros da Swat respondem nesta terça-feira (3) a tiroteio na sede do YouTube na Califórnia (Foto: Elijah Nouvelage/Reuters)

"No Instagram, você pode comprar páginas, comprar likes, comprar seguidores, .... Mas os meus são reais, sem publicidade ou usando programas destinados a promover páginas", acrescentou.(...)

Ver matéria completa no site abaixo:



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