Em apenas 8
meses, nova unidade foi construída para 76 presos, em Orizona.
Penas de alguns crimes foram trocadas por multa e conselho buscou doações.
Do G1 GO 27/01/2017 19h33 -
"Cansados das condições precárias da cadeia e das
constantes fugas de presos, os moradores de Orizona, a 130 km de Goiânia, se uniram ao
Poder Judiciário para resolver o problema. Alheios à administração pública,
eles formalizaram uma parceria e arrecadaram quase R$ 1 milhão para a construção
de uma nova unidade prisional, inaugurada nesta sexta-feira (27)."
"O local, erguido em 8 meses, tem capacidade para 76
detentos. Bem mais do que o atual presídio, com lugar apenas para 16, mas que,
devido à superlotação tem atualmente 30. Isso porque, em dezembro, 12
reeducandos fugiram."
"Diante da situação, o juiz Ricardo de Guimarães
Souza resolveu dar aos suspeitos de crimes com menor potencial ofensivo, como
queixas de som alto, a possibilidade de pagamento de multa. Em caso de negação,
o processo seguia tramitando."
"A iniciativa começou a dar resultado e todo o valor
obtido era repassado para uma conta do Conselho da Comunidade. Alguns
integrantes foram ainda para as ruas em busca de mais doações."
"A comunidade tem mostrado o velho jargão: a
união faz a força. E é realmente isso que aconteceu aqui na comarca de Orizona.
É andando de mãos dadas, autoridades, comunidades, os diversos segmentos
sociais que nós conseguimos algo", comemora o magistrado."
Parte das doações foi feita por 32 fazendeiros. O
gado repassado foi leiloado. "Quando a sociedade participa a coisa fica
mais transparente, mais honesta e também quando a gente doa pode cobrar porque a gente participou do
processo", disse o fazendeiro Arnaldo Paganello, um dos doadores.
"Em nota, a A Secretaria de Segurança Pública e
Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP) disse que vai enviar para a
cidade, imediatamente, dez servidores, viatura, armas, telefone, internet,
computadores, impressoras, detectores de metal, algemas, cadeados e chaves."
Exemplo propagado
"Em Pontalina, no sul do estado, a população
também agiu por conta própria para melhorar o sistema penitenciário. Ainda em
estágio inicial, a obra do novo presídio é realizada pelos próprios moradores."
"A unidade funcionará próxima a atual cadeia da
cidade, que está superlotada. Os presos menos perigosos ajudam na construção.
"Pelo fato de não ter vagas, nós estávamos selecionando quem prendia e
quem sofria era a população de Pontalina", disse a juíza Danila Lesuer
Ramaldes."
Transcrito do G1 Goiás.
Traficante construiu motel
em presídio e pretendia faturar R$ 120 mil por mês
Presidiário
gastou R$ 200 mil para construir 112 quitinetes dentro de penitenciária em
Goiás, segundo o jornal O Popular. Unidades seriam “alugadas” para visitas
íntimas dos presos. Suspeito de receber propina pela obra, diretor da unidade
foi afastado do cargo
| 29/10/2016 12:25
|
PABLOP
"Um traficante preso em Goiás gastou cerca de R$ 200 mil na
construção de 112 quitinetes na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital do
estado. As unidades foram construídas em menos de 20 dias, no final do ano
passado, e estavam em fase final de acabamento quando foram descobertas,
informa o jornal O Popular, de Goiânia."
"As
quitinetes seriam usadas para visitas íntimas de presos. O presidiário Thiago
César de Souza, de 32 anos, esperava faturar cerca de R$ 120 mil por mês com o
“aluguel” dos imóveis. Segundo os investigadores, Thiago desembolsou R$ 120 mil
para a compra de material de construção e outros R$ 70 mil para o pagamento de
propina ao então diretor da unidade, Marcos Vinícius Alves, afastado do cargo
desde o final de 2015."
"A Lei
de Execuções Penais garante ao preso um local para encontros íntimos em dia
determinado pela direção da unidade prisional. Pela legislação em vigor, é
necessário que haja um desses locais para cada grupo de 100 presos. Essa
exigência era cumprida no presídio de Aparecida de Goiânia. No ano passado, na
ala onde foi construído o motel havia cerca de 400 presos. Na mesma unidade, de
12 a 20 quartos de alvenaria estavam disponíveis para as visitas íntimas."
"A
existência da construção ilegal no interior do presídio foi descoberta por
equipes do serviço de inteligência da Superintendência de Administração
Penitenciária (Seap) que denunciaram o caso ao comando do órgão. A Seap
determinou, então, a destruição do motel."
"O caso
veio à tona quase um ano depois do ocorrido após a divulgação de trechos de uma
investigação que resultou na Operação Livramento, da Polícia Civil de Goiás,
que cumpriu 134 mandados – 35 prisões preventivas, 28 prisões temporárias, oito
conduções coercitivas e 63 de busca e apreensão." "De acordo com a reportagem de
Rosana Melo, as apurações apontaram a existência de uma organização
criminosa formada por servidores públicos, advogados e detentos. Eles são
acusados de operar um esquema fraudulento de saída de presos, com corrupção e
falsificação de documentos, além de facilitar a ação do tráfico de drogas."
Nenhum comentário:
Postar um comentário