Mais de 30 presos são mortos em penitenciária de Roraima, diz governo
Segundo
estado, mortes ocorreram na madrugada desta sexta (6).
Bope e PM estão no local, diz Secretaria de Justiça e Cidadania.
Do G1 RR 06/01/2017 09h26 -
"De acordo com nota da secretaria, o Batalhão de
Operações Especiais (Bope), Polícia Militar (PM) e Canil estão na unidade que
fica na BR-174, na zona Rural de Boa Vista. Um agente penitenciário, que
não quis se identificar, disse ao G1 que as mortes ocorreram
por volta das 2h30 (4h30 de Brasília).
A entrada da unidade foi isolada na manhã desta
sexta. Ao menos três estrondos foram ouvidos na parte externa do presídio por
volta das 9h (11h de Brasília).
De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania,
Uziel Castro, que foi ao local, não houve rebelião e a matança seria de responsabilidade
de presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam concentrados neste
centro de detenção."
G1 Noticias
Disputa
entre facções
Presídio em Roraima estava
superlotado e não oferecia segurança
por
Miguel Martins e Renan Truffi — publicado 06/01/2017 17h33
Sindicato de agentes penitenciários diz que
detentos conseguiam furar paredes com colher e água por conta das condições
precárias
Divulgação
Presos
tinham construído barracos dentro do presídio Monte Cristo, como mostra imagem
sem data
"Palco de um novo massacre entre detentos, que deixou ao menos 33 mortos nesta sexta-feira 6, a
Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR), registrava
superlotação e péssimas condições de segurança tanto para os internos como para
os agentes penitenciários que trabalhavam no local.
Segundo informações da própria Secretaria de Justiça e Cidadania de
Roraima (Sejuc), o presídio contava com uma população carcerária de 1475
pessoas antes da tragédia, o dobro da capacidade recomendada, já que o local
foi construído para abrigar 700 pessoas.
Além de superlotada, a penitenciária não oferecia condições mínimas de
segurança, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Roraima
(Sindape). Por ser uma construção antiga, de 1989, a prisão, segundo os
agentes, permitia que os internos conseguissem derrubar as paredes com
facilidade. Os presos sabiam que bastava molhar a estrutura para conseguir
abrir buracos entre as alas.
“Essas tragédias estão acontecendo por omissão do governo federal”, critica Lindomar
Sobrinho, presidente do Sindape e membro da Federação Nacional dos Servidores
Penitenciários (Fenaspen).
“O presídio Monte Cristo não tem condições de resguardar nem o preso,
nem os agentes. É um presídio muito antigo. Nunca foi feito um presídio aqui em
Roraima nos moldes de segurança recomendados. Não tem nenhum presídio aqui com
malha de aço ou placa de concreto. Tudo é feito com tijolo de barro, os presos
furam com colher e água facilmente”. A superlotação também fez com que os
próprios presos construíssem barrocos em alas da detenção.
O governo de Roraima rejeita a tese de que este episódio seja uma
retaliação, por parte de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). "
O SEGUNDO MASSACRE Dezenas de presos foram mortos em Roraima.
"Em um vídeo que circula em sites e redes sociais, supostos detentos do
Monte Cristo, em Roraima, aparecem esquartejando outros presos enquanto
explicam ser uma “resposta” às mortes em Manaus. “Vocês mataram nossos
irmãozinhos, não foi? Aqui também tem bandido”, diz o autor do vídeo, sem que
seja possível confirmar se as imagens são, de fato, referentes ao acontecimento
desta sexta-feira.
A Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima defende, no entanto, que
não havia mais integrantes do CV ou da FDN neste presídio desde o fim do ano
passado, quando cerca de 100 internos foram transferidos para outra
penitenciária do Estado. “Foi uma barbaridade entre eles e agora estão querendo
dizer que foi vingança ou retaliação”, afirma Uziel de Castro Júnior,
secretário de Justiça e Cidadania de Roraima.
“No dia 3 de novembro, separamos os membros de facções por presídios.
Nesse [Monte Cristo] presídio só tinha membro do PCC e não declarados”, afirma.
O sindicato confirma que foram feitas transferências de presos que se
identificaram como sendo de facções rivais ao PCC, mas defende que ainda havia,
na detenção, internos que tinham sido do Comando do Vermelho no passado."
Ver matéria completa Carta Capital.
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