quarta-feira, 7 de março de 2018

“O mega esquema “criminoso” do Nióbio”.


“98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil que é responsável atualmente por 90% do volume comercializado.
João Baptista Pimentel Neto
Diálogos do Sul, 23 de Fevereiro de 2018  

Se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio, geraria certamente um caos / Opera Mundi

Mas o que é o nióbio ?

"O nióbio é um metal branco, brilhante, de baixa dureza, extraído principalmente do mineral columbita."
"Nos Estados Unidos é chamado mais de colúmbio."
"É muito resistente à corrosão e a altas temperaturas, e basta adicionar alguns gramas de nióbio a uma tonelada de aço para deixá-lo mais leve e com maior resistência a fraturas e torções".
"O nióbio é atualmente empregado em automóveis; turbinas de avião; gasodutos; tomógrafos de ressonância magnética; nas indústrias aeroespacial, bélica e nuclear; além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings."

"O metal existe em diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil e nosso país é responsável atualmente por mais de 90% do volume comercializado no planeta, seguido por Canadá e Austrália. Apesar do seu uso crescente e das inúmeras possibilidades de aplicação, o nióbio não tem a importância e o valor que possuem, por exemplo, o ouro e o petróleo. Mas é natural que o virtual monopólio brasileiro desperte cobiça e preocupação das maiores potências econômicas."
                         
            

O site Wikileaks divulgou documento secreto do departamento de estado americano no qual as minas brasileiras de nióbio eram incluídas na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos e imprescindíveis aos EUA. Depois disso, uma fatia da CBMM, maior produtora mundial de nióbio, foi vendida para companhias asiáticas, numa transação bilionária. E em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul-coreanas comprou 30% do capital da mineradora com sede em Araxá (MG) por us$ 4 bilhões.”
O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas esse potencial é desaproveitado, o que se esperaria é que o Brasil tivesse uma estratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia de ponta e que pode ser vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o próprio desenvolvimento industrial do País. Com a produção restrita a dois grupos econômicos, é “evidente” que o interesse estrangeiro é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”. 


O Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado . Nosso país deveria usar o nióbio como um trunfo para atrair mais investimentos e transferência de tecnologia. “se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio hoje, isso geraria certamente um caos”, pois existe uma enorme pressão de fora para obter um produto do qual eles precisam a um preço acessível. Apesar de deter quase um monopólio do nióbio, o governo brasileiro nunca definiu uma política específica para o metal ou um programa voltado para o desenvolvimento de uma cadeia industrial que vise agregar valor a este insumo.”


Pesquisa e edição: João Baptista Pimentel Neto.


Transcrito do site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/23/o-mega-esquema-criminoso-do-niobio/ -
Leia nota em espanhol.
Edição: Diálogos do Sul


“Pimentel desiste de emenda sobre divisão da Codemig e envia projeto de lei”.

“Um dos pontos mais polêmicos trata da mina de nióbio de Araxá, no Alto Paranaíba. Decisão de Pimentel foi tomada após questionamentos da oposição na ALMG.”

Por G1 MG, Belo Horizonte
06/03/2018 17h39  
Pimentel desiste de emenda sobre Codemig e envia para a ALMG projeto sobre assunto



“Após polêmica gerada por uma emenda que previa a venda de parte da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o governador Fernando Pimentel(PT) enviou uma mensagem nesta terça-feira (6) à Assembleia Legislativa (ALMG) em que propõe um projeto de lei para tratar do assunto.”(...)
“Com esta nova mensagem do governador, o projeto deverá ser apreciado por três comissões antes de ir a Plenário. A primeira é a de Constituição e Justiça. O texto já deve ser apreciado nesta quarta-feira (7).”

“O texto prevê que a Codemig seja dividida em duas: a Codemge, que assume o papel da estatal e a nova Codemig - que terá parte vendida – criada para cuidar apenas da mina de nióbio de Araxá, no Alto Paranaíba. Ele ainda permite a abertura de seu capital e autoriza que o Estado realize empréstimo de até R$ 2 bilhões com instituição financeira federal.”

Nióbio

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco, afirmou no dia 2 de março que a intenção de dividir a empresa é para atender as expectativas do mercado, que está interessado no nióbio.

“O mercado investidor não quer participar e não quer comprar as atividades que não sejam nióbio, não está disposto a valorizar nada que não seja o nióbio e tem uma percepção de risco muito grande”, disse Branco.(...)

“O mineral existe no solo de diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil. O país responde atualmente por mais de 90% do volume do metal comercializado no planeta, seguido pelo Canadá e Austrália. No país, as reservas são da ordem de 842 milhões de toneladas e as maiores jazidas se encontram nos estados de Minas Gerais (75% do total), Amazonas (21%) e em Goiás (3%).”
Ver site abaixo:

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/pimentel-desiste-de-emenda-sobre-divisao-da-codemig-e-envia-projeto-de-lei-sobre-o-assunto.ghtml




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