domingo, 5 de fevereiro de 2017

SOBERANIA NACIONAL


Artigo: O Zumbi de Alcântara
Acordo com os EUA para uso da base militar brasileira fere soberania nacional
Marcelo Zero
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 31 de Janeiro de 2017  
Torre móvel de lançamento de satélites na Base de Alcântara / Wikipedia/ Reprodução.No Brasil, há mortos-vivos. Quando você pensa que eles já se foram, acabam retornando do mundo dos mortos para nos assustar.

Um deles é o famigerado Acordo de Alcântara. 
Em abril de 2000, EUA e Brasil (sob gestão tucana) assinaram acordo bilateral com o objetivo, em tese singelo, de permitir que empresas norte-americanas pudessem usar a nossa Base de Alcântara para lançar os seus satélites. 
Conforme informações do governo da época, tal uso poderia gerar recursos de monta (cerca de US$ 30 milhões ao ano, numa avaliação muito otimista) para reativar a base que ainda está subutilizada. Para as empresas norte-americanas, este uso seria proveitoso, em razão do fato de que o Centro de Lançamentos de Alcântara está bastante próximo da linha do Equador, o que diminui significativamente os custos dos lançamentos.
Até aí, tudo bem. Nada demais em permitir que empresas de quaisquer países usem comercialmente nossa base de lançamentos, desde que paguem o preço justo e respeitem nossa soberania.
Entretanto, nas discussões ocorridas no Congresso e no âmbito da sociedade civil à época, constatou-se que o governo dos EUA havia imposto condições draconianas e atentatórias à soberania nacional para permitir que as suas empresas usassem a Base de Alcântara. A oposição, liderada pelo PT e com o apoio até dos partidos da situação, conseguiu impedir a aprovação do acordo na Câmara. 

Politicamente morto, o acordo ficou enterrado na CCJ daquela Casa. O julgávamos extinto. Mas, agora, acaba de ser ressuscitado, em surdina e nas penumbras, pelo governo antinacional do golpe, que, abanando o rabo de vira-lata, quer renegociá-lo com Washington.(...)
Ver matéria completa no Brasil de Fato.

ABAIXO-ASSINADO
Entregar Base de Alcântara para EUA fere soberania nacional, criticam organizações
Nova tentativa de acordo sobre base de lançamento de foguetes brasileira será feita por Serra com os Estados Unidos.
Mayara Paixão
Brasil de Fato | São Paulo (SP), 02 de Fevereiro de 2017 

Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), inaugurado em 1983 no Maranhão / Divulgação/IAE/DCTA

Dezenas de organizações nacionais e internacionais, militantes e entidades assinaram uma carta de adesão contra a oferta do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), base de lançamento de foguetes brasileira, aos Estados Unidos. A ação é uma resposta à recente confirmação do Ministro das Relações Exteriores do governo Temer, José Serra, de que um novo acordo será oferecido ao governo estadunidense na tentativa de reabrir negociações.
No texto, as organizações argumentam que este acordo já se mostrou desvantajoso ao Brasil do ponto de vista econômico e tecnológico. Também dizem que é "completamente ofensivo à soberania nacional ao permitir controle total ou parcial dos EUA sobre parte do território nacional, o que por si só o torna inaceitável".
Adesões à carta podem ser feitas pelo e-mail jubileusulbrasil@gmail.com ou via WhatsApp: (11) 991163721.
Para membros das organizações, o caráter inaceitável da nova tentativa se justifica por um conjunto de razões. De acordo com o cientista social Ivo Poletto, assessor do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social e da Cáritas Brasileira, a ação revela a preferência do atual governo em manter relações com os Estados Unidos a despeito do histórico de acordos anteriormente estabelecidos, que sempre beneficiaram o governo estadunidense.
Na avaliação dele, a entrega de uma área estratégica, como a do Centro de Lançamento de Alcântara, representa uma traição ao próprio direito que os brasileiros dispõem sobre seu território, principalmente por não existir uma consulta popular prévia. "Essa decisão, tomada por um governo que não foi eleito, que não teve votos próprios, já mostra sua ilegitimidade", diz.
"Estaríamos dando mais um passo no sentido de não termos autonomia para tomar decisões em relação ao nosso próprio território. Voltaríamos a ser colônia nas novas condições de capital multinacional, onde há, inclusive, interesse imperial norte-americano", completou o cientista social.(...)
Ver matéria completa no Brasil de Fato.

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