Policiais de 15 estados e DF fazem ato em frente ao
Congresso contra mudanças na previdência
Perda
do 'status' de profissão de risco levaria a fim de aposentadoria especial,
dizem categorias. Reforma da Previdência tramita no Congresso e prevê idade mínima
de 65 anos, no regime geral.
Por
Vinicius Werneck, G1 DF
08/02/2017 16h35
Policiais
de diversos estados se reúnem em frente ao Congresso Nacional, em Brasília,
contra mudanças na previdência (Foto: Vinicius Werneck/G1)
Policiais de 15 estados e do Distrito Federal se
reuniram na tarde desta quarta-feira (8) em frente ao Congresso Nacional, em
Brasília, em um protesto contra trechos da proposta de Reforma da Previdência.
Segundo os sindicatos, a proposta enviada pelo Executivo e em tramitação na
Câmara dos Deputados coloca em risco a aposentadoria especial dos
profissionais, porque acaba com o status de "atividade de risco".
Segundo a organização, cerca de 2,6 mil pessoas
participavam do protesto até as 16h. A Polícia Militar do DF estimava 1 mil
participantes, até o mesmo horário. A manifestação incluiu policiais federais,
rodoviários, legislativos e civis, além de guardas municipais e agentes
penitenciários.
De acordo com os organizadores, policiais das cinco
regiões do Brasil compareceram ao ato, com comboios vindos de São Paulo,
Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia, entre outros estados. Desde o dia
6 de dezembro, quando a proposta de reforma foi apresentada pelo presidente
Michel Temer e enviada ao Congresso, as categorias também fizeram protestos nas
principais capitais.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais
Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, informou que o objetivo do protesto
era pedir a retirada de um dos trechos da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 287 – justamente o que retira a classificação de "atividade de
risco" das categorias.
"[O ato é] Para demonstrar ao govermo que a
reforma do jeito que está, retirando direitos do trabalhador da segurança
pública, nao vai prosseguir se nao houver debate maior e se não houver a
retirada deste dispositivo", declarou.
Durante o protesto, os policiais fizeram um minuto
de silêncio para homenagear os colegas que morreram em serviço. O gramado do
Congresso foi tomado por cruzes e lápides que simbolizavam as mortes.
"Esta
homenagem aos policias mortos é uma demonstração para toda a sociedade que os
policiais vivem permanentemente em atividade de risco e que por isso devem ter
o tratamento diferenciado, ao menos, mantido."
Crise no Espirito santo
O ato também foi marcado por falas de apoio aos
profissionais de segurança pública do Espírito Santo. O estado enfrenta uma
crise no setor desde o início do mês, quando familiares de PMs decidiram
paralisar as atividades dos militares. As categorias
cobram melhores salários e condições de trabalho.
Para o presidente da Ordem dos Policiais do Brasil
(OPB), Frederico França, o que acontece no Espírito Santo é uma "eclosão
daquilo que já acontece no Brasil todo" por conta da falta de
investimentos no setor.
"O sistema de segurança pública está falido.
Precisa de investimentos pra ser realmente eficiente no serviço. Precisa
investir no sistema e na qualificação do profissional", disse.
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PARA UNIR OS POVOS
Papa reitera
apelo por 'pontes, não muros' após decreto anti-imigração.
Ele lembrou o dia
de celebração de Santa Josefina Bakhita, uma escrava sudanesa do século 19 que,
após imigrar para a Europa, se tornou freira
Papa Francisco
reitera apelo por "pontes, não muros"
PUBLICADO EM 08/02/17 - 12h11
AGÊNCIA ESTADO
O
papa Francisco repetiu nesta quarta-feira (8) seu apelo para que as pessoas
construam pontes de entendimento, não muros, em resposta ao decreto anti-imigração
do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Embora
não tenha se referido a Trump em seus comentários, ele notou que o dia de hoje
marca tanto o dia da lembrança pelas jovens vítimas de tráfico de pessoas como
o dia de celebração de Santa Josefina Bakhita, uma escrava sudanesa do século
19 que, após imigrar para a Europa, se tornou freira.
O
Sudão é uma das sete nações de maioria muçulmana que foram incluídas na lista
de países proibidos pelo veto temporário de Trump.
"No
contexto social e civil, eu peço que não criemos muros mas pontes",
afirmou. "Para não responder ao mal com mal. Para derrotar o mal com o
bem, a ofensa com o perdão. Um cristão nunca deve dizer "você vai pagar
por isso". Nunca."
O
pontífice frequentemente invoca a expressão "pontes, não muros" para
urgir os países a aceitar imigrantes, inclusive quando visitou a fronteira do
México com os EUA. Na ocasião, ele foi questionado sobre a promessa de Donald
Trump de construir um muro. Francisco afirmou que qualquer um que construir um
muro "não é cristão .
Transcrito do jornal O Tempo.
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