Homem é preso suspeito de vender diplomas falsos em
Belo Horizonte
Os
valores cobrados variavam de R$ 500 a R$ 2 mil, segundo as investigações. Um
dos anúncios feitos na internet garante cumprimento do prazo de entrega e cópia
autenticada em cartório.
Por G1 MG, Belo Horizonte
08/02/2017
16h03
"Um homem foi preso em Belo Horizonte suspeito de falsificar
diplomas e vendê-los pela internet. Os preços variavam de R$ 500 a R$ 2 mil. De
acordo com as investigações, sites e páginas de redes sociais ofereciam
documentos de níveis fundamental, técnico, médio e superior."
"Um dos anúncios divulgados na internet diz, “o
cliente estará recebendo toda a documentação necessária, contendo o histórico
escolar com todas as notas + o diploma de conclusão + 1 cópia autenticada em
cartório com reconhecimento de firma (...). É confiável? Nunca tivemos
quaisquer problemas com nossos clientes, estamos sempre cumprindo com o prazo
de entrega e honrando nosso trabalho”.
Anúncio de venda de diplomas falsos em Belo Horizonte era feito pela
internet, segundo a Polícia Civil. (Foto: Facebook/Reprodução).
"Segundo a Polícia Civil, o homem foi preso nesta
terça-feira (7). Outro suspeito de participar do esquema havia sido detido no
dia 19 de dezembro do ano passado.
As investigações começaram em agosto de 2016, a
partir de uma denúncia. A polícia encontrou na casa dos suspeitos listas com
nomes de clientes, diplomas, históricos escolares e declarações de escolaridade
em nome de terceiros.
A polícia agora apura quem são pessoas que teriam
comprado os documentos."
Transcritos do G1 notícias
Mais da metade dos médicos recém-formados é reprovada
em exame do Cremesp.
Escolas
públicas tiveram piora no desempenho, com 37,8% dos reprovados. Nas
instituições privadas, 66,3% dos alunos foram reprovados.
08/02/2017
10h30
"Mais da metade dos recém-formados em escolas
médicas do Estado de São Paulo foi reprovada no Exame do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) 2016. De acordo com o conselho, dos
2.677 participantes, 56,4% (1.511) não alcançaram a nota mínima porque só
acertaram menos de 60% das 120 questões da prova."
"Em 2015 o índice de reprovação foi menor: 48,1%. Os
organizadores do exame apontam que o resultado corrobora a tendência histórica.
“Com exceção do Exame de 2015, nos últimos 10 anos o índice de reprovação ficou
acima de 50%, ou seja, neste período, mais da metade dos novos médicos entra no
mercado de trabalho sem ter conhecimentos básicos de situações cotidianas do
atendimento médico. É preciso que as escolas médicas promovam melhorias nos
métodos de ensino e imprimam mais rigor em seus sistemas de avaliação”, afirma
Bráulio Luna Filho, diretor do Cremesp e coordenador do Exame."
Segundo o Cremesp, as escolas privadas tiveram
maior percentual de reprovação que os cursos públicos. "No entanto, houve
aumento importante de reprovação em comparação ao Exame de 2015 entre os
egressos das instituições públicas, passando de 26,4% para 37,8%. Já entre os
cursos de medicina privados, 66,3% dos alunos foram reprovados em 2016, também
superando os resultados de 2015, com 58,8%", aponta o levantamento.
Conexaojornalismo.com.br
Histórico do
exame
·
2015 - 2.726 participantes - 48,1% de reprovação
·
2014 - 2.891 participantes - 55% de reprovação
·
2013 - 2.843 participantes - 59,2% de reprovação
·
2012 - 2.411 participantes - 54,5 % de reprovação
Estrutura
da prova
A prova teve 120 questões de múltipla escolha, com
cinco alternativas de respostas e duração de até cinco horas. O conteúdo
abrangeu as principais áreas da Medicina: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica,
Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Pública e Epidemiologia, Saúde
Mental, Bioética e Ciências Básicas.
Para aprovação, o candidato deveria responder
corretamente a 72 das questões, o que corresponde a um percentual de acertos de
60%. A prova foi aplicada pela Fundação Carlos Chagas (FCC) e os critérios e a
metodologia foram os mesmos utilizados e validados nos exames anteriores.(...)
Ver matéria
completa no G1 notícias.
“Meritocracia é uma falácia”, diz 1º lugar em medicina da USP
Ribeirão Preto
Bruna Sena
estudou em escola pública, frequentou cursinho popular e conquistou a primeira
colocação na Fuvest
Saúde Popular, 07
de Fevereiro de 2017
Bruna Sena,
17, comemora o 1º lugar em medicina da USP de Ribeirão, o mais concorrido da
Fuvest / Reprodução Facebook
"A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive
ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades.
Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive apoio.
E é isso que a gente tem que dar para quem não tem oportunidade. A gente perde
muitos gênios por aí, inclusive nas favelas porque não podem estudar".
"Estudante de escola pública, Sena alcançou a nota mais alta no
curso mais concorrido do vestibular 2017 da USP. Com apenas 17 anos, a jovem
superou 6,8 mil candidatos que disputaram as 90 vagas de graduação. Para
comemorar o resultado em sua rede social ela passou um recado: “A casa-grande surta
quando a senzala vira médica”.
Em
entrevista cedida ao portal Saúde Popular, Bruna diz que se considera feminista e que
tem sua mãe como principal inspiração. "Ela foi a pessoa que tornou tudo
isso possível. Ela nunca me pressionou e sempre me apoiou. Minha mãe cuida de
mim sozinha. Ela e meu pai são separados desde quando eu tinha menos de um ano.
Meu pai simplesmente me abortou. Nunca pagou pensão nem nada. Me
esqueceu", diz.
Como
foi sua preparação para o vestibular?
Apesar de sempre ser estudiosa, só me preparei mesmo ano
passado. Eu cursava o terceiro ano do ensino médio, estudava de manhã em uma
escola pública. Chegava em casa dormia um pouco. Depois, no fim da tarde,
estudava mais e ia para o cursinho à noite. Essa foi minha rotina o ano
inteiro. O cursinho era popular, conhecido como CPM, Cursinho Popular de
Medicina, que funciona dentro da faculdade de medicina. Os professores são
alunos do curso. Eu devo muito a eles porque a solidariedade foi enorme. Se não
fosse o cursinho acho que eu não teria passado.
Como
você se sentiu com o resultado?
Eu fiquei muito surpresa de verdade. Não imaginava passar nem na
primeira fase. Antes da liberação do resultado da Fuvest, que saiu dia 2, eu
nem dormi. Significa muito para mim e minha família. Representatividade
importa. Mostrar que a gente é capaz, que basta a gente ter oportunidades, como
eu tive. O objetivo do meu post nem foi me exibir, foi para mostrar que eu
posso e que outras pessoas podem também, basta ter oportunidade de estudar.
Tive pessoas muito boas ao meu lado. Tanto na minha família, que me ajudou
muito, como o pessoal do cursinho. Minha mãe sempre me falava "se você não
passar este ano, você vai passar em outro e vai tentar até passar". Eu
tive muito apoio dela. Minha mãe pagou um curso de matemática para mim, mesmo
pesando no bolso dela.(..)
Confira matéria na íntegra no Brasil de Fato.
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