Com fantasias políticas,
Bloco Bastardo tem 'desfile-protesto' em SP
Bloco canta marchinhas tradicionais pelas ruas de
Pinheiros.
Por Paula Paiva Paulo, G1 São Paulo
25/02/2017
21h15
Fantasias de protesto marcaram
Bloco Bastardo neste sábado (25) (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
"De "democracia assassinada" à paquita com
um cartaz da famosa conversa
entre Sérgio Machado e Romero Jucá, fantasias com
protestos políticos marcaram o bloco Bastardo na tarde deste sábado (25) em
Pinheiros, zona Oeste de São Paulo.
Um folião criativo se vestiu e se maquiou de idoso
e carregava uma placa: "Logo menos me aposento. #partiuSantos". O
grito "fora, Temer" estava tanto no carro de som quanto pintado no
corpo de folionas. Um trecho da marchinha deste ano ainda dizia "resistir,
temer jamais".
O líder cubano Fidel Castro também não faltou ao
bloco. Enquanto sambava, escutou um destoante 'volta para Cuba!'."
Folião foi fantasiado de Fidel Castro ao Bloco Bastardo (Foto: Paula
Paiva Paulo/G1)
Tradição
"Atualmente, a minoria dos blocos de São Paulo
mantém a tradição de cantar marchinhas de carnaval. Não é o caso do Bastardo,
que faz encher o peito dos foliões que passam o ano esperando para cantar
"Bandeira branca, amor". Com um público jovem, todos parecem conhecer
hits como "Mamãe eu Quero", "As águas vão rolar" e
"Aurora". (...)
Fundador do bloco, Pablo de Sousa, 38 anos, disse
que o nome surgiu porque "a gente não tem pai. A gente é da rua e a rua é
nossa". "A nossa ideia é fazer farra na rua sem distinção. As ruas
são feitas pra dançar", completa.
Bloco Bastardo subindo a Rua
dos Pinheiros na tarde deste sábado (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Bastardo ocupou as ruas de
Pinheiros neste sábado (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Instrumentos de sopro fazem
parte da banda do bloco Bastardo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
G1 notícias.
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"Os repórteres dos Jornalistas
Livres chegaram no fluxo da Craco, pouco depois da Tropa de Choque iniciar uma
ação, que foi descrita via nota pela Secretaria de Segurança Pública, como uma
"abordagem de rua".
"De dentro do fluxo, foram
vistas cenas de pavor, dignas de uma operação do Terceiro Reich. Os moradores e
usuários do local, que já tão cotidianamente violentados e criminalizados por
uma das drogas mais terríveis do mundo, hoje, sentiram a força do braço armado
da política higienista do atual prefeito de São Paulo, João Dória Jr, que já
mostrou sua tônica no tratamento dessa situação: para ele, Crack não é um
problema que pode ter solução com ações da pasta de saúde, é tão, e somente, um
problema de Segurança Pública."
A Cracolândia parecia um campo
de extermínio.
"Muitos pais que levavam seus
filhos à escola, corriam da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e da
Tropa de Choque. Trabalhadores tentavam chegar em seus empregos, eram mais de
30 viaturas e caveirões da Tropa." Uma força desproporcional para cerca de 100
usuários que estavam no local no momento da ação. Moradores ficaram feridos por
armas "menos letais".
Christian Braga | fevereiro 23, 2017 às 6:40 pm | Tags: Cracolândia, Luz, violência |
Categorias: Geral, mídia, Ocupações, São Paulo |
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FORA TEMER dá o tom no Carnaval de Belo Horizonte
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Quanto mais cresce e esquenta, mais
politizado vai ficando o Carnaval de rua de Belo Horizonte. Uma pequena amostra
foi dada nesse sábado, 18, quando a tradicional Banda Mole abriu a folia,
arrastando milhares de pessoas pelo Centro da cidade. Não faltaram faixas,
abadás, camisas, carimbos e adesivos estampados com o 'Fora Temer'.
Esse material deve-se ao trabalho dos
militantes do Alvorada, um criativo grupo de whatsapp que se reúne
presencialmente todas as semanas para programar iniciativas de agitação
política de esquerda em BH. Como vem acontecendo desde o ano passado, na
manhã do sábado o grupo armou a Tenda da Democracia na Praça 7, o centro
nervoso da cidade, para vender abadás, camisas e panos de chão ou de prato da
linha 'Fora Temer', além de distribuir de graça adesivos temáticos bastante
procurados pelos passantes.
"Os abadás estão fazendo o
maior sucesso", contou ao Jornalistas Livres
o engenheiro agrônomo Evandro Ferreira. "Fizemos 400 abadás Diretas Já,
mas acabou logo. Agora fizemos 400 com os dizeres 'Me beija que não sou
golpista' e mais 200 camisas 'Fora Temer', além das faixas 'Fora Temer' e de 60
mil adesivos só para o Carnaval, aproveitando a saída da Banda Mole e do bloco
Mama na Vaca, do bairro Santo Antônio.(...) Apenas no agitado bairro de Santa Tereza, onde surgiu o Clube da
Esquina, nasceram 36 novos grupos carnavalescos. Dá de tudo, de o Bloco Volta
Belchior ao Sem Prisões, este, "um bloco de carnaval
abolicionista, anti-prisional, antiproibicionista, anti-manicomial e
antipunitivista". Haja abadás!
E em Belo Horizonte não tem
esse negócio de comercializar a folia. Tudo é 0800.
"O importante é manter o
moral da tropa", diz com ar de ironia um dos
integrantes do Alvorada que prefere se identificar apenas como "Du das
Faixas". "Fizemos adesivos exclusivos para 15 blocos. Cada um recebe
mil. Até quarta-feira teremos mais 100 mil adesivos. A receptividade entre a
moçada é muito boa, todo mundo quer os adesivos. O curioso é que o 'Lula 18'
tem sido o mais procurado. Outra novidade de baixo custo que tem feito muito
sucesso são os carimbos 'Fora Temer' que distribuímos para os blocos. Todo
mundo quer ser carimbado", conta Du das Faixas, que faz questão de dizer
que não pertence a nenhum partido político, apesar de ser um incansável
militante.(...)
Jornalistas
Livres https://jornalistaslivres.org/ 2017/02/fora-temer-da-o-tom- no-carnaval-de-belo-horizonte/
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No último domingo (19), o
Aglomerado da Serra, maior favela de Minas Gerais, recebeu os Blocos Pula
Catraca + Seu vizinho.
O carnaval na periferia vem
para afirmar que esta faz parte da cidade e carrega em si toda a cultura que
representa o Brasil de forma profunda.
O carnaval no aglomerado mostra
que a festa também pode ser um ato de resistência na luta pela mobilidade
urbana.
Como diz a jornalista Eliane
Brum: “A tarifa é cara justamente porque a carne humana é barata”.
Lutemos!
Leandro Barbosa (História Incomum) | fevereiro 21, 2017 às
3:40 pm | Tags: Belo Horizonte, carnaval, Cultura, luta, passagem, Pula Catraca, Tarifa Zero, transporte público
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