domingo, 26 de fevereiro de 2017

Carnaval

Com fantasias políticas, Bloco Bastardo tem 'desfile-protesto' em SP
Bloco canta marchinhas tradicionais pelas ruas de Pinheiros.




Por Paula Paiva Paulo, G1 São Paulo
25/02/2017 21h15  
Fantasias de protesto marcaram Bloco Bastardo neste sábado (25) (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

"De "democracia assassinada" à paquita com um cartaz da famosa conversa entre Sérgio Machado e Romero Jucá, fantasias com protestos políticos marcaram o bloco Bastardo na tarde deste sábado (25) em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo.
Um folião criativo se vestiu e se maquiou de idoso e carregava uma placa: "Logo menos me aposento. #partiuSantos". O grito "fora, Temer" estava tanto no carro de som quanto pintado no corpo de folionas. Um trecho da marchinha deste ano ainda dizia "resistir, temer jamais".
O líder cubano Fidel Castro também não faltou ao bloco. Enquanto sambava, escutou um destoante 'volta para Cuba!'."

Folião foi fantasiado de Fidel Castro ao Bloco Bastardo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Tradição
"Atualmente, a minoria dos blocos de São Paulo mantém a tradição de cantar marchinhas de carnaval. Não é o caso do Bastardo, que faz encher o peito dos foliões que passam o ano esperando para cantar "Bandeira branca, amor". Com um público jovem, todos parecem conhecer hits como "Mamãe eu Quero", "As águas vão rolar" e "Aurora". (...)

Fundador do bloco, Pablo de Sousa, 38 anos, disse que o nome surgiu porque "a gente não tem pai. A gente é da rua e a rua é nossa". "A nossa ideia é fazer farra na rua sem distinção. As ruas são feitas pra dançar", completa.
  

Bloco Bastardo subindo a Rua dos Pinheiros na tarde deste sábado (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

Bastardo ocupou as ruas de Pinheiros neste sábado (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)


Instrumentos de sopro fazem parte da banda do bloco Bastardo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1) 
G1 notícias.


Carnaval sem cor. Bloco desproprocional da Polícia desfilou nas ruas da Craco

por Christian Braga 23/02/2017
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"Os repórteres dos Jornalistas Livres chegaram no fluxo da Craco, pouco depois da Tropa de Choque iniciar uma ação, que foi descrita via nota pela Secretaria de Segurança Pública, como uma "abordagem de rua".
"De dentro do fluxo, foram vistas cenas de pavor, dignas de uma operação do Terceiro Reich. Os moradores e usuários do local, que já tão cotidianamente violentados e criminalizados por uma das drogas mais terríveis do mundo, hoje, sentiram a força do braço armado da política higienista do atual prefeito de São Paulo, João Dória Jr, que já mostrou sua tônica no tratamento dessa situação: para ele, Crack não é um problema que pode ter solução com ações da pasta de saúde, é tão, e somente, um problema de Segurança Pública."
 
Foto: Christian Braga / Jornalistas Livres
A Cracolândia parecia um campo de extermínio.
"Muitos pais que levavam seus filhos à escola, corriam da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e da Tropa de Choque. Trabalhadores tentavam chegar em seus empregos, eram mais de 30 viaturas e caveirões da Tropa." Uma força desproporcional para cerca de 100 usuários que estavam no local no momento da ação. Moradores ficaram feridos por armas "menos letais".
O fotógrafo Dário Oliveira foi levado por moradores da região até o Corpo de Bombeiro, após ser atingido por uma bala letal na perna - Foto: Tadeu Amaral / Jornalistas Livres(...)
Christian Braga | fevereiro 23, 2017 às 6:40 pm | Tags: Cracolândia, Luz, violência | Categorias: Geral, mídia, Ocupações, São Paulo | URL: http://wp.me/p7pbzg-7JK

FORA TEMER dá o tom no Carnaval de Belo Horizonte

Quanto mais cresce e esquenta, mais politizado vai ficando o Carnaval de rua de Belo Horizonte. Uma pequena amostra foi dada nesse sábado, 18, quando a tradicional Banda Mole abriu a folia, arrastando milhares de pessoas pelo Centro da cidade. Não faltaram faixas, abadás, camisas, carimbos e adesivos estampados com o 'Fora Temer'.

Esse material deve-se ao trabalho dos militantes do Alvorada, um criativo grupo de whatsapp que se reúne presencialmente todas as semanas para programar iniciativas de agitação política de esquerda em BH. Como vem acontecendo desde o ano passado, na manhã do sábado o grupo armou a Tenda da Democracia na Praça 7, o centro nervoso da cidade, para vender abadás, camisas e panos de chão ou de prato da linha 'Fora Temer', além de distribuir de graça adesivos temáticos bastante procurados pelos passantes.

"Os abadás estão fazendo o maior sucesso", contou ao Jornalistas Livres o engenheiro agrônomo Evandro Ferreira. "Fizemos 400 abadás Diretas Já, mas acabou logo. Agora fizemos 400 com os dizeres 'Me beija que não sou golpista' e mais 200 camisas 'Fora Temer', além das faixas 'Fora Temer' e de 60 mil adesivos só para o Carnaval, aproveitando a saída da Banda Mole e do bloco Mama na Vaca, do bairro Santo Antônio.(...)    Apenas no agitado bairro de Santa Tereza, onde surgiu o Clube da Esquina, nasceram 36 novos grupos carnavalescos. Dá de tudo, de o Bloco Volta Belchior ao Sem Prisões, este, "um bloco de carnaval abolicionista, anti-prisional, antiproibicionista, anti-manicomial e antipunitivista". Haja abadás!

E em Belo Horizonte não tem esse negócio de comercializar a folia. Tudo é 0800.

"O importante é manter o moral da tropa", diz com ar de ironia um dos integrantes do Alvorada que prefere se identificar apenas como "Du das Faixas". "Fizemos adesivos exclusivos para 15 blocos. Cada um recebe mil. Até quarta-feira teremos mais 100 mil adesivos. A receptividade entre a moçada é muito boa, todo mundo quer os adesivos. O curioso é que o 'Lula 18' tem sido o mais procurado. Outra novidade de baixo custo que tem feito muito sucesso são os carimbos 'Fora Temer' que distribuímos para os blocos. Todo mundo quer ser carimbado", conta Du das Faixas, que faz questão de dizer que não pertence a nenhum partido político, apesar de ser um incansável militante.(...)


Carnaval Sem Catracas – Belo Horizonte

No último domingo (19), o Aglomerado da Serra, maior favela de Minas Gerais, recebeu os Blocos Pula Catraca + Seu vizinho.

Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

O carnaval na periferia vem para afirmar que esta faz parte da cidade e carrega em si toda a cultura que representa o Brasil de forma profunda.

Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

O carnaval no aglomerado mostra que a festa também pode ser um ato de resistência na luta pela mobilidade urbana.


Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres
Como diz a jornalista Eliane Brum: “A tarifa é cara justamente porque a carne humana é barata”. Lutemos!

Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres
Foto: Leandro Barbosa (História Incomum) / Jornalistas Livres

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