quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Governo colombiano e Farc

  proclamam fim do conflito armado.
Em evento que reuniu militares e guerrilheiros, governo e rebeldes celebram o início da paz, após 52 anos de conflito armado. Rebeldes se dirigem para zonas transitórias, onde entregarão armas.

Por Deutsche Welle
01/02/2017 19h54  
Foto.
Guerrilheiro se dirigem para zonas transitórias, onde ocorrem desarmamentos (Foto: HO/Prensa Bloque Sur FARC/AFP)

""O governo colombiano e as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) proclamaram nesta quarta-feira (01) o fim do conflito armado, que durou 52 anos, e o início da paz. Militares, policiais e guerrilheiros participaram de um ato celebrado no município de Fonseca, no norte do país."

"Este é um momento de alegria para o país", disse o alto-comissário para a Paz da Colômbia, Sergio Jaramillo, na zona transitória de Pondores, um dos 26 locais onde os rebeldes se reúnem para entregar as armas e para a desmobilização.

"Pelo menos 6.300 guerrilheiros das Farc devem se reunir até o final de semana em zonas de transição. Nos próximos 120 dias, os rebeldes deixaram as armas e aqueles que forem beneficiados por indultos ou pela Lei da Anistia poderão retornar à sociedade e estarão livres para fazer o que quiserem."

"Jaramillo afirmou ainda que "não é fácil" o caminho que os guerrilheiros têm de fazer até às zonas transitórias devido à geografia e às condições meteorológicas.
Além de Jaramillo, o chefe do Comando Estratégico de Transição, general Javier Flórez, e o número dois das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como Iván Márquez, participaram da cerimônia."

"A paz com as Farc é uma realidade na Colômbia", destacou Flórez, apertando a mão de alguns guerrilheiros. "A paz na Colômbia é possível", acrescentou Arango.
Em 52 anos, o conflito na Colômbia, o mais longo da América, provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de deslocados internos. Após uma primeira tentativa de estabelecer o fim do conflito ser rejeitada num referendo, o governo e as Farc assinaram em novembro um novo acordo de paz.


G1 NOTICIAS

Ministro do STF defende legalização da maconha e da cocaína contra crise penitenciária.
 
 01/02/2017 às 17:25 em: Diversos, Judiciário, Polêmica, Polícia, Segurança

O ministro Luiz Roberto Barroso durante a sessão do STF nesta quarta – Jorge William / Agência O Globo


"O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira a legalização da maconha como forma de aliviar a crise do sistema penitenciário brasileiro. Segundo ele, a medida desmontaria o tráfico de drogas e, com isso, o número de condenados diminuiria. Barroso afirmou que, se a experiência desse certo com a maconha, seria o caso de legalizar também a cocaína."

—" A primeira etapa, ao meu ver, deve ser a descriminalização da maconha. Mas não é descriminalizar o consumo pessoal, é mais profundo do que isso. A gente deve legalizar a maconha. Produção, distribuição e consumo. Tratar como se trata o cigarro, uma atividade comercial. Ou seja: paga imposto, tem regulação, não pode fazer publicidade, tem contrapropaganda, tem controle. Isso quebra o poder do tráfico. Porque o que dá poder ao tráfico é a ilegalidade. E, se der certo com a maconha, aí eu acho que deve passar para a cocaína e quebrar o tráfico mesmo — disse o ministro."

"Barroso ressaltou que a posição dele não é ideológica a favor das drogas, mas pelo combate ao tráfico e à criminalidade."

— "A minha proposta não é ideológica. Não acho que droga seja bom. Não é como liberdade de  imprensa, não sou a favor de droga. Eu sou contra a criminalização como ela é feita no Brasil, porque as consequências são piores do que os benefícios. Eu educo meus filhos numa cultura de não consumir droga. Mas acho que a melhor forma de combater a droga é legalizando — afirmou Barroso."


"O plenário STF começou a analisar um processo que pede a descriminalização do porte de drogas, mas um pedido de vista do ministro Teori Zavascki interrompeu o julgamento. Com a morte do ministro, o sucessor dele, que ainda não foi escolhido pelo presidente Michel Temer, vai herdar o processo. A expectativa é de que o caso demore até ser devolvido ao plenário, porque o novato ainda teria que estudar o caso antes de elaborar o voto."

 Ver matéria completa no Globo


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