proclamam fim do conflito
armado.
Em evento
que reuniu militares e guerrilheiros, governo e rebeldes celebram o início da
paz, após 52 anos de conflito armado. Rebeldes se dirigem para zonas
transitórias, onde entregarão armas.
Por Deutsche Welle
01/02/2017
19h54
Foto.
Guerrilheiro se dirigem para zonas
transitórias, onde ocorrem desarmamentos (Foto: HO/Prensa Bloque Sur FARC/AFP)
""O governo colombiano e as Forças Revolucionárias da
Colômbia (Farc) proclamaram nesta quarta-feira (01) o fim do conflito armado,
que durou 52 anos, e o início da paz. Militares, policiais e guerrilheiros
participaram de um ato celebrado no município de Fonseca, no norte do país."
"Este é um momento de alegria para o
país", disse o alto-comissário para a Paz da Colômbia, Sergio Jaramillo,
na zona transitória de Pondores, um dos 26 locais onde os rebeldes se reúnem
para entregar as armas e para a desmobilização.
"Pelo menos 6.300 guerrilheiros das Farc devem se
reunir até o final de semana em zonas de transição. Nos próximos 120 dias, os
rebeldes deixaram as armas e aqueles que forem beneficiados por indultos ou
pela Lei da Anistia poderão retornar à sociedade e estarão livres para fazer o
que quiserem."
"Jaramillo afirmou ainda que "não é fácil"
o caminho que os guerrilheiros têm de fazer até às zonas transitórias devido à
geografia e às condições meteorológicas.
Além de Jaramillo, o chefe do Comando Estratégico
de Transição, general Javier Flórez, e o número dois das Farc, Luciano Marín
Arango, conhecido como Iván Márquez, participaram da cerimônia."
"A paz com as Farc é uma realidade na
Colômbia", destacou Flórez, apertando a mão de alguns guerrilheiros.
"A paz na Colômbia é possível", acrescentou Arango.
Em 52 anos, o conflito na Colômbia, o mais longo da
América, provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de
deslocados internos. Após uma primeira tentativa de estabelecer o fim do
conflito ser rejeitada num referendo, o governo e as Farc assinaram em novembro
um novo acordo de paz.
G1 NOTICIAS
Ministro do STF defende
legalização da maconha e da cocaína contra crise penitenciária.
01/02/2017
às 17:25 em: Diversos, Judiciário, Polêmica, Polícia, Segurança
O ministro Luiz Roberto Barroso
durante a sessão do STF nesta quarta – Jorge William / Agência O Globo
"O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF),
defendeu nesta quarta-feira a legalização da maconha como forma de aliviar a
crise do sistema penitenciário brasileiro. Segundo ele, a medida desmontaria o
tráfico de drogas e, com isso, o número de condenados diminuiria. Barroso
afirmou que, se a experiência desse certo com a maconha, seria o caso de legalizar
também a cocaína."
—" A primeira etapa, ao meu ver, deve ser a descriminalização da maconha.
Mas não é descriminalizar o consumo pessoal, é mais profundo do que isso. A
gente deve legalizar a maconha. Produção, distribuição e consumo. Tratar como
se trata o cigarro, uma atividade comercial. Ou seja: paga imposto, tem
regulação, não pode fazer publicidade, tem contrapropaganda, tem controle. Isso
quebra o poder do tráfico. Porque o que dá poder ao tráfico é a ilegalidade. E,
se der certo com a maconha, aí eu acho que deve passar para a cocaína e quebrar
o tráfico mesmo — disse o ministro."
"Barroso ressaltou que a posição dele não é ideológica a favor das
drogas, mas pelo combate ao tráfico e à criminalidade."
— "A minha proposta não é ideológica. Não acho que droga seja bom. Não é
como liberdade de imprensa, não sou a
favor de droga. Eu sou contra a criminalização como ela é feita no Brasil,
porque as consequências são piores do que os benefícios. Eu educo meus filhos
numa cultura de não consumir droga. Mas acho que a melhor forma de combater a
droga é legalizando — afirmou Barroso."
"O plenário STF começou a analisar um processo que pede a
descriminalização do porte de drogas, mas um pedido de vista do ministro Teori
Zavascki interrompeu o julgamento. Com a morte do ministro, o sucessor dele,
que ainda não foi escolhido pelo presidente Michel Temer, vai herdar o
processo. A expectativa é de que o caso demore até ser devolvido ao plenário,
porque o novato ainda teria que estudar o caso antes de elaborar o voto."
Ver matéria
completa no Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário