sexta-feira, 26 de maio de 2017

RETROCESSO


“Função da Câmara no golpe é mudar leis para beneficiar multinacionais”, diz deputado.
“Padre João (PT-MG) chama a atenção para MPs que beneficiam agronegócio e negligenciam comunidades tradicionais.”
Raíssa Lopes
Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) - 26 de Maio de 2017 às 09:17
Padre João: “TV Globo é veículo de expressão do capital financeiro” / Geraldo Magela Agência Senado

“Em entrevista ao Brasil de Fato MG, o deputado federal Padre João (PT) reflete sobre a situação da Câmara dos Deputados após o golpe de 2016. Ele avalia os objetivos do afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT), as consequências do atual período histórico para as pautas do campo, e alerta para o abandono dos povos indígenas e das comunidades quilombolas, pautas constantes em seu mandato.”

Brasil de Fato - Como você analisa o cenário geral da Câmara dos Deputados após o golpe de 2016?

“Padre João - O golpe foi uma ação, dentre tantas outras, patrocinadas pelo capital estrangeiro. Ele tem interesses econômicos e usou aparatos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que, conjuntamente, procuram cumprir o papel que o golpe exige. É assim com o Ministério Público (MP) e com a Polícia Federal, por exemplo. A Câmara também procura fazer a função que lhe cabe, que é mudar uma gama enorme de legislações, seja através de Projetos de Lei (PL), Medidas Provisórias (MP) ou Propostas de Emendas à Constituição (PECs).”
“As grandes mudanças que aconteceram em relação ao pré-sal já estão tendo desdobramentos em relação à venda de boa parte da Petrobras, assim como o congelamento de investimentos na educação, saúde e demais áreas já está colocado. Também já tivemos mudanças a respeito da terceirização.”
“Agora vemos o governo desejando colocar em prática o que ele chama de reforma trabalhista e da Previdência, e, para além disso, convivemos com alterações na lei de terras, lei do agrotóxico, lei de sementes e cultivares, etc. É uma série de legislações para atender às multinacionais, que foram os agentes que financiaram o golpe.”
“E essas empresas já estão colhendo os frutos do que fizeram. Na Câmara, foram firmados pactos de bancadas internas: tem a “da bíblia”, a “do boi”, a “da bala”. Elas têm uma agenda imensamente moralista, que está casada com essa agenda econômica, baseada em uma farsa de mais empregos e mais renda, mas que só leva para o fundo do poço.
 “É importante uma reação popular – já iniciada – para conter esses desdobramentos, mas já foi feito um estrago muito grande e, com essa conformidade da Câmara, estragos ainda maiores estão por vir.(...)”
Edição: Joana Tavares
Transcrito do Brasil de Fato.
Ver matéria completa no site abaixo:


“A convite do Brasil, tropas dos EUA participarão de exercício militar na Amazônia.”

Objetivo da operação na fronteira é fortalecer a "capacidade de pronta resposta" e de "enfrentamento de ilícitos", dizem

Redação -05 de Maio de 2017 às 08:48
Exército brasileiro nega que a operação conjunta com EUA e países da região sirva como embrião para uma base multinacional na Amazônia / Sd Rafael/Exército Brasileiro


“O Exército brasileiro convidou tropas dos Estados Unidos para participar de um exercício militar inédito na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, informou nesta quinta-feira (04/05) a BBC Brasil.”

“A Operação América Unida será realizada em novembro e estará baseada na cidade de Tabatinga, no Amazonas, que faz fronteira com Letícia, na Colômbia, e Santa Rosa, no Peru – a cerca de 700 quilômetros da fronteira entre Brasil e Venezuela.”
“Segundo o Exército informou à BBC Brasil, a operação terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de uma base multinacional formada por tropas brasileiras, colombianas, peruanas e norte-americanas.
As Forças Armadas brasileiras classificaram a base internacional como “uma experiência inédita” no país, que irá abrigar, além das tropas, equipamentos militares, de logística e de comunicação.(...)"
Ver matéria completa no site abaixo:

https://www.brasildefato.com.br/2017/05/05/a-convite-do-brasil-tropas-dos-eua-participarao-de-exercicio-militar-na-amazonia/

“Artigo | 24 de maio: dor, revolta e gratidão.”

“Homens e mulheres enfrentando longas viagens para poder ter a oportunidade de dar voz a dezenas de milhões de pessoas”.
Aristóteles Cardona
Brasil de Fato | Recife (PE) -26 de Maio de 2017 às 09:00
Aristóteles Cardona Júnior é Médico de Família no Sertão pernambucano, Professor da Univasf e militante da Frente Brasil Popular-Pernambuco / Arquivo pessoal. 
 “No momento em que terminava o meu café, para finalizar detalhes da coluna desta semana, pude acompanhar com um pouco mais de detalhe o que se passava em Brasília. Já havia passado os últimos dias com um misto de ansiedade e ânimo.”
“Certamente a ansiedade por estarmos vivendo este triste momento em nosso País, com um governo federal que não tem legitimidade alguma e que tem trabalhado para retirar direitos que ainda nos restam como a aposentadoria, por exemplo. Ao mesmo tempo, posso falar de um ânimo também, afinal de contas, grande parte da população brasileira já compreendeu todo o mal que temos vivido e da importância hoje de realizarmos novas eleições no Brasil.”
“Porém, o dia 24 de maio de 2017 trouxe dois sentimentos com força: dor e revolta. Posso explicar: este dia foi escolhido por várias Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, como a Frente Brasil Popular, para uma ocupação de Brasília. E o que isso quer dizer? Um dia para que pessoas de todo o Brasil pudessem mostrar bem de pertinho, no centro do poder, que o povo não está contente com os rumos da nação. E que o povo também quer ter o direito de volta de votar para Presidência da República.”
Ver matéria completa no site abaixo

Nenhum comentário:

Postar um comentário