“Dez camponeses são assassinados no Pará;
presidenta do sindicato é uma das vítimas.”
“Movimentos da região afirmam que acampamento estava sendo alvo de
mandado de reintegração de posse.”
Lilian Campelo
Brasil de Fato | Belém (PA)
- 24 de Maio
de 2017 às 20:33
Informações preliminares dão conta que ainda há 14 pessoas feridas
durante ação policial / Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil
“Nove homens e uma mulher foram mortos em um
acampamento na fazenda Santa Lúcia, localizada no município
de Pau D’Arco, a cerca de 60 km da cidade de Redenção, sudeste do
Pará, nesta quarta-feira (24). As mortes ocorreram em função de uma ação
das Polícias Civil e Militar.”
“De acordo com Andreia Silvério, advogada da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Marabá (PA), as informações ainda são poucas, mas ela aponta que a ação policial contra os trabalhadores rurais ocorreu durante um processo de reintegração de posse da fazenda, que tem 5 mil hectares.”(...)
“De acordo com o integrante da Liga
dos Camponeses Pobres (LCP-PA) Paulo Oliveira, entre os mortos está a
presidenta da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pau
D’Arco, além de outras 14 pessoas que foram baleadas. Ele destaca
ainda que a fazenda Santa Lúcia foi grilada e pertence à família Babinsk.(...)”
Edição: Vivian Fernandes
Transcrito do site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2017/05/24/dez-camponeses-sao-assassinados-no-para-presidenta-do-sindicato-e-uma-das-vitimas/
“Nova chacina no Pará expõe
a fragilidade do Estado na resolução de conflitos no campo.”
"Os massacres ocasionados por
disputa de terra em todo o Brasil têm ficado cada vez mais intensos. De acordo
com a CPT, em 2016 foram registrados 61 assassinatos em conflitos, o maior
número desde o início do monitoramento da entidade25 de maio de 2017 17h00"
Por Maura Silva
Da Página do MST
“Dez posseiros - uma mulher e nove homens - foram
assassinados na manhã desta quarta-feira (24), no acampamento Nova Vida,
localizado na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’Arco, no Pará.”
“A chacina começou a ganhar repercussão com a divulgação de imagens dos corpos
das vítimas que, segundo veículos de comunicação local, foram levados por
policiais para o necrotério do Hospital Municipal de Redenção e depois
transferidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá e de Paraupebas.”(...)
Armas que, segundo os policias, foram apreendidas
na cena do crime .
Escalada de
violência e conivência do Estado.
“Para Ayala Ferreira, da Direção Nacional do MST, que acompanha os casos
de violência no Pará, o governo do estado está novamente usando o discurso que
criminaliza a luta por terra na região. “
“Em 1996, quando aconteceu o massacre de Eldorado dos Carajás, a polícia falou
em confronto. Esse, aliás, é o discurso utilizado em todos os massacres, seja
no campo ou na cidade. O que vale ressaltar aqui é que foi um ‘confronto’ em
que só morreram acampados. Nenhum policial envolvido na ação foi identificado
até o momento.
A própria PM desarmou o cenário do conflito ao retirar os corpos e carregá-los amontoados em uma caminhonete até
Redenção”, concluiu.
“Os massacres ocasionados por disputa de terra em todo o Brasil têm
ficado cada vez mais intensos. De acordo com a CPT, em 2016 foram registrados
61 assassinatos em conflitos, o maior número desde o início do monitoramento da
entidade, em 2003. Em 2017, o total de mortes chegou a 26, sem contar os casos
de ontem.(...)”
*Editado por Leonardo Fernandes
Transcrito do site abaixo:
http://www.mst.org.br/2017/05/25/nova-chacina-no-para-expoe-a-fragilidade-do-estado-na-resolucao-de-conflitos-no-campo.html
“Pará: Entidades vão denunciar mortes de trabalhadores rurais na ONU.”
“Apenas em uma semana foram registrados sete assassinatos de lideranças do campo no estado.”
Lilian Campelo
Brasil de Fato | Belém (PA) - 08
de Maio de 2017 às 20:09
Em
menos de 24 horas duas pessoas foram mortas, uma delas com requintes de
crueldade / Lilian Campelo/ Brasil de Fato
“Diante do cenário de
violência que vem se intensificando no estado do Pará, entidades da sociedade
civil e movimentos sociais do campo e da cidade realizaram uma coletiva de
imprensa em Belém nesta segunda-feira (8) para dar uma resposta aos ataques
cometidos contra lideranças e trabalhadores rurais. Em uma semana Fo ram registrados
sete assassinatos na região.”
“A Ordem dos Advogados
(OAB-PA), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e
a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) anunciaram durante
coletiva que irão mobilizar frentes para denunciar a violência no campo e
cobrar das instituições do governo medidas de proteção para lideranças.”(...)
Edição: José Eduardo Bernardes
Transcrito do site abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário