quinta-feira, 8 de junho de 2017

O maior desastre ambiental do país

“Impasse no processo de licenciamento foi causado pela Samarco, diz prefeito de Santa Bárbara”.
“Cidade mineira é a única na área de atuação da empresa que ainda não assinou carta de conformidade. Documento é necessário para que a Samarco tenha uma das duas licenças necessárias para voltar a operar.”


Por Thais Pimentel, G1 MG, Belo Horizonte
06/06/2017 20h18  

Bombeiros procuram por vítimas de rompimento da barragem em Bento Rodrigues, em Mariana (Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

“O município não tem interesse em limitar o desenvolvimento, mas tem interesse em uma atitude equilibrada”, “disse o prefeito de Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais, Leris Felisberto Braga (PHS), após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que obrigava o município a se posicionar sobre a atuação da mineradora Samarco no local.”
Há quase dois anos, em Mariana, na Região Central do estado, a barragem de Fundão, da Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, se rompeu provocando a morte de 19 pessoas. O tsunami de lama ainda destruiu distritos e devastou todo o leito do Rio Doce   em Minas Gerais, até o Oceano Atlântico. A mineradora não opera desde a tragédia.” 
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Santa Bárbara é a única entre as cidades que abrigam empreendimentos da empresa que ainda não assinou a carta de conformidade, documento que permitiria à empresa receber uma das duas licenças necessárias para a retomada de suas atividades. A outra se refere ao Sistema de Disposição de Rejeitos da Cava Alegria Sul, que permitiria o retorno das operações com 60% da capacidade produtiva. De acordo com a Samarco, o processo aguarda deliberação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).”

“O prefeito alega que o impasse foi provocado pela própria mineradora já que, ao invés de apresentar o estudo para avaliação, decidiu entrar na Justiça.”

“Nós não somos contrários à volta das atividades da Samarco. Pelo contrário. O município precisa da mineração. Muitos empregos e o desenvolvimento da cidade dependem disso. Apenas estamos cumprindo com a legislação. A Samarco pode resolver esse problema apenas respeitando a Lei de Uso e Ocupação do Solo”, “disse o prefeito. Cerca de 30% da receita de Santa Bárbara vêm da mineração.”
Fachada da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, em Mariana (MG) (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

 globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/santa-barbara-quer-que-samarco-apresente-estudo-para-decidir-sobre-possivel-volta-das-operacoes-da-mineradora.

Ambientalista alerta sobre riscos de espuma do rio Tietê: 'Não é tóxica, mas é nociva à saúde'

Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, presidente da Sabesp afirmou que não há perigo, mas especialista explica que contato pode causar doenças.



“A cena é frequente e chama a atenção toda vez que aparece em abundância no trecho do Rio Tietê em Salto (SP): a famosa espuma branca com forte odor.”


“A formação de espumas, como ocorre frequentemente no Rio Tietê ao longo das cidades de Santana de Parnaíba, Salto e Pirapora do Bom Jesus, está relacionada principalmente a baixa vazão da água, a presença de esgotos domésticos não tratados que dificultam a decomposição de detergentes domésticos.”

“Diante disso, a coordenadora de águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, alerta sobre a falsa ideia de que a declaração do presidente da Sabesp pode causar ao considerar que a espuma é a mesma causada pelos produtos de limpeza.”
“Na verdade, segundo a especialista, a espuma é extremamente nociva à saúde e pode causar várias doenças.”
Espuma do rio Tietê invadiu rua 24 de outubro em Salto (Foto: João Conti/Arquivo Pessoal)

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