segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

CARNAVAL E RESISTÊNCIA

Já é carnaval, cidade! E qual é o seu bloco?

“Mercantilização da festa e resistência popular são parte das contradições do carnaval de Salvador.”

Brasil de Fato | Salvador (BA) 8 de Fevereiro de 2018 às 11:28
O bloco afro Didá é formando inteiramente por mulheres e possue cerca de 3.000 associadas. / Reprodução.




“Para baianos e baianas não há controvérsia: o carnaval de Salvador é a maior festa de rua do mundo. Durante os seis (sim, seis) dias oficiais de folia, blocos de trio convivem com a pipoca – cada vez mais espremida pelos camarotes nos circuitos mais famosos - estrelas disputam qual a música mais tocada enquanto cordeiros, ambulantes e catadores de latinhas buscam formas alternativas de renda, tudo isso em meio à euforia popular. É uma 
festa que expõe o melhor e o pior da capital baiana.”

“Não dá para imaginar que o carnaval pudesse ser algo diferente do que é essa cidade. Então as pessoas olham para o Carnaval e acham um absurdo o racismo e a diferença de classes, mas isso é a cidade. O que o Carnaval faz é expressar de forma amplificada todas as mazelas”, explica o professor e pesquisador do carnaval e festas populares Paulo César Miguez. No dia 05 de fevereiro, Miguez, que também é vice-reitor da Universidade Federal da Bahia, bateu um papo sobre a festa em evento promovido pelo Velho Espanha Bar, tradicional espaço no bairro dos Barris em Salvador. carnavalesco assumido, o professor destacou o caráter rebelde da festividade: “aqui [no Brasil] a festa cumpre um papel extremamente importante: fazer a festa aqui era resistir ao horror da escravidão. Quando um escravo dançava ele estava desafiando a lógica mesma da escravidão, porque ele estava tomando de volta a posse do seu corpo que, quando não estava na festa, era voltado ao trabalho. Então fazer a festa era roubar tempo ao trabalho, era se insurgir contra a escravidão. E a festa nunca deixou de ser um espaço de resistência das culturas populares do nosso país”.(...)
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/08/ja-e-carnaval-cidade-e-qual-e-o-seu-bloco.
“Paraíso do Tuiuti denuncia golpe e critica reformas do governo Temer na Sapucaí”.
Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, escola fez duras críticas ao atual momento político
Redação - Brasil de Fato São Paulo-12 de Fevereiro de 2018 às 10:46

A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”. / Mídia Ninja

Michel Temer "vampiro", paneleiros com camisetas do Brasil e patos da Fiesp sendo controlados pela mídia, críticas às reformas trabalhista e da Previdência. Esses foram os temas trabalhados pela escola de samba Paraíso do Tuiuti na noite desta segunda-feira (11) na passarela da Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ).
"Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os 130 anos da Lei Áurea, a agremiação denunciou o golpe parlamentar de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e fez duras crítica ao atual governo de Michel Temer (MDB). Em uma das alas, como a reforma trabalhista e da Previdência representariam essa nova escravidão no Brasil."
“Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas querem se manifestar e é forma de manifestar da minha parte”, disse em entrevista professor de história Léo Morais, que interpretou o Michel Temer Vampiro na última alegoria da escola, intitulada “Navio neo tumbeiro”.
"Outra ala de destaque no desfile da Tuiuti foi a dos “manifestantes fantoches”, que ironizou os chamados paneleiros que saíram às ruas com camisetas do Brasil pedindo o impeachment de Dilma. A escola de samba utilizou mãos gigantes representando a mídia, que controlava esses paneleiros envolvidos por patos amarelos, em referência à campanha da Fiesp contra o aumento de impostos que inflamou a população contra o governo petista."
"A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”, rapidamente abafado pela transmissão da Globo."
Edição: Luiz Felipe Albuquerque
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/12/paraiso-do-tuiuti-denuncia-golpe-e-critica-reformas-do-governo-temer-na-sapucai/
Ala da Tuiuti ironiza manifestantes "fantoches" (Foto: Reprodução/TV Globo).







PARABÉNS  IVETE  E  FAMÍLIA.

Daniel Cade
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 Sobre auxílios e hipocrisia


Beatriz Cerqueira06 de Fevereiro de 2018 às 16:08

 "É preciso nos questionarmos sobre que país é este, onde o que incomoda não é o auxílio do juiz, mas a política de combate à fome" / Reprodução

“É preciso, na lógica da elite, humilhar o pobre, para que ele perca a dignidade.”

“Foi de um grupo de WhatsApp que recebi o cartaz. Nele uma mulher, negra, deitada numa rede, pergunta ao telefone”: "Alô, é da Caixa? Já depositaram meu Bolsa Família, Bolsa Escola, seguro desemprego?"


“No momento em que se desnudam os "auxílios" que são, na verdade, privilégios a magistrados e políticos, deveríamos nos perguntar: em que país vivemos onde o auxílio-moradia de um juiz é superior ao salário de uma professora? Que valores temos ou queremos construir como sociedade? Também é preciso nos questionarmos sobre que país é este de desigualdades estruturais, onde o que incomoda não é o auxílio do juiz, mas a política de combate à fome!” 


“O deboche sobre políticas sociais desnuda a hipocrisia em nossa sociedade. O neoliberalismo tenta nos convencer que a meritocracia deve ser o maior valor de uma sociedade. Se você não tem algo, a culpa seria sua, pois você não teve mérito para conseguir. As pessoas passariam fome por mérito próprio. Estão desempregadas por mérito próprio. Não conseguiram concluir os estudos porque não se esforçaram o suficiente! É este o nosso problema? Não basta manter a injustiça social. É preciso, na lógica da elite, humilhar o pobre, para que ele perca a dignidade. E com isso a condição de lutar para mudar a sua realidade. É disso que se trata!” 


“Um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo é proprietário de 60 imóveis e recebe auxílio-moradia. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais "investe" R$53 milhões no mesmo auxílio, além dos juízes terem agora o direito de receber três meses de salário a mais, a cada cinco anos, a título de férias-prêmio. Também podem ser incentivados a manterem a leitura em dia com o auxílio-livro, superior ao salário de uma professora do estado com mestrado. A primeira votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 2015 foi o retorno do mesmo auxílio-moradia. Um Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, que tem salário de R$30 mil, também pode receber o seu auxílio-saúde que pode chegar a R$3 mil por mês.
“No Rio de Janeiro, os membros do Ministério Público contam com auxílio-educação de quase R$1 mil por filho dependente de até 24 anos. Os Tribunais do Maranhão e São Paulo também "ajudam" seus desembargadores a comprarem livros, já que seus salários são insuficientes para este importante investimento, disponibilizando auxílios que podem chegar a R$5 mil. Um juiz de Curitiba justificou receber o auxílio para "compensar" a ausência de reajuste do salário de mais de R$25 mil. A que auxílio o povo recorre para compensar a política de austeridade em que é colocado? A que auxílio recorreremos nós, todos as professoras do Brasil, que não recebemos o Piso Salarial? A que auxílio recorrerá todos os Agentes Comunitários de Saúde que não recebem o Piso salarial? A que auxílio recorrerá o aposentado?”(...)
Edição: Joana Tavares.
Ver  matéria completa no site abaixo:

"Em clima festivo, Blocolândia, bloco de carnaval da Cracolândia, sai às ruas de SP."

“Não são zumbis, eles gostam de dançar e tocam muito bem”, afirma organizador”.


Edição: Simone Freire
Julia Dolce / Brasil de Fato.
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/09/em-clima-festivo-blocolandia-bloco-de-caval-da-cracolandia-sai-as-ruas-de-sp/

"Ilê Aiyê batiza bloco afro que celebra a ancestralidade no carnaval de São Paulo".

“Durante passagem por São Paulo, grupo baiano apadrinhou o primeiro bloco afirmativo da cidade composto apenas por negros”.

Brasil de Fato | São Paulo (SP) 6 de Fevereiro de 2018 .
Bloco negro de São Paulo canta o amor e o afeto em sua segunda saída na última segunda-feira / Fotos: Nego Júnior


“O primeiro bloco de carnaval com todos os integrantes negros no Brasil surgiu no Curuzu, bairro de Salvador, na Bahia, em 1974. O Ilê Aiyê nasce de uma postura combativa de negros soteropolitanos que não se conformaram com a falta de espaço no carnaval baiano.”
“Em sua passagem por São Paulo, nos dias 2 e 3 de fevereiro, entre shows lotados, o Ilê Aiyê participou de uma cerimônia de batismo na qual fez o apadrinhamento simbólico do bloco afirmativo paulistano Ilú Inã, que também é totalmente composto por integrantes negros.
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/06/ile-aiye-batiza-bloco-afro-que-celebra-a-ancestralidade-no-carnaval-de-sao-paulo/
“Bloco Ilú Obá De Min abre carnaval de rua de SP e homenageia mulheres quilombolas”.
        “A Associação enaltece os tambores para Xangô com percussionistas exclusivamente mulheres” 
Norma Odara
Brasil de Fato | São Paulo (SP) 10 de Fevereiro de 2018 às 10:48

O Bloco do Ilú promove cortejo por ruas do centro de São Paulo, abrindo carnaval de rua e levando empoderamento às mulheres do tambor / Mídia Ninja.
 “Rememorando o legado de mulheres quilombolas como Akotirene, Dandara, Luíza Mahin, Tereza de Benguela, Teresa do Quariterê e tantas outras, o bloco afro Ilú Obá De Min carrega multidões no carnaval paulistano.”

“O Brasil de Fato conversou com a produtora da Associação Ilú Obá de Min, Baby Amorim, que falou sobre os trabalhos de pesquisa do Ilú, as oficinas de vozes, percussão, o tradicional bloco percussivo que abre o carnaval de rua de São Paulo. Além disso ressaltou a importância do combate ao racismo e ao machismo em diversos campos, no Ilú através do tambor, da arte e da religião de matriz africana."(...)
Edição: Anelize Moreira
  https://www.brasildefato.com.br/2018/02/10/bloco-ilu-oba-de-min-abre-carnaval-de-rua-de-sp-homenageando-mulheres-quilombolas/



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