Já é carnaval, cidade! E qual é o seu bloco?
“Mercantilização da festa e resistência
popular são parte das contradições do carnaval de Salvador.”
Carolina Guimarães
Brasil de Fato | Salvador (BA) 8
de Fevereiro de 2018 às 11:28

festa que expõe o melhor e o pior da capital baiana.”
“Não dá para imaginar que o carnaval pudesse ser algo diferente do que é essa cidade. Então as pessoas olham para o Carnaval e acham um absurdo o racismo e a diferença de classes, mas isso é a cidade. O que o Carnaval faz é expressar de forma amplificada todas as mazelas”, explica o professor e pesquisador do carnaval e festas populares Paulo César Miguez. No dia 05 de fevereiro, Miguez, que também é vice-reitor da Universidade Federal da Bahia, bateu um papo sobre a festa em evento promovido pelo Velho Espanha Bar, tradicional espaço no bairro dos Barris em Salvador. carnavalesco assumido, o professor destacou o caráter rebelde da festividade: “aqui [no Brasil] a festa cumpre um papel extremamente importante: fazer a festa aqui era resistir ao horror da escravidão. Quando um escravo dançava ele estava desafiando a lógica mesma da escravidão, porque ele estava tomando de volta a posse do seu corpo que, quando não estava na festa, era voltado ao trabalho. Então fazer a festa era roubar tempo ao trabalho, era se insurgir contra a escravidão. E a festa nunca deixou de ser um espaço de resistência das culturas populares do nosso país”.(...)
“Não dá para imaginar que o carnaval pudesse ser algo diferente do que é essa cidade. Então as pessoas olham para o Carnaval e acham um absurdo o racismo e a diferença de classes, mas isso é a cidade. O que o Carnaval faz é expressar de forma amplificada todas as mazelas”, explica o professor e pesquisador do carnaval e festas populares Paulo César Miguez. No dia 05 de fevereiro, Miguez, que também é vice-reitor da Universidade Federal da Bahia, bateu um papo sobre a festa em evento promovido pelo Velho Espanha Bar, tradicional espaço no bairro dos Barris em Salvador. carnavalesco assumido, o professor destacou o caráter rebelde da festividade: “aqui [no Brasil] a festa cumpre um papel extremamente importante: fazer a festa aqui era resistir ao horror da escravidão. Quando um escravo dançava ele estava desafiando a lógica mesma da escravidão, porque ele estava tomando de volta a posse do seu corpo que, quando não estava na festa, era voltado ao trabalho. Então fazer a festa era roubar tempo ao trabalho, era se insurgir contra a escravidão. E a festa nunca deixou de ser um espaço de resistência das culturas populares do nosso país”.(...)
Ver matéria completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/08/ja-e-carnaval-cidade-e-qual-e-o-seu-bloco.
“Paraíso do Tuiuti denuncia golpe e critica
reformas do governo Temer na Sapucaí”.
Com o enredo “Meu Deus, meu Deus,
está extinta a escravidão?”, escola fez duras críticas ao atual momento
político
Redação - Brasil de Fato São Paulo-12 de
Fevereiro de 2018 às 10:46

Michel Temer "vampiro", paneleiros com camisetas do
Brasil e patos da Fiesp sendo controlados pela mídia, críticas às reformas
trabalhista e da Previdência. Esses foram os temas trabalhados pela escola
de samba Paraíso do Tuiuti na noite desta segunda-feira (11) na passarela
da Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ).
"Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os
130 anos da Lei Áurea, a agremiação denunciou o golpe parlamentar de 2016
contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e fez duras crítica ao atual
governo de Michel Temer (MDB). Em uma das alas, como a reforma
trabalhista e da Previdência representariam essa nova escravidão no Brasil."
“Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo
mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas
querem se manifestar e é forma de manifestar da minha parte”, disse em
entrevista professor de história Léo Morais, que interpretou o Michel Temer Vampiro
na última alegoria da escola, intitulada “Navio neo tumbeiro”.
"Outra ala de destaque no desfile da Tuiuti foi a dos “manifestantes
fantoches”, que ironizou os chamados paneleiros que saíram às ruas com
camisetas do Brasil pedindo o impeachment de Dilma. A escola de samba
utilizou mãos gigantes representando a mídia, que controlava esses paneleiros
envolvidos por patos amarelos, em referência à campanha da Fiesp contra o
aumento de impostos que inflamou a população contra o governo petista."
"A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que
aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”, rapidamente abafado
pela transmissão da Globo."
Edição: Luiz Felipe Albuquerque
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/12/paraiso-do-tuiuti-denuncia-golpe-e-critica-reformas-do-governo-temer-na-sapucai/
Ala da
Tuiuti ironiza manifestantes "fantoches" (Foto: Reprodução/TV Globo).
PARABÉNS IVETE E FAMÍLIA.
.
Sobre
auxílios e hipocrisia
Beatriz Cerqueira06
de Fevereiro de 2018 às 16:08
“É preciso, na lógica da elite, humilhar o pobre, para que ele perca a
dignidade.”
“Foi de um grupo de WhatsApp que recebi o cartaz. Nele uma mulher,
negra, deitada numa rede, pergunta ao telefone”: "Alô, é da Caixa? Já
depositaram meu Bolsa Família, Bolsa Escola, seguro desemprego?"
“No momento em que se desnudam os "auxílios" que são, na verdade,
privilégios a magistrados e políticos, deveríamos nos perguntar: em que país
vivemos onde o auxílio-moradia de um juiz é superior ao salário de uma
professora? Que valores temos ou queremos construir como sociedade? Também é
preciso nos questionarmos sobre que país é este de desigualdades estruturais,
onde o que incomoda não é o auxílio do juiz, mas a política de combate à fome!”
“O deboche sobre políticas sociais desnuda a hipocrisia em nossa sociedade. O
neoliberalismo tenta nos convencer que a meritocracia deve ser o maior valor de
uma sociedade. Se você não tem algo, a culpa seria sua, pois você não teve
mérito para conseguir. As pessoas passariam fome por mérito próprio. Estão
desempregadas por mérito próprio. Não conseguiram concluir os estudos porque
não se esforçaram o suficiente! É este o nosso problema? Não basta manter
a injustiça social. É preciso, na lógica da elite, humilhar o pobre, para que
ele perca a dignidade. E com isso a condição de lutar para mudar a sua
realidade. É disso que se trata!”
“Um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo é proprietário de 60
imóveis e recebe auxílio-moradia. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"investe" R$53 milhões no mesmo auxílio, além dos juízes terem
agora o direito de receber três meses de salário a mais, a
cada cinco anos, a título de férias-prêmio. Também
podem ser incentivados a manterem a leitura em dia com o
auxílio-livro, superior ao salário de uma professora do estado com mestrado. A
primeira votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 2015 foi o
retorno do mesmo auxílio-moradia. Um Conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado de Minas Gerais, que tem salário de R$30 mil, também pode receber o
seu auxílio-saúde que pode chegar a R$3 mil por mês.
“No Rio de Janeiro, os membros do Ministério Público contam com
auxílio-educação de quase R$1 mil por filho dependente de até 24 anos. Os Tribunais do Maranhão e São Paulo também "ajudam"
seus desembargadores a comprarem livros, já que seus salários são insuficientes
para este importante investimento, disponibilizando auxílios que podem chegar a
R$5 mil. Um juiz de Curitiba justificou receber o auxílio para
"compensar" a ausência de reajuste do salário de mais de R$25 mil. A
que auxílio o povo recorre para compensar a política de austeridade em que é
colocado? A que auxílio recorreremos nós, todos as professoras do Brasil, que
não recebemos o Piso Salarial? A que auxílio recorrerá todos os Agentes
Comunitários de Saúde que não recebem o Piso salarial? A que auxílio recorrerá
o aposentado?”(...)
Edição:
Joana Tavares.
Ver matéria completa no site abaixo:
"Em clima festivo,
Blocolândia, bloco de carnaval da Cracolândia, sai às ruas de SP."
“Não são zumbis, eles gostam de
dançar e tocam muito bem”, afirma organizador”.
“A região conhecida como Cracolândia, na
zona central de São Paulo (SP), é um dos lugares tidos como mais tristes e
perigosos da capital. Nesta sexta-feira (9), no entanto, as pessoas que
passaram pelo fluxo, atualmente localizado entre a Alameda Cleveland e Rua
Helvétia, não tiveram essa impressão. Confete, serpentina, e muito glitter
enchiam de cores o mesmo chão onde, minutos antes, caixas de papelão exibiam
pedras de crack e cachimbos”.
“Foi a quarta edição do Blocolândia, o
bloco de carnaval dos trabalhadores, usuários e militantes da Cracolândia.
Criado em 2015, o bloco se tornou uma das atividades mais esperadas pelos
usuários, e uma importante forma de reinserção social através da cultura e do
lazer.”
“A
usuária Elisângela Eleotéria da Silva, por exemplo, era um dos maiores
destaques do bloco. Vestida com um grande enfeite vermelho na cabeça, e com
glitter colorido espelhado por todo seu corpo, ela assumiu a função de
animadora e decoradora da festa, borrifando perfume de um pequeno vidro marrom
em todos os foliões, e subindo na caminhonete vermelha, que serviu de carro de foliões, e subindo na caminhonete vermelha, que serviu de carro
de som, para entoar marchinhas.” (...)
Edição:
Simone Freire
Julia
Dolce / Brasil de Fato.
Ver matéria
completa no site abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/09/em-clima-festivo-blocolandia-bloco-de-caval-da-cracolandia-sai-as-ruas-de-sp/
"Ilê Aiyê batiza bloco
afro que celebra a ancestralidade no carnaval de São Paulo".
“Durante passagem por São Paulo, grupo baiano
apadrinhou o primeiro bloco afirmativo da cidade composto apenas por negros”.
Juliana Gonçalves
Brasil de Fato | São Paulo (SP) 6
de Fevereiro de 2018 .

“O primeiro bloco de carnaval com todos os integrantes negros no
Brasil surgiu no Curuzu, bairro de Salvador, na Bahia, em 1974. O Ilê Aiyê
nasce de uma postura combativa de negros soteropolitanos que não se conformaram
com a falta de espaço no carnaval baiano.”
“Em sua passagem por São Paulo, nos dias 2
e 3 de fevereiro, entre shows lotados, o Ilê Aiyê participou de uma cerimônia
de batismo na qual fez o apadrinhamento simbólico do bloco afirmativo
paulistano Ilú Inã, que também é totalmente composto por integrantes negros.”
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/06/ile-aiye-batiza-bloco-afro-que-celebra-a-ancestralidade-no-carnaval-de-sao-paulo/
“Bloco Ilú Obá De Min abre carnaval de rua de SP e
homenageia mulheres quilombolas”.
“A Associação enaltece os
tambores para Xangô com percussionistas exclusivamente mulheres”
Norma Odara
Brasil de Fato | São Paulo (SP) 10 de
Fevereiro de 2018 às 10:48
O Bloco
do Ilú promove cortejo por ruas do centro de São Paulo, abrindo carnaval de rua
e levando empoderamento às mulheres do tambor / Mídia Ninja.
“Rememorando o legado de mulheres quilombolas como Akotirene,
Dandara, Luíza Mahin, Tereza de Benguela, Teresa do Quariterê e tantas outras,
o bloco afro Ilú Obá De Min carrega multidões no carnaval paulistano.”
“O Brasil de Fato conversou com a produtora da Associação Ilú Obá de
Min, Baby Amorim, que falou sobre os trabalhos de pesquisa do Ilú, as oficinas
de vozes, percussão, o tradicional bloco percussivo que abre o carnaval de rua
de São Paulo. Além disso ressaltou a importância do combate ao racismo e ao
machismo em diversos campos, no Ilú através do tambor, da arte e da religião de
matriz africana."(...)
Edição: Anelize Moreira
https://www.brasildefato.com.br/2018/02/10/bloco-ilu-oba-de-min-abre-carnaval-de-rua-de-sp-homenageando-mulheres-quilombolas/
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