domingo, 31 de janeiro de 2016

LEI 100

Desfecho conflita dramas de concursados e ex-efetivados  

Profissionais que passaram em concurso contam a angústia de esperar por uma vaga que nunca chega . 



“Sinto por quem perdeu o emprego, mas gostei da decisão do STF. Passei no concurso, mas estou desempregada há dois anos. Tenho esperanças de ser nomeada. O salário me faz falta. Meu filho de 8 anos tem problema de crescimento. Um dos remédios custa R$ 1.200, dura 18 dias.” - Dheis Rodrigues, 34, concursada

“Trabalhei dez anos. Em junho descobri um câncer. Faço quimioterapia até dezembro. Em abril, faria outra cirurgia, mas tenho medo de ter que interromper o tratamento. Vou tentar um concurso quando ficar boa. O Estado dizia que não precisávamos de concurso e nos acomodamos.” - Emanuelle Silva, 36, emitida pela Lei 100

Já Emanuelle Duarte Silva está entre os quase 60 mil ex-efetivados pela Lei 100 que foram demitidos em dezembro, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. A Corte ordenou que o governo os substituísse por concursados. No entanto, não foram nomeados todos os classificados que já passaram por provas, nem foram feitas novas seleções a tempo para completar o quadro neste ano.
Os desdobramentos do imbróglio desagradam aos dois lados. Pelas regras para designações, concursados – que querem ser nomeados, e não trabalhar como temporários – têm prioridade no processo. Já os desempregados da Lei 100 cobram que o tempo de serviço seja o principal pré-requisito.
O desemprego não poderia ter chegado em pior hora para Emanuelle, que em junho passado descobriu um câncer.
Os ex-efetivados têm direito ao sistema de saúde do Estado, o Ipsemg, até 10 de fevereiro. “Meu tratamento vai até dezembro. No SUS, vou ter que começar do zero e posso ficar sem medicação por um tempo”, diz. Ela mora com o filho, de 3, e a filha, de 19, que hoje sustenta a casa com o salário de R$ 900 que ganha em uma papelaria.
Já Emanuelle Duarte Silva está entre os quase 60 mil ex-efetivados pela Lei 100 que foram demitidos em dezembro, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. A Corte ordenou que o governo os substituísse por concursados. No entanto, não foram nomeados todos os classificados que já passaram por provas, nem foram feitas novas seleções a tempo para completar o quadro neste ano.
Os desdobramentos do imbróglio desagradam aos dois lados. Pelas regras para designações, concursados – que querem ser nomeados, e não trabalhar como temporários – têm prioridade no processo. Já os desempregados da Lei 100 cobram que o tempo de serviço seja o principal pré-requisito.
O desemprego não poderia ter chegado em pior hora para Emanuelle, que em junho passado descobriu um câncer.
Os ex-efetivados têm direito ao sistema de saúde do Estado, o Ipsemg, até 10 de fevereiro. “Meu tratamento vai até dezembro. No SUS, vou ter que começar do zero e posso ficar sem medicação por um tempo”, diz. Ela mora com o filho, de 3, e a filha, de 19, que hoje sustenta a casa com o salário de R$ 900 que ganha em uma papelaria.


CRÉDITO : Jornal  O Tempo

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