“Saiba como identificar se uma criança pode estar sofrendo ou cometendo
bullying, e o que pode ser feito.”
“Comportamento fechado, agressividade e notas
baixas são sinais dados por quem sofre ataques, dizem especialistas. Veja como os
pais podem reconhecer o problema dentro de casa.”
Por Juliana Cardilli e Ana Carolina Moreno, G1, São
Paulo
21/10/2017 06h01
Aplausos
para os agressores, pais omissos e professores desligados contribuem com
bullying.
1.
Ouvir os filhos e inspirar
confiança
2.
Atentar para mudanças de
comportamento
3.
Conhecer os perfis típicos do
bullying
4.
Bullying não é só violência
física
Na sexta-feira (20), Dia Mundial
de Combate ao Bullying, um adolescente que, segundo colegas,
era alvo de apelidos e provocações atirou dentro de uma sala de aula
em uma escola particular de Goiânia (GO), matando dois
alunos.
1. Ouvir os filhos e inspirar
confiança.
Não responsabilizar quem é vítima, mas dar apoio.
"Os pais
falam 'não quero entrar, invadir a intimidade do meu filho'. A internet é tão
perigosa quanto qualquer rua da cidade. Tem que olhar sim, tem que fiscalizar sim."
- Vanessa Bencz
2. Atentar para mudanças de
comportamento
·
Quando a criança evita
conversar em casa
·
Quando a criança se torna
agressiva
“É importante
prestar atenção nos comentários quando assiste TV, quando está na internet,
comentários pejorativos, mais fortes”.
·
Queda no rendimento escolar e
faltas
·
"A criança reluta em ir
para a escola, diz que é chata, que não gosta dos amigos. Tem dores, pesadelos,
transtornos alimentares, de sono, ansiedade, transtornos compulsivos,
depressivos."
3. Conhecer os
perfis típicos do bullying
Cleo Fante
orienta que pais e escolas devem estar ainda mais atentos quando seus filhos se
enquadram em determinados perfis que têm maior probabilidade de estarem
envolvidos em casos de bullying, seja como vítimas, como agressores ou como a
plateia.
·
Crianças diferentes são as
vítimas mais frequentes.
“Aquelas que são diferentes
costumam ser alvo: obesas, muito magras, com manchas, marcas, cicatrizes, que
usam óculos, homossexuais, muito sensíveis ou muito irritadas” - Cleo Fante
Ter poucos ou
nenhum amigo, ficar sozinho e não se integrar em grupos – seja em trabalhos ou
nos esportes – também são comportamentos que devem gerar alerta.
·
Agressores costumam ter
problemas com regras
Cleo Fante lembra que os agressores também têm
um perfil – costumam estar envolvidos em confusões, desentendimentos, têm
problemas com regras e com lidar com frustrações e exercem liderança negativa.
Identificado o
agressor, a especialista em bullying defende uma “responsabilização de acordo a
ação cometida. Elas precisam ser chamadas à razão, tanto em casa quanto na
escola”.
A gente
não pode só se focar em como identificar a vítima, o agressor também, que pode
ter sido vítima antes. É preciso ter o mesmo cuidado que com a vítima”, diz
Vanessa.
·
'Plateia' também é parte do
problema
“Em
torno daquele que agride e daquele que é atacado, costuma haver uma turminha
que ri e aplaude. Sem esse sucesso, os agressores costumam desistir. Quando
houver alguém sofrendo atos de crueldade, cabe a denúncia."
4. Bullying não é só
violência física.
Todas as escolas públicas e privadas do Brasil precisam
ter um programa de combate ao bullying, segundo uma lei que entrou em
vigor no início de 2016. As instituições precisam "assegurar medidas de
conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação
sistemática (bullying)".
Segundo a lei,
o bullying também é:
·
verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
·
moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
·
sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
·
social: ignorar, isolar e excluir;
·
psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar,
manipular, chantagear e infernizar;
·
físico: socar, chutar, bater;
· material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da
intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em
sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e
social.
1 . Reconhecer a existência do
bullying
. Conhecer e cumprir a lei de
combate ao bullying
Transformar os valores dos
alunos
Engajar os professores
Envolver os pais na vida
escolar
Não subestimar o cyberbullying
.
7. https://g1.globo.com/educacao/noticia/saiba-como-identificar-se-uma-crianca-pode-estar-sofrendo-ou-cometendo-bullying-e-o-que-pode-ser-feito.ghtml
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