sábado, 21 de outubro de 2017

Bullying.

“Saiba como identificar se uma criança pode estar sofrendo ou cometendo bullying, e o que pode ser feito.”
“Comportamento fechado, agressividade e notas baixas são sinais dados por quem sofre ataques, dizem especialistas. Veja como os pais podem reconhecer o problema dentro de casa.”



Por Juliana Cardilli e Ana Carolina Moreno, G1, São Paulo
21/10/2017 06h01

  
Aplausos para os agressores, pais omissos e professores desligados contribuem com bullying.

  
1.     Ouvir os filhos e inspirar confiança
2.     Atentar para mudanças de comportamento
3.     Conhecer os perfis típicos do bullying

4.     Bullying não é só violência física

Na  sexta-feira (20), Dia Mundial de Combate ao Bullying, um adolescente que, segundo colegas, era alvo de apelidos e provocações atirou dentro de uma sala de aula em uma escola particular de Goiânia (GO), matando dois alunos.


1. Ouvir os filhos e inspirar confiança.

  Não responsabilizar quem é vítima, mas dar apoio. 

"Os pais falam 'não quero entrar, invadir a intimidade do meu filho'. A internet é tão perigosa quanto qualquer rua da cidade. Tem que olhar sim, tem que fiscalizar sim." - Vanessa Bencz

2. Atentar para mudanças de comportamento

·                   Quando a criança evita conversar em casa

·                   Quando a criança se torna agressiva

 “É importante prestar atenção nos comentários quando assiste TV, quando está na internet, comentários pejorativos, mais fortes”.

·                   Queda no rendimento escolar e faltas

·                    "A criança reluta em ir para a escola, diz que é chata, que não gosta dos amigos. Tem dores, pesadelos, transtornos alimentares, de sono, ansiedade, transtornos compulsivos, depressivos."

3 Conhecer os perfis típicos do bullying

Cleo Fante orienta que pais e escolas devem estar ainda mais atentos quando seus filhos se enquadram em determinados perfis que têm maior probabilidade de estarem envolvidos em casos de bullying, seja como vítimas, como agressores ou como a plateia.

·                   Crianças diferentes são as vítimas mais frequentes.

 “Aquelas que são diferentes costumam ser alvo: obesas, muito magras, com manchas, marcas, cicatrizes, que usam óculos, homossexuais, muito sensíveis ou muito irritadas” - Cleo Fante

Ter poucos ou nenhum amigo, ficar sozinho e não se integrar em grupos – seja em trabalhos ou nos esportes – também são comportamentos que devem gerar alerta.

·                   Agressores costumam ter problemas com regras

Cleo Fante lembra que os agressores também têm um perfil – costumam estar envolvidos em confusões, desentendimentos, têm problemas com regras e com lidar com frustrações e exercem liderança negativa.

Identificado o agressor, a especialista em bullying defende uma “responsabilização de acordo a ação cometida. Elas precisam ser chamadas à razão, tanto em casa quanto na escola”.

  A gente não pode só se focar em como identificar a vítima, o agressor também, que pode ter sido vítima antes. É preciso ter o mesmo cuidado que com a vítima”, diz Vanessa.

·                   'Plateia' também é parte do problema

  “Em torno daquele que agride e daquele que é atacado, costuma haver uma turminha que ri e aplaude. Sem esse sucesso, os agressores costumam desistir. Quando houver alguém sofrendo atos de crueldade, cabe a denúncia." 

4. Bullying não é só violência física.

Todas as escolas públicas e privadas do Brasil precisam ter um programa de combate ao bullying, segundo uma lei que entrou em vigor no início de 2016. As instituições precisam "assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)".

Segundo a lei, o bullying também é:

·                   verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
·                   moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
·                   sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
·                   social: ignorar, isolar e excluir;
·                   psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
·                   físico: socar, chutar, bater;
·                material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.

             Seis pontos principais:

1     .    Reconhecer a existência do bullying
.         Conhecer e cumprir a lei de combate ao bullying
                         Transformar os valores dos alunos
            Engajar os professores
                            Envolver os pais na vida escolar
                          Não subestimar o cyberbullying
.
7.    https://g1.globo.com/educacao/noticia/saiba-como-identificar-se-uma-crianca-pode-estar-sofrendo-ou-cometendo-bullying-e-o-que-pode-ser-feito.ghtml



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