quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Bóson de Higgs -

O deus hindu shiva executando a dança da Criação, tendo ao fundo as instalações do LCH, fronteira da França com a Suiça.



Deus ressuscitou. Nietzsche tinha afirmado em 1882, em “A Gaia Ciência”, que Ele esticara as canelas, e desde então a sentença Gott ist tot! - Deus está morto! - converteu-se ao mesmo tempo na certidão de óbito da Idade da Fé e na declaração de autonomia da ciência laica. Só que Ele acaba de ressuscitar. E não por força de algum milagre ou arrebatamento místico, mas pelas mesmas mãos que O sepultaram: as dos cientistas.
O fato ocorreu – na verdade, está ocorrendo – numa catedral enterrada 175 metros debaixo do chão, na fronteira da Suíça com a França. A igreja subterrânea tem a forma de um túnel circular de 27 km, custou quase 10 bilhões de euros, mais de 100 países participaram da sua construção e foi inaugurada em 2008. Ou melhor, foi colocada em funcionamento.
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.OK, não se coloca uma catedral em funcionamento, você nunca ouviu falar dela e, se ouviu, sabe que não é uma catedral, mas o maior acelerador de partículas do mundo: o Large Hadron Collider (LHC) ou Grande Colisor de Hádrons. O LHC é a coisa mais cara e complexa que o ser humano já construiu e um de seus objetivos é descobrir o que aconteceu imediatamente após o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo, 14 bilhões de anos atrás. E foi preciso construir o LHC porque os outros aceleradores de partículas são menos potentes e só conseguem revelar o que ocorreu milionésimos de segundo depois do Big Bang – e fatos essenciais para explicar o Cosmos aconteceram antes disso, ou seja, bilionésimos de segundo após o BUUUMMM! (...)

créditos; Marco Antonio Beck - crônicas Carnívoras.

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