sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Após 130 anos, ex-escravo é reconhecido como advogado por libertar 500 escravos

Luiz Gama recebeu o título de advogado postumamente, já que não pôde estudar por ser negro.



A mãe de Gama, a africana Luiza Mahin, Após participar da Revolta dos Malês e da Sabinada, foi levada ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou, tendo sido procurada pelo filho em diversas oportunidade nos anos posteriores, mas sem conseguir encontrá-la .   Seu pai era um rico fidalgo de origem portuguesa, pertencente a uma família tradicional, e também revolucionário. Quando atingiu a pobreza extrema, em 1840, vendeu Gama como escravo, aos dez anos de idade. 

Autodidata, estudou direito com o apoio de professores da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Conquistou autorização para atuar nos tribunais defendendo escravos. É atribuída a Gama a frase “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”.



Há 133 anos, morria Luiz Gonzaga Pinto da Gama, o Luiz Gama. No dia 3 de novembro, de  2015, Gama finalmente foi reconhecido como advogado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), título que não pôde obter no século XIX por ser negro. Também advogado, jornalista e escritor, Luiz Gama finalmente obtém o reconhecimento como uma das personagens mais importantes na história brasileira, ainda mais pela sua intensa luta contra a escravidão no País.



Para Marcus Vinicius Furtado Coelho, presidente nacional da OAB, o evento reescreve a história do Brasil, ao considerar a importância de Gama.
Ele agora terá a ostentação do título de advogado, porque ele  foi  verdadeiramente símbolo daquele advogado que queremos para o nosso País, que luta pela justiça, principalmente em favor dos mais necessitados.
 CRÉDITOS : R7 

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