Luiz Gama recebeu o título de advogado postumamente, já que não pôde estudar por ser negro.
A mãe de Gama, a africana Luiza Mahin, Após participar da Revolta
dos Malês e da Sabinada, foi levada ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou,
tendo sido procurada pelo filho em diversas oportunidade nos anos posteriores,
mas sem conseguir encontrá-la . Seu pai era um rico fidalgo de origem
portuguesa, pertencente a uma família tradicional, e também revolucionário.
Quando atingiu a pobreza extrema, em 1840, vendeu Gama como escravo, aos dez
anos de idade.
Autodidata, estudou
direito com o apoio de professores da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Conquistou autorização para atuar nos tribunais defendendo escravos. É
atribuída a Gama a frase “O escravo que mata o senhor, seja em que
circunstância for, mata sempre em legítima defesa”.
Há 133 anos, morria Luiz Gonzaga Pinto da Gama,
o Luiz Gama. No dia 3 de novembro, de
2015, Gama finalmente foi reconhecido como advogado pela OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), título que não pôde obter no século XIX por ser
negro. Também advogado, jornalista e escritor, Luiz Gama finalmente obtém o
reconhecimento como uma das personagens mais importantes na história
brasileira, ainda mais pela sua intensa luta contra a escravidão no País.
Para Marcus Vinicius
Furtado Coelho, presidente nacional da OAB, o evento reescreve a história do
Brasil, ao considerar a importância de Gama.
Ele agora terá a
ostentação do título de advogado, porque ele foi verdadeiramente símbolo daquele advogado
que queremos para o nosso País, que luta pela justiça, principalmente em favor
dos mais necessitados.
CRÉDITOS : R7
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