terça-feira, 4 de agosto de 2015

O estadista solitário

O PAPA VERDE 



                                     A nova encíclica de Francisco critica a degradação humana e ambiental e os privilégios ao setor financeiro .inShareFilippo Monteforte/AFP

A destruição da natureza  e  a miséria  tem a mesma raiz, destaca texto da suposta encíclica.
Segundo o papa, falar de poluição e mudança climática, ou de perda da biodiversidade, significa não só focalizar os abusos cometidos contra a natureza, mas refletir sobre a cultura do descarte ou evidenciar que as primeiras vítimas desses fenômenos são os pobres. Ao mesmo tempo, escreve, o “acesso a água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas”.
Nítida, por consequência, a oposição a todas as formas de privatização da água.(...)
 Não existem duas crises separadas, a ambiental e a social, mas uma só e complexa crise  socioambiental.” Degradação do meio ambiente e pobreza são os dois lados da mesma moeda.
O passo para enfrentar os desafios cruciais da contemporaneidade é breve: “A política não deve se submeter à economia, e esta não deve se submeter aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia. Pensando no bem comum, hoje é imperioso que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente a serviço da vida humana.  A salvação dos bancos a todo custo, fazendo a população pagar o preço, sem a firme decisão de rever e reformar o sistema inteiro, reafirma um domínio absoluto da finança que não tem futuro e só poderá gerar novas crises depois de longa, custosa e aparente cura”. 
  
O teólogo Leonardo Boff comenta a encíclica "verde" escrita pelo papa Francisco. Brasileiro destaca que documento é inspirado em teólogos latino-americanos que ficaram ao lado dos pobres.
The Official Government News Portal Of Sri Lanka
Papa pede ação rápida para salvar planeta e critica consumismo em encíclica
Papa Francisco  é hoje em dia o único, grande estadista de dimensões mundiais, reformador determinado, corajoso, inspirado. Óbvio nele o propósito de reparar os males provocados à Igreja Católica pelos pontificados de João Paulo II e Bento XVI, dignos da politicagem e da devassidão das cortes papais da Renascença e responsáveis por uma conspícua  evasão de fiéis. A par disso, entretanto, é ele quem se ergue contra o que define como a “ditadura sutil” imposta à humanidade pelo poder do dinheiro, para aprofundar vertiginosamente o abismo entre ricos e pobres.


CREDITOS:  REVISTA CARTA CAPITAL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário