Edição do dia 12/08/2014
“O
Jornal Nacional
dá sequência, hoje, à
série
de entrevistas com os principais candidatos
à
Presidência,
em que nós abordamos questões
polêmicas das candidaturas
e
o desempenho deles em cargos
públicos. (...)
O
tempo total da entrevista de hoje é de 15 minutos, do quais nós reservamos o
último minuto e meio para que o candidato fale resumidamente sobre os projetos que ele
considera prioritários se for eleito.
O
sorteio acompanhado por assessores dos partidos
determinou para a hoje a
presença do candidato do PSB, Eduardo
Campos.”
“Patrícia Poeta: Boa
noite, candidato.
Eduardo Campos: Boa
noite, Patrícia. Boa noite, Bonner. Boa noite
a todos que estão nos assistindo.
Patrícia Poeta: Então
o tempo começa a ser contado
a partir de agora.
Candidato, vamos começar a entrevista
com a lista
de alguma promessas que o senhor já fez,
eu anotei algumas delas: escola em tempo integral, passe livre
para estudantes do ensino público,
aumento dos investimentos em saúde para 10%
das receitas
da União,
manutenção do poder de compra do salário
mínimo e multiplicar por 10 o orçamento
da segurança. Tudo isso significa aumento dos gastos
públicos. Mas o senhor também promete baixar a inflação atual para 4% em 2016,
chegando até 3% até 2019.
E isso, segundo economistas, exige cortar
pesadamente gastos públicos. Ou seja, essas promessas se chocam, se batem. Qual
delas
o
senhor não vai cumprir?
Eduardo Campos: Patrícia, na verdade,
só há uma promessa, que é melhorar
a vida do
povo brasileiro.
A sociedade brasileira tem apresentado na internet, nas ruas, uma nova pauta, que
é a pauta da
educação, da melhoria da assistência
da
saúde, que está um horror no país, a
violência que cresce nos
quatro cantos do país. Nós temos que
dar conta d e melhorar
a qualidade de vida nas cidades onde a mobilidade também é um grave problema. E tudo isso em
quatro anos. Nós estamos fazendo
um programa de governo, ouvindo técnicos, a universidade, gente que já participou
de governo. E é possível,
sim. Nós estamos fazendo conta, tem orçamento.
Eu imagino que muitas vezes as pessoas dizem
assim: ‘Houve uma reunião do Copom
hoje e aumentou 0,5% os
juros’. E ninguém pergunta
da onde vem
esse dinheiro. E 0,5% na
Taxa
Selic significa 14 bi. O passe livre, que é um compromisso
nosso com os estudantes, custa menos do que isso.
Então, nós estamos fazendo contas para, com planejamento, em quatro anos trazer inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é outro grave problema, o Brasil
parou.
E o crescimento também vai abrir espaço fiscal. Tudo isso
com responsabilidade
na
condução macroeconômica. Banco Central com independência, Conselho Nacional
de Responsabilidade Fiscal,
gente séria e competente governando.
Fazendo a união dos competentes,
dos bons, o
Brasil pode ir
muito mais longe.
Patrícia
Poeta: Agora, candidato, o senhor então está querendo dizer
que pretende deixar de gastar aqui, para gastar ali. Mas isso não significa,
necessariamente, cortes pesados. Não são cortes. Então, os economistas
dizem que para
combater a inflação seria necessário isso: cortes severos mesmo. Como é que o senhor pretende fazer isso?
Eduardo
Campos: Olha, a inflação não pode ser combatida s ó com a taxa de
juros, como vem sendo feita
no
país. É
preciso ter coordenação
entre a política macroeconômica monetária, a política fiscal, mas é preciso
também ter regras seguras. As regras
que mudam a todo dia no Brasil muitas vezes fazem com que o preço do dinheiro suba, o chamado Custo Brasil. A falta de logística
que encarece o produto
que vem do
mundo rural , da
própria indústria, a falta de ferrovia,
de rodovia, que o Jornal Nacional mostra tantas vezes aqui, de portos, encarece o país. Então, o
Brasil
precisa
enfrentar a inflação, porque ela está
corroendo o salário.
As
pessoas estão percebendo, quem está nos assistindo
tem percebido
que o salário não dá
para o mês inteiro.
Os
aposentados, os assalariados, os que vivem por conta própria do seu esforço
percebem. O compromisso um com o centro da meta da
inflação e a retomada do crescimento.
Patrícia Poeta: Então, o senhor não acha que seria justo dizer para o
eleitor que o próximo ano será um ano difícil, duro, com remédios mais amargos?
Eduardo
Campos: É, o ano difícil está sendo
já esse,
Patrícia. Porque a gente
vai ter um crescimento de -1%. O Brasil está perdendo...
Patrícia
Poeta: Sem aumento da tarifa.
Eduardo
Campos: É, o Brasil perdeu
de 7 a 1 dentro do campo
de futebol, na Copa, e está perdendo
também de 7 a 1 fora do
campo. Porque é sete
de inflação, com a presidenta guardando
na gaveta dela, para depois da eleição o aumento da energia e o aumento do
combustível, mesmo assim, com menos de
um de crescimento.
Patrícia Poeta: Mas
vai ser um ano difícil, o próximo ano, candidato?
Eduardo Campos: Eu acho que vai ser um ano que nós vamos terminar melhor do que o ano de 2014. Porque nós vamos enfrentar os problemas. A pior coisa na vida de uma pessoa, de uma família e de um governo é a gente ficar escondendo os problemas e não tendo coragem e humildade de dizer: ‘Ó, estamos com problemas. Vamos resolver o problema?’. Nós estamos com um problema, por exemplo, na questão da energia. Não seria muito melhor dizer: ‘Ó, choveu menos do que deveria, não investimos tanto’. Por que a gente não criar todo um esforço de eficiência energética, como a Europa está fazendo? Premiar quem faz as mesmas coisas, seja na indústria, no comércio, em casa, com menos energia.
Eduardo Campos: Eu acho que vai ser um ano que nós vamos terminar melhor do que o ano de 2014. Porque nós vamos enfrentar os problemas. A pior coisa na vida de uma pessoa, de uma família e de um governo é a gente ficar escondendo os problemas e não tendo coragem e humildade de dizer: ‘Ó, estamos com problemas. Vamos resolver o problema?’. Nós estamos com um problema, por exemplo, na questão da energia. Não seria muito melhor dizer: ‘Ó, choveu menos do que deveria, não investimos tanto’. Por que a gente não criar todo um esforço de eficiência energética, como a Europa está fazendo? Premiar quem faz as mesmas coisas, seja na indústria, no comércio, em casa, com menos energia.
William Bonner: Vamos mudar
de assunto. O senhor se articulou
com o ex-presidente
Lula e com partidos políticos para eleger
a sua mãe,
a então deputada federal
Ana
Arraes, ministra do Tribunal de Contas
da União. O senhor considera isso ético? Não foi uma
forma de nepotismo?
Eduardo Campos: Veja, Bonner, se a nomeação fosse minha, se dependesse da minha nomeação enquanto governador, seria nepotismo, e eu quero te dizer que eu fui o primeiro governador a fazer a l ei do nepotismo no estado de Pernambuco. Ela, Ana, era funcionária pública de carreira por concurso da Justiça, elegeu-se deputada por duas vezes, com votações crescentes, fez mandatos respeitáveis. A Câmara Fo i chamada a eleger um parlamentar para uma vaga no Tribunal de Contas, ela se candidatou, outros deputados se candidataram, como o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo. Ela disputou uma eleição com vários deputados, ela foi a única mulher que ganhou no voto, com a votação muito grande, e foi ser ministra e tem feito um trabalho como ministra do Tribunal de Contas que todos reconhecem como trabalho digno, sério.
William Bonner: Certo, mas o que eu estou colocando em questão não são os méritos da sua mãe, não se trata disso, a questão é: o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que um parente seu ocupasse um cargo público e vitalício. O senhor acha que isso foi um bom exemplo para o país?
Eduardo Campos: Veja, Bonner, se a nomeação fosse minha, se dependesse da minha nomeação enquanto governador, seria nepotismo, e eu quero te dizer que eu fui o primeiro governador a fazer a l ei do nepotismo no estado de Pernambuco. Ela, Ana, era funcionária pública de carreira por concurso da Justiça, elegeu-se deputada por duas vezes, com votações crescentes, fez mandatos respeitáveis. A Câmara Fo i chamada a eleger um parlamentar para uma vaga no Tribunal de Contas, ela se candidatou, outros deputados se candidataram, como o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo. Ela disputou uma eleição com vários deputados, ela foi a única mulher que ganhou no voto, com a votação muito grande, e foi ser ministra e tem feito um trabalho como ministra do Tribunal de Contas que todos reconhecem como trabalho digno, sério.
William Bonner: Certo, mas o que eu estou colocando em questão não são os méritos da sua mãe, não se trata disso, a questão é: o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que um parente seu ocupasse um cargo público e vitalício. O senhor acha que isso foi um bom exemplo para o país?
Eduardo
Campos: Olha,
na hora que
Ela saiu candidata com apoio do meu partido, se fosse uma outra
pessoa, eu teria apoiado. Por que eu não apoiaria
ela
que tinha todos os predicados, tanto é que pode registrar a sua candidatura, pode fazer a disputa.
Eu nem votei, Bonner, porque eu não era
deputado.Eu,simplesmente, torci na hora
em que ela se candidatou
para que ela ganhasse e
ela tem feito um trabalho no Tribunal de Contas que
tem o
reconhecimento, inclusive, do corpo técnico
do Tribunal.
William Bonner: O seu empenho pessoal, o senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição?
Eduardo Campos: Não.
William Bonner: Ok.
Patrícia Poeta: Ainda nesse ponto, candidato, o senhor indicou um primo seu e um primo da sua mulher para trabalhar no TCE, que é o órgão responsável por fiscalizar as contas do estado, quando o senhor era governador de Pernambuco. Como é que fica a isenção nisso?
Eduardo Campos: Na verdade, ele foi desembargador eleitoral, tinha eles se candidataram na Assembleia Legislativa em vagas que eram próprias da Assembleia Legislativa. Um deles e um outro foi indicado, como todos os predicados jurídicos para fazer exatamente esse pleito e foi votado pela Assembleia Legislativa.
Patrícia Poeta: Mas foram indicados pelo senhor?
Eduardo Campos: Não. O Marcos Loreto...
Patrícia Poeta: Para julgar suas contas.
Eduardo Campos: Não, para julgar minhas contas, não. Eles foram indicados para vaga no Tribunal de Contas. Um pela Assembleia Legislativa, não há nenhuma indicação, a vaga é da Assembleia, pessoas podiam se candidatar e ele não estava impedido por lei de se candidatar. E, um outro, que foi indicado na vaga do Executivo respeitando a legislação em vigor.
Patrícia Poeta: Então, o senhor, não vê conflito nisso. Se o senhor fosse eleito presidente hoje, o senhor manteria esse comportamento no governo federal, sem dúvidas?
Eduardo Campos: Não, eu acho que a gente precisa, na verdade, sobretudo agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribuna l Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar notórias, pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios. Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.
William Bonner: O seu empenho pessoal, o senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição?
Eduardo Campos: Não.
William Bonner: Ok.
Patrícia Poeta: Ainda nesse ponto, candidato, o senhor indicou um primo seu e um primo da sua mulher para trabalhar no TCE, que é o órgão responsável por fiscalizar as contas do estado, quando o senhor era governador de Pernambuco. Como é que fica a isenção nisso?
Eduardo Campos: Na verdade, ele foi desembargador eleitoral, tinha eles se candidataram na Assembleia Legislativa em vagas que eram próprias da Assembleia Legislativa. Um deles e um outro foi indicado, como todos os predicados jurídicos para fazer exatamente esse pleito e foi votado pela Assembleia Legislativa.
Patrícia Poeta: Mas foram indicados pelo senhor?
Eduardo Campos: Não. O Marcos Loreto...
Patrícia Poeta: Para julgar suas contas.
Eduardo Campos: Não, para julgar minhas contas, não. Eles foram indicados para vaga no Tribunal de Contas. Um pela Assembleia Legislativa, não há nenhuma indicação, a vaga é da Assembleia, pessoas podiam se candidatar e ele não estava impedido por lei de se candidatar. E, um outro, que foi indicado na vaga do Executivo respeitando a legislação em vigor.
Patrícia Poeta: Então, o senhor, não vê conflito nisso. Se o senhor fosse eleito presidente hoje, o senhor manteria esse comportamento no governo federal, sem dúvidas?
Eduardo Campos: Não, eu acho que a gente precisa, na verdade, sobretudo agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribuna l Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar notórias, pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios. Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.
William Bonner: Claro,
candidato. Mas eu acho que é preciso ser
um pouco mais específico sobre a
contradição a que eu me referi. Vamos falar da reforma,
da votação do Código Florestal. Assunto importantíssimo. Na votação do Código Florestal, o
seu partido
aprovou,
quase que por unanimidade. E o grupo político de Marina Silva teve uma posição rigorosamente oposta.
Marina chegou a dizer
que
o Código Florestal representava um retrocesso de 20 anos.
A questão é: como é que o eleitor pode se convencer da coesão da sua chapa, se
os dois candidatos têm visões tão opostas, tão antagônicas em relação a esse assunto?
Eduardo Campos:
Absolutamente.
Nós temos uma visão,
uma aliança,que não é feita em cima da minha opinião,da opinião de Marina. Em cima de um programa, de um programa que tem a participação
da academia
brasileira, de diversos
estudiosos, cientistas, militantes do movimento social, que têm nos ajudado a
construir um programa, que vai ser lançado
nos próximos dias, exatamente para
não ter uma coisa de uma aliança pessoal, uma aliança de personalidades, mas uma
aliança de pensamentos.
William Bonner: Mas
eu apresentei um caso concreto, em que houve
posições bem diferentes. Um dos dois
lados cedeu em relação a esse assunto para chegar a um consenso?
Eduardo Campos: Neste
caso, em particular, eu defendi as posições de Marina. Na nossa bancada, ela rachou, na verdade. Teve muita gente que era ligado a estados
onde
o agronegócio tinha mais expressão que não
votou com a orientação
partidária, mas eu defendi a posição que foi representada
por Marina.
William Bonner: Só dois votos do
seu
partido foram contrários.
Eduardo Campos: Exatamente. E eu me coloquei solidário
à posição dela.
Patrícia Poeta: Ainda
sobre
coerência. O senhor e o seu partido
foram colaboradores próximos do então presidente
Lula. O senhor, inclusive, Foi ministro em 2005 do governo
dele, exatamente quando o escândalo
do Mensalão veio a público e o senhor
não deixou o cargo. O senhor só
se afastou do governo Dilma quase três anos de
um mandato de quatro anos. Foi no fim
do ano passado. O que o senhor diria aos críticos
que afirmam
que o senhor abandonou
todos esses anos de colaboração
a
Lula
e Dilma pela ambição de ser presidente da República?
Eduardo Campos: Não se trata de ambição. Se trata de um direito, numa
democracia qualquer partido pode lançar
um candidato,
pode
divergir. Porque você apoiou,
você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já
não vê, não se representa
naquele governo.
Patrícia Poeta: Mas
o senhor levou quase três anos de um mandato de quatro para sair do
governo, para deixar de apoiá-lo,
não é tempo
demais?
Eduardo Campos: Se você f
or ver, isso aconteceu
antes. Já em 2012,
nas eleições de 2012,
nós já enfrentamos o PT em várias
cidades, inclusive no Recife. Quando a presidenta
apoiou
o Renan e o PMDB para Câmara, Renan para o Senado, o PSB já apoiou outros
candidatos. Nós já vínhamos
num
processo de afastamento claro do governo. Por quê? Porque esse governo é o único governo que vai entregar
o Brasil pior do que recebeu. Nós vamos estar pior
na economia, pior na questão da
violência, pior na logística, pior na relação
externa com o resto do
mundo. Ou seja, e aí nós estamos oferecendo
um caminho para que o Brasil volte a crescer.
Patrícia Poeta: Mas
o senhor apoiou durante mais de
10 anos esse governo. O que aconteceu
neste meio
do caminho?
Eduardo Campos: O
que aconteceu é que aquilo que foi
prometido, que o Brasil ia corrigir os erros
e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram, tantas pessoas que estão nos assistindo que viram agora um governo que
valoriza no seu centro a velha política, um
governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso. E eu e Marina entendemos que para dar solução
a
isso é fundamental um novo caminho. Porque PSDB e PT há vinte
anos governam o país. Se a gente quer chegar a
um novo lugar, a gente não pode
ir pelos
mesmos caminhos.
William Bonner: Candidato,
chegou aquele momento em que
o senhor agora se dirige ao eleitor para expor
aqueles projetos
que o senhor
consideraria prioritários caso eleito.
Eduardo
Campos: Eu queria ter a oportunidade de falar com você
de
todo
Brasil. Eu governei o estado de Pernambuco por duas vezes. Fui reeleito com 83% dos votos e
deixei o governo com mais de 90% de
aprovação. Governei
com pouco,
porque governei um estado do Nordeste brasileiro
com muita pobreza, e
botei o foco naqueles que mais precisam. Então, aprendi a fazer
mais com menos.
Agora, ao lado da Marina Silva, eu
quero representar a sua indignação, o seu sonho, o seu desejo
de ter um Brasil melhor. Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde
nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa. Para isso, é
preciso
ter a coragem de mudar, de
fazer diferente, de
reunir uma agenda. É essa agenda que nos reúne, a
agenda da escola em tempo integral para todos os brasileiros,
a agenda do passe livre, a
agenda
de
mais recursos para a saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência...
Patricia Poeta: Ok.
Eduardo Campos: O Brasil tem jeito. Vamos juntos. Eu peço
teu voto.
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